O furriel Viegas à entrada de Úcua, a caminho o do Quitexe e Carmona, pela Estrada do Café. A 24 de Setembro de 2019 |
Os capitães José Diogo Themudo e José Paulo Falcão e o alferes miliciano João Machado, na varanda interior do BC12 e em 1975 |
O dia 22 de Abril de 1975, lá pelo norte angolano onde jornadeavam os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 foi dia de mais um patrulhamento a Úcua, «com vista a fazer-se uma troca de prisioneiros».
A «operação» começara na véspera mas «sem êxito», o que levaria a que se repetisse e concretizasse no dia seguinte - o de hoje se fazem 46 anos.Vivia-se, por esse tempo, «a procura de obter para o Uíge uma calma aparente e o entendimento entre todos os movimentos», tarefa que não se ofereceu fácil. Os problemas que pela altura se viviam, na, recordemos, «ressaca dos incidentes de Luanda e Salazar», justificaram a «procura de encontrar soluções», nomeadamente, como refere o livro «História da Unidade», «através de reuniões semanais, primórdio de Estado Maior Unificado».
A esse dia 22 do mês de Abril de 1975, hoje se fazem 46 anos e «no resultado de uma delas, veio a realizar-se uma reunião a nível mais elevado com elementos do Gabinete Militar Misto» - da qual acabou por resultar a troca de prisioneiros em Úcua.
A tensão crescia, lá pelas bandas do norte, onde jornadeavam os Cavaleiros do BCAV. 8423! Piores dias estavam para chegar!
A outro nível, o capitão José Diogo Themudo, 2º. comandante dos Cavaleiros do Norte, deslocou-se ao Songo, para «tratar da instalação da 1ª. CCAV. 8423» - a de Zalala.
Furriéis do BCAV. 8423 há 47 anos e no RC4: Carlos Letras, José Louro e Vitor Costa, de pé, e João Brejo |
Instrução operacional
em Santa Margarida !
Um ano antes, precisamente, os futuros Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 regressaram ao Regimento de Cavalaria nº. 4 (o RC4), no Campo Militar de Santa Margarida, depois de gozar os clássicos 10 dias da chamada Licença de Normas.
O dia 22 desse Abril de 1975 foi uma segunda-feira e o objectivo do regresso era «dar efectivação à instrução operacional», que antecederia a partida para Angola - ainda que se desconhecendo as datas, que entretanto, e citamos o livro «História da Unidade», «foram marcadas para fins de Maio, princípios de Junho».
A instrução logo foi interrompida, refere o «HdU», «face ao Movimento das Forças Armadas de 25 de Abril de 1974». Que foi na seguinte quinta-feira.
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