quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

5 292 - O dia da véspera do último dia de 1974 pelas terras uíjanas de Angola!

Cavaleiros do Norte do Parque Auto. Atrás, NN, Canhoto, Miguel (NN (mecânico), Gaiteiro
  NN, Picote (de mãos nas ancas e a sorrir), Agostinho Teixeira (pintor), NN (mais trás),  
Serra (mãos no cinto), Pereira (mecânico),  1º. sargento Aires (de óculos), alferes Cruz 
(de branco), Celestino (condutor), furriel Morais (de óculos), NN e NN (condutores)  
e Vicente. À frente, Domingos Teixeira (estofador), Marques (o Carpinteiro, falecido a 1 de
 Novembro de 2011), Madaleno (atirador, de tronco nu) e  Esgueira. Quem identifica os NN?


 José António Nascimento, furriel Cavaleiro do 
Norte de Zalala, mas aqui já em Vista Alegre
A 30 de Dezembro de 1974, há 46 anos e lá pelo Quitexe, por Aldeia Viçosa e Vista Alegre/Ponte do Dange, terras uíjanas por onde jornadeavam os Cavaleiros do Norte, preparava-se a corrida de S. Silvestre.
A actividade fecharia o ano da sede do batalhão, em ambiente desportivo e no âmbito do plano de acção psicológica. 
Os outros aquartelamentos, outras actividades de lazer festa teriam. E tiverem.
Quanto ao dia a dia, ia igual e sem problemas. A grande novidade do de 30 de Dezembro desse já distante 1974, tinha a ver com a data (anunciada) da realização da Cimeira dos três movimentos de libertação com o Governo de Portugal: 10 de Janeiro de 1975 «algures, em Portugal». Até lá, disse Jonas Savimbi em Lusaka, UNITA, MPLA e FNLA «realizarão uma cimeira para concordarem numa plataforma comum, para apresentarem nas conversações com o Governo Português». Isto, numa altura em que, segundo as agências noticiosas France Press e a Reuters, se registavam «progressos recentes na melhoria das relações entre os três movimentos de libertação angolanos, através da assinatura de acordos».
Notícia do Diário de Lisboa de há 41 anos,
sobre a Cimeira dos movimentos angolanos
com Portugal
Observadores internacionais, em Lusaka e citados pelo Diário de Lisboa, afirmaram que «essa cimeira apresenta-se como uma gigantesca evolução no caminho do entendimento dos três movimentos, para se encontrar a adequada solução angolana de independência»
«O nosso objectivo é ter em Angola um Governo de Transição antes do fim de Janeiro e a independência dentro de 9 a 12 meses», afirmou Jonas Savimbi, o presidente da UNITA- enquanto o Diário de Lisboa escrevia que «foi dado um passo em frente pela solução do problema de Angola, o maior território colonial português em África».

Octávio Botelho
sargento-ajudante
Octávio Botelho, sargento
ajudante, 84 anos nos Açores

O sargento-ajudante Octávio Botelho, antecessor dos Cavaleiros do Norte por terras do Uíge angolano, festeja 84 anos a 31 de Dezembro de 2019.
Combatente do Batalhão de Artilharia 786, entre 1965 e 1967 - unidade com companhias no Quitexe,no Liberato, em Santa Isabel e em Zalala - Octávio Botelho cumpriu três comissões em Angola, antes, a de 1965 a 1967 (uma) e a de 1970 a 1972 (a segunda).
Natural do Faial da Terra, nos Açores, pré-aposentou-se em 1990 e aposentou-se em 1996, tendo já colaborado com este blogue dos Cavaleiros do Norte.
Vive agora na Ribeira Grande, ilha de S. Miguel, com a saúde «não muito boa», ele nos disse, mas claramente à altura dos próximos desafios, os dos próximos anos. Para ele, vai o nosso abraço de parabéns!

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