5 649 - Movimentos com delegações no Uíge angolano! O MPLA, a FNLA e a UNITA no combate político !

Cavaleiros do Norte no Quitexe: quem é este, aqui à esquerda? Depois, estão os 1ºs. cabos
Salgueiro e o Oliveira. E a seguir, quem é? É tudo malta da transmissões? Ou não? O
da direita é o 1º. cabo enfermeiro Victor Florindo, da CCS!

A secretaria da FNLA, no Quitexe, foi atacada pelo
MPLA em Março de !975. Em primeiro plano, o 1º.
cabo Deus, operador-cripto da 3ª. CCAV. 8423

Os dias de Dezembro de 1974, já lá vão distantes e muito saudosos 47 anos, foram sendo riscados do calendário e, com o seu andar, aproximava-se o nosso primeiro (e único) Natal angolano - o primeiro e único  passado fora dos seus chãos natais e das casas de família para a esmagadora maioria dos combatentes dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 - que jornadeavam por terras do Uíge, no «militarizado» norte angolano. 

O mês natalício desse tempo foi também de apresentação oficial de combatentes dos três movimentos, no seguimento do processo de descolonização. 

«Abriram delegação em Carmona e, com o decorrer do mês, apareceram secretarias no Quitexe e em Aldeia Viçosa», reporta o livro «História da Unidade», de que nos socorremos, para fazer memória da nossa «aventura» por terras do norte de Angola.

Os presidentes Agostinho Neto (MPLA),
Holden Roberto (FNLA) e Jonas
Malheiros Savimbi (UNITA)

O MPLA, a FNLA e a UNITA 

no combate político !

A FNLA de Holden Roberto era, claramente, o movimento mais implantado na nossa zona norte de Angola e com os seus guerrilheiros nos «espreitámos» muitas vezes nas matas, nos trilhos e nas picadas do Uíge angolano. Felizmente, sem qualquer «combate»!

O MPLA de Agostinho Neto era o segundo mais activo e muito menos a UNITA de Jonas Malheiros Savimbi. 

Os seus dirigentes (os comissários políticos, assim se apresentavam às autoridades portuguesas...) procuravam, o mais que podiam, espalhar as suas ideias e projectos para o novo país (Angola) que ia nascer, tentando atrair novos militantes - principalmente entre a comunidade indígena mas também, se bem nos lembramos, entre os colonos brancos, muito embora estes «pensando com reservas sobre o seu futuro».

Os movimentos procuraram, por outro lado e cada vez mais, «instalar-se nos locais abandonados pelas NT». Refere o livro «História da Unidade» que «começou a verificar-se uma aproximação dos referidos movimentos, nomeadamente aos povos já há tempo fixados, na sua maioria com incidência da FNLA mas também, em alguns casos, do MPLA».

«Adivinha(va)-se uma reserva latente entre os dois movimentos, já que na área predominava a FNLA, mas também, em alguns casos, o MPLA», refere o «História da Unidade».

Carlos Santos, o
Plateias de Zalala

Soldado Plateias de Zalala

faleceu há 6 anos!

O soldado Plateias, atirador de Cavalaria  da 1ª. CCAV. 8423, faleceu há precisamente 6 anos - a 22 de Dezembro de 2015.

Carlos Alberto da Costa Santos era o seu nome de baptismo mas por Zalala, por Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona, localidades por onde passou na sua jornada angolana do norte uíjano, foi apelidado e popularizado como Plateias. 

Natural do lugar de Pisões, da freguesia de Pataias, em Alcobaça, onde nasceu a 12 de Dezembro de 1952, e lá regressou a 9 de Setembro de 1975. Por lá reassentou arrais e sempre viveu, até que a morte o surpreendeu em vésperas do Natal. Recordamo-lo com saudade. RIP!!!