Mapa do Quitexe, feito de memória por João Nogueira Garcia, com os povos de Luege e Aldeia assinalados |
A 6 de Julho de 1974, há 47 anos!...., fez-se um mês da nossa chegada ao uíjano Quitexe, idos do Campo Militar do Grafanil e pela Estrada do Café fora - passando por Cacuaco, Caxito, Quibaxe, Úcua, a Ponte do Dange e Vista Alegre, depois Aldeia Viçosa e, finalmente, a saudosa vila onde se aquartelou a CCS e o Comando do BCAV. 8423.
O dia 6 foi de reunião do comandante Carlos Almeida e Brito, oficial de Cavalaria e tenente-coronel de patente militar, e alguns oficiais Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 - nomeadamente, o capitão José Paulo Falcão, oficial-adjunto e de operações do Batalhão - com os povos de Aldeia e Luege, nos arredores do Quitexe, continuando o programa de «mentalização das populações para o Programa do MFA», esclarecendo-as sobre o futuro próximo de Angola - que iria ser (e foi) independente.
A «nova série de reuniões», como lhe chama o livro «História da Unidade», incluiu, no mesmo dia, uma outra, esta com «os camionistas que servem o poderio económico da área», que pretendiam «obter uma melhor liberdade de movimentos na chamada Estrada do Café».
Os camionistas, na verdade, eram essenciais para o escoamento dos produtos locais e abastecimento das comunidades do interior interior angolano.
A Estrada do Café: aqui, na saída do Quitexe para a cidade de Carmona (Uíge) |
Carmona: críticas das
populações brancas !
Um ano depois, e já em Carmona, o BCAV. 8423 «continuava as preocupações vividas do antecedente», emergidas dos graves incidentes e combates da primeira semana de Junho, e que, refere o livro «História da Unidade», «continuaram ser os factores dominantes em Carmona».
«Diariamente se verificaram factos que contrariavam a chamada neutralidade activa», sublinha o mesmo livro «História da Unidade», acrescentando que tais factos «retiravam toda e qualquer espécie de autoridade às NT, dando ainda ocasião a que fossem permanente alvo de críticas das populações brancas».
Foram dias bem difíceis, de permanentes dedos apontados às NT que, todavia, se mantiveram serenas e activas, sabe-se lá com que sacrifícios e riscos, para defender pessoas e bens - embora acusadas de muitas coisas que nada tinham a ver com a sua missão.
O alferes Mário Jorge de Sousa C. de Sousa |
Alferes Mário Sousa, 70
anos em Andorra!
O alferes miliciano Sousa, Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a da mítica Fazenda Maria João, a de Zalala, faz 70 anos a 8 de Julho de 2012.
Mário Jorge de Sousa Correia de Sousa, de seu nome completo e oficial de Operações Especiais (Rangers), era na altura residente em Lisboa e já casado. A esposa acompanhou-o (com o filho) na sua jornada africana do Uíge angolano: por Zalala, por Vista Alegre e Ponte do Dange e pelo Songo, antes da chegada a Carmona e às instalações do Comando do Sector do Uíge.
Cumprida a jornada africana de Uíge angolano, regressou a Portugal e fixou-se no Grande Porto, em Alfena. Actualmente, e segundo informação do (furriel) João Dias, esta(rá) radicado em Andorra.
Onde quer que esteja, e que esteja bem, para ele vai o nosso abraço de parabéns pelos 70 anos que comemora!
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