domingo, 10 de janeiro de 2021

5 303 - O primeiro dia da Cimeira de Portugal com os 3 movimentos angolanos!

Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423. De pé, Cabrita, 1º. cabo Emanuel,
NN e 1º. cabo João Cardoso. Sentados, 1º. cabo Luciano Borges, António Amaral,
António Calçada e 1ºs. cabo Victor Vieira (Sacristão) e Fernando Martinho
 Grácio,  que amanhã faz 67 anos, em Amor (Leiria)
 

Cavaleiros do Norte do PELREC da CCS:  1º. cabo
Silvestre, Augusto Florêncio, Francisco Madaleno
e furriel miliciano Francisco Neto

O dia 10 de Janeiro de 1975, há 46 anos, foi o primeiro da Cimeira do Alvor, entre os três movimentos de libertação e o Governo de Portugal.
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 continuavam a sua jornada africano pelo Uíge angolano e, apesar das poucas a actualizadas notícias que lá chegavam, era grande a expectativa. 
A informação desse tempo não tinha a rapidez de agora e a mais rápida chegava através da onda curta da Emissora Nacional (a actual RDP), que se escutava mal por lá e, por isso mesmo, não permitia grandes conclusões sobre o andamento dos trabalhos.
O dia-a-dia uíjano continuava dividido por serviços de ordem, escoltas e patrulhamentos, mas principalmente, da parte dos grupos operacionais, era manter a segurança dos principais itinerários, nomeadamente em apoio a pessoas e bens, 24 sobre 24 horas - principalmente na Estrada do Café, que era a principal via de escoamento e abastecimento de produtos.
 
A revista NOTICIA de 11
de Janeiro de 1975
Cimeira polarizou
toas as atenções !

A cimeira, de todo o modo e como se lê no livro «História da Unidade», «polarizou todas as atenções». Soube-se, por exemplo, que Rosa Coutinho, afinal, não integrava a delegação portuguesa e que, na primeira sessão plenária da cimeira e de acordo com o Diário de Lisboa, «as delegações ter-se-ão limitado a ratificar os acordos emergentes da plataforma comum acordada na pré-cimeira» - a de Mombaça. E que há 46 anos foram apresentados à Delegação de Portugal.
Outra novidade, e até algo estranha e surpreendente, foi o «apagamento» interventivo dos ministros Mário Soares (Negócios Estrangeiros) e António Almeida Santos (Coordenação Inter-Territorial).
O comunicado final sobre os trabalhos do dia 10 de Janeiro de 1975, o primeiro da cimeira, referia que «houve reuniões entre todos os participantes nas conversações e que a vários níveis e por diversas formas foram abordados, preliminarmente, alguns aspectos relacionados com aspectos de fundo». 
O comunicado relatou também «a cordialidade e franca compreensão na procura de soluções para os problemas inerentes à descolonização de Angola».
Grácio e furriel Viegas,
em Amor e em 2015
F. Grácio
em 1975

Grácio, 1º. cabo da CCS, 68
anos em Amor de Leiria !

O 1º. cabo Fernando Martinho Grácio era um dos «caçulas» dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423. E, naturalmente, da CCS.
Sapador de infantaria de especialidade militar e voluntário, festejou 21 anos no Quitexe, a 11 de Janeiro de 1975. O que equivale por dizer que amanhã comemorará 67 anos.
Integrou o Pelotão de Sapadores, o do alferes miliciano Jaime Ribeiro, mas foi o responsável pelo depósito de géneros da CCS, no Quitexe. Notra área, mais desportiva, notabilizou-se como guarda-redes de futebol. 
Regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975 e fixou-se em Casal dos Colares, povoação da freguesia de Amor, no município e arredores de Leiria.
Trabalha na área da construção civil e horticultura e ainda lá mora, para lá indo o nosso abraço de parabéns, pelos 67 anos que festeja a 11 de Janeiro de 2019!


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