quarta-feira, 9 de junho de 2021

5 457 - Acalmia no Uíge, tiroteios e rebentamentos junto à messe da Força Aérea em Luanda!

A entrada na vila do Quitexe, na Estrada do Café e do lado de Luanda. Ao lado
direito ainda se vê o posto de sentinela do BCAV. 8423. A imagem é de 24 de
Setembro de 2019, quando por lá passou o furriel Viegas da CCS
Notícia do Diário de Lisboa
de 9 de Junho de 1975


A 2ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz, estava, há 47 anos e por esta hora, em preparação para a viagem do Campo Militar do Grafanil, nos arredores de Luanda, para o seu destino uíjano: a vila de Aldeia Viçosa.
Para lá partiria e lá chegaria no dia seguinte - o dia 10 de Junho de 1974.
Um ano depois, e depois dos graves conflitos dos primeiros dias de Junho, serenava a situação militar em Carmona e no Uíge. A guarnição dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, na cidade, tinha sido reforçada pela 1ª. CCAV. 8423, que rodava do Songo no dia 6 (até 12), e a do Negage também aumentada com «a desactivação de Sanza Pombo» - cuja tropa para lá rodou.
Luanda também acalmava, «deixando de ser tão frequente o tiroteio e o rebentamento de granadas e morteiros, pelo menos na zona próxima da cidade».
A acalmia era atribuída às «medidas de recolher obrigatório e uma maior vigilância das Forças Militares Mistas». Mas o balanço dos incidentes, «com a aproximação dos conflitos à zona do asfalto», incluía «um rebentamento junto à Messe da Força Aérea, na Avenida dos Combatentes, e tiroteios dentro da cidade».
A UNITA também estava envolvida nos incidentes e o Diário de Lisboa referia que tal acontecia «em consequência dos ataques que lhe foram dirigidos por parte das FAPLA» - o exército do MPLA.
As Forças Armadas Portuguesas, por seu lado e ainda segundo o diário vespertino de Lisboa, «foram obrigadas a reagir directamente contra delegações do MPLA e da FNLA, havendo a assinalar, segundo determinadas fontes, a destruição de três delegações da FNLA e de uma do MPLA». E porquê? Porque se registaram «ataques, a partir destas instalações, contra soldados portugueses».
Não era assim tão calma, afinal, a situação na capital de Angola

José Gomes em 2017


Enfermeiro Gomes,
69 anos em Lousada !

O 1º. cabo Gomes, enfermeiro da CCS, está hoje em festa, dia 9 de Junho de 2021: faz 69 anos.
José Gomes é o seu nome completo e foi Cavaleiro do Norte do BCAV. 8423, com passagem pelas enfermarias do Quitexe e de  Carmona, antes de, a 8 de Setembro de 1975, regressar a Portugal - cumprida a sua (e nossa), jornada africana do Uíge do norte angolano. Onde trabalhou  com o capitão miliciano Manuel Leal, o alferes miliciano Honório Campos (ambos médicos) e o furriel enfermeiro António Maria Lopes.
Profissionalmente, trabalhou na Brisa e, nessa qualidade,  cirandou pelo país, estando agora já naturalmente aposentado. Hoje, como que a «premiar» os seus excelentes 69 anos, recebeu a segunda dose da vacinação COVID 19. 
Natural de Meinedo, em Lousada, lá continua a viver e para lá, e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!
Alf. Lains Santos

Guilherme de Zalala,
69 anos em Santarém !

O soldado Domingos Maria Guilherme, atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Maria João, a de Zalala, comemora 69 anos a 9 de Junho de 2021.
Cavaleiro do Norte do 4º. Grupo de Combate, comandado pelo alferes miliciano José Manuel Lains dos Santos (na foto), com os furriéis Jorge Barata (falecido a 10/10/1997), Américo Rodrigues ((f. a 30/08/2018) e José Louro, também passou por Vista Alegre/Aldeia Viçosa, Songo e Carmona.
Ao tempo residente na freguesia de Marvila, no concelho de Santarém, lá regressou a 9 de Setembro de 1975, depois de concluída a comissão militar em Angola.
E é o que dele sabemos. Parabéns para ele, se por acaso nos lê! Oxalá!

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