5 674 - O primeiro dia oficial do início , há 47anos, da formação dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 !

A CCS voltou ao RC4 no dia 3 de Junho de 2017,  em mais um encontro anual
 e 43 anos depois do início da formação do BCAV. 8423. O comandante Celso
Braz entregou certificados do 25 de Abril aos Cavaleiros do Norte do Quitexe

Santa Margarida, tempo de formação do BCAV. 8423, no
RC4 e há 43 anos. À frente, NN (TRMS?), alferes Lains
 dos Santos (de blusão de cabedal) e furriéis milicianos
Plácido Queirós e Américo Rodrigues, da 3ª. CCAV. 8423

Vila do Quitexe, província/distrito do Uíge, norte de Angola, 6 de Janeiro de 1975!
«O Governo Português congratula-se com os resultados obtidos nas conversações havidas em Mombaça entre a delegações dos três movimentos emancipalistas de Angola», declarou o Presidente da República, Costa Gomes, depois da pré-cimeira de Janeiro de 1975, na cidade queniana, acrescentado que «os acordos agora celebrados constituem uma etapa fundamental do processo de descolonização de Angola».
As notícias chegavam ao Quitexe via rá-dio (nomeadamente escutando a onda

A pré-cimeira de Mombaça
na 1ª. página do Diário de
 Lisboa de 06/01/1975

curta da Emissora Nacional, a actual RDP) ou através da im
prensa escrita angolana - nomeadamente a de Luanda, casos dos jornais  «A Província de Angola», do «Diário de Luanda«, do «Comércio», ou até, mais remotamente,  da revista «Notícia».
Os dias, pelo Uíge onde jornadeavam as quatro Companhias dos Cavaleiros do Norte do Batalhão de Cavalaria 8423 (o BCAV. 8423), continuavam calmos e com muita expectativa relativamente à Cimeira entre os três movimentos angolanos (MPLA, FNLA e UNITA) e o Governo de Portugal - prevista para o dia 10 de Janeiro desse agora distante ano de 1975. Já lá vão 43 anos!
«A cimeira (...) polarizou todas as atenções, já que previamente, na de Mombaça, parecia, pela primeira vez, ter-se conseguido uma comunhão de interesses de todos os movimentos», historia o livro «História da Unidade», a do BCAV. 8423,  referindo-se à primeira semana de Janeiro de 1975.
A imprensa portuguesa, como se vê na primeira página do Diário de Lisboa (na imagem ao lado), acompanhava atentamente a actualidade política angolana.

O então major Almeida de Brito foi oficial de
operações do BCAV. 1917, à esquerda, com
o comandante António Amaral (ao centro)
e o comandante da CCAÇ. 1306 (à direita)

Vésperas do «parto»
do BCAV. 8423 !

Um ano antes, a um domingo, dia de Reis e 1974, os futuros Cavaleiros do Norte faziam malas, partindo de um pouco de todo o Portugal (de norte a sul) para a viagem que os levou até ao Regimento de Cavalaria 4 (o RC4), no Campo Militar de Santa Margarida - onde se iria formar o Batalhão de Cavalaria 8423.
Por lá, já estavam colocados a maioria dos quadros do Batalhão, nomeadamente os futuros operacionais: alferes e furriéis milicianos atiradores de Cavalaria e de Operações Especiais (os Rangers). Também alguns especialistas: enfermeiros, mecânicos, escriturários, sapadores e transmissões, operadores-cripto, alimentação, condutores, combustíveis, clarins e outros.
Quadros que, a esse dia, já conheciam o comandante Carlos José Saraiva de Lima Almeida e Brito, tenente-coronel de Cavalaria que em Angola, que já tinha pelo menos uma comissão, como major e oficial de operações do BCAV. 1917 - em rendição individual e entre 24 de Janeiro e 17 de Dezembro de 1968.

Henrique Esgueira
em 1974/1975  e,
em baixo (2016)

Esgueira, condutor, 70 
anos em Alfragide!

O soldado condutor auto-rodas Henrique Nunes  Esgueira, da CCS do BCAV. 8423,  a do Quitexe, está amanhã em festa, dia 7 de Janeiro de 2018: comemora 70 anos.
Cavaleiros do Norte e companheiro dos bons, também é dos  que faz anos por duas vezes: a 7 de Janeiro (quando nasceu) e a 12 de Março (quando foi registado, em 1952). Natural do lugar de Fi

gueira Redonda, da freguesia de Serra, no concelho de Tomar, lá voltou a 8 de Setembro de 1975, no final da comissão militar em Angola. Reside em Alfragide, na Amadora, onde é empresário do sector da construção civil e de onde, em véspera de Natal de 2021 nos contactou telefonicamente - dando conta da tristeza de há já dois anos consecutivos não podermos confraternizar nos encontros anuais.
Para lá vão, neste seu primeiro dia de 70 anos, o do nascimento aqui deixamos o nosso abraço, prolongado até ao do registo. Os nossos parabéns!