Quitexe, messe de sargentos do BCAV. 8423 e um quinteto de furriéis milicianos: Flora, Costa (dos Morteiros), Belo, Bento e Abrantes (adido à CCS) |
O dia 10 de Fevereiro de há 46 anos foi uma segunda-feira de carnaval e passado tranquilamente pelas terras uíjanas do norte de Angola.
O dia, por ser uma segunda-feira, era dia sem correio de Portugal para os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, o que, aliás, era habitual.
A Luanda, na verdade, não chegavam aviões de Lisboa nesse dias da semana e, logo por isso, não chegava aerogramas - os famosos «bate-estradas» que tantas notícias e promessas de amor carrearam de um lado para o outro, da Angola africana para o europeu Portugal.
As informações das famílias e dos amigos não chegavam mas, de Portugal, ainda que muito limitadas - apenas pela onda curta da Emissora Nacional, a actual RDP, que por lá se ouvia com algumas dificuldades, cheia de ruídos - chegava muito noticiário, muito politizado e que nós, a mais de 6 000 quilómetros, entendíamos menos bem.
Noticiário muito revolucionário, à moda do tempo.
A imprensa escrita de Angola, essa, chegava-nos essencialmente pela leitura do diário «A Província de Angola» e dava-nos conta, nesse dia de há 46 anos da realização, em Nova Lisboa (actual Huambo), e na véspera, da «as áreas que tenham sido distribuídas aos colonos brancos, presidida por Jonas Savimbi e exigindo do Governo de Transição «prioridade na resolução do problema das terras», com isso directamente questionando «as áreas que tenham sido distribuídas aos colonos brancos» pela administração portuguesa.
Outra decisão importante da conferência unitista foi a de «criar um centro de administração política» e também um «serviço de segurança» para as áreas libertadas pela mesma UNITA, neste caso procurando assegurar «um processo de descolonização pacífico, metódico e democrático».
A influência da UNITA na área de acção dos Cavaleiros do Norte era praticamente inexistente. A FNLA era o movimento dominante no Uíge. Onde o MPLA tudo fazia para entrar, para tal desenvolvendo (tal como a FNLA) «intensa actividade política».
A UNITA e as áreas
dos colonos brancos
A imprensa escrita de Angola, essa, chegava-nos essencialmente pela leitura do diário «A Província de Angola» e dava-nos conta, nesse dia de há 46 anos da realização, em Nova Lisboa (actual Huambo), e na véspera, da «as áreas que tenham sido distribuídas aos colonos brancos, presidida por Jonas Savimbi e exigindo do Governo de Transição «prioridade na resolução do problema das terras», com isso directamente questionando «as áreas que tenham sido distribuídas aos colonos brancos» pela administração portuguesa.
Outra decisão importante da conferência unitista foi a de «criar um centro de administração política» e também um «serviço de segurança» para as áreas libertadas pela mesma UNITA, neste caso procurando assegurar «um processo de descolonização pacífico, metódico e democrático».
A influência da UNITA na área de acção dos Cavaleiros do Norte era praticamente inexistente. A FNLA era o movimento dominante no Uíge. Onde o MPLA tudo fazia para entrar, para tal desenvolvendo (tal como a FNLA) «intensa actividade política».
alta e problemas de locomoção
O soldado condutor Joaquim Celestino Gomes da Silva, da CCS do BCAV. 8423, já teve alta hospitalar mas sobram-lhe problemas de locomoção.
Há sensivelmente um ano foi internado no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, onde foi alvo de uma bactéria (não identificada) que lhe afectou os membros inferiores. Sujeito a várias operações, não recuperou e, agora com alta hospitalar e aos cuidados de uma irmã, aguarda por próteses que o ajudarão a caminhar.
Limitado a uma cadeira de rodas, por agora, são a sua grande esperança e o nosso grande desejo. Grande abraço para este nosso companheiro, grande animador dos encontros anuais da CCS.
Sem comentários:
Enviar um comentário