O furriel João Peixoto, há 4 anos e no CISMI, em Tavira e a 3 de Abril de 2018, em jornada saudade dos seus tempos de formação militar |
Esta subunidade dependia operacionalmente do BCAV. 8423 desde o dia 17 de Março desse ano e Almeida e Brito fez-se acompanhar seu pelo 2º. comandante, o capitão José Diogo Themudo.
A CCAÇ. 4741/74 foi formada nos Açores e dela era o furriel João Domingos Faria Taveira de Peixoto, mais tarde transferido para a CCS do BCAV. 8423. Ainda seria transferido para Cabinda e fez carreira profissional como professor do ensino secundário, agora aposentado e morador em Braga.
Há 4 anos, agora precisamente se passam (a 3 de Abril de 2018) e em jornada de saudade que a imagem testemunha, foi visitar o Centro de Instrução de Sargentos Milicianos de Infantaria (CISMI), em Tavira, onde militarmente se especializou.
«Apareci na vossa CCS transferido por motivos disciplinares», contou-nos o furriel miliciano Peixoto, que também passou por Sanza Pombo e lá encontrou o Mota Viana - que de Zalala saiu em Outubro de 1974, também por razões disciplinares e que, uma como utra,. não em ao caso.
Ambos naturais e residentes em Braga, o que não deixa de ser curioso, cidade onde ainda vivem e colhem os frutos de uma vida de trabalho - ambos já em merecidas justas reformas.
A CCAÇ. 4741/74 aquartelou-se inicialmente em Santa Cruz, mesmo junto à fronteira, antes de se mudar para Sanza Pombo e mais tarde para o Negage.
A CCAÇ. 4741/74 aquartelou-se inicialmente em Santa Cruz, mesmo junto à fronteira, antes de se mudar para Sanza Pombo e mais tarde para o Negage.
O furriel Viegas junto à estátua de Norton de Matos, a 28 de Setembro de 2019 e em Nova Lisboa (Huambo) |
dos furriéis Cruz e Viegas!
Os dias de há precisamente 47 anos e pelas bandas do planalto huambano do centro/sul de Angola, foram tempo de os furriéis milicianos Cruz e Viegas continuavam a sua «operação» de férias.
E em grande!
As recepções familiares que tiveram foram todas banhadas em afectos, desde logo «hospedados» no Hotel Bimbe da Família Neves Polido, em Nova Lisboa (actual Huambo) e com programa diário cheio da atractivos e... atracções.
O Rafael Polido, o Manuel Viegas, o Sérgio, o Orlando Rino, foram cicerones e anfitriões foram todos.
Recordo uma noite muito especial, no bar de Orlando Rino, no Bairro de Santo António (zona dos quartéis), em que recordámos tradições pascais da nossa aldeia (somos conterrâneos), «encenadas» com marisco trazido do Lobito, fresquíssimo..., e regado a vinho verde branco.
Orlando Rino está agora radicado no sul do Brasil, em Rio Grande, onde já nos encontrámos uma meia-dúzia de vezes e sempre recordámos aquela mágica noite huambana. Infelizmente, o nosso conterrâneo e amigo Orlando cegou há 7 anos, vítima de diabetes e doenças afins. Por amigo comum que com ele esteve há duas semanas, sei da coragem com que encara a sua fragilidade física, sem de nada se queixar. Grande abraço para o sul brasileiro, onde vive Orlando Rino - o Lando! Que, entretanto e há 2 anos, faleceu na cidade de Rio Grande (onde nasceu) do sulista Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil!
Jornal suspenso e
calma em Luanda!
O jornal «A Província de Angola», diário que se publicava em Luanda - o actual «Jornal de Angola» - foi novamente suspenso a 11 de Abril de 1975 e multado em 100 contos «desta vez por ter publicado na segunda-feira um artigo em que acusava o MPLA de morto soldados da FNLA, com metralhadoras recebidas da União Soviética, o que não tem qualquer fundamento», segundo noticiava a Agência Reuters.
Luanda, por esse dia, era uma cidade calma, «não se tendo registado confrontos nas últimas 24 horas». O que era muito bom sinal, nomeadamente tendo em conta que isto acontecia depois das então recentes «confrontações entre MPLA e FNLA, combates em que morreram mais de 200 pessoas», como recordava o Diário de Lisboa.
Jorge Valentim, alto dirigente da UNITA - que se mantinha neutral e fora desses combates - admitiu em Luanda os seus receios de que «a violência possa evoluir para uma guerra civil». Por isso mesmo, anunciou o dirigente unitista que o seu movimento iria «formar comités de paz e organizar um, sindicato nacional», medidas que considerou «contribuírem para suster a violência em Angola».
Os dias de há precisamente 47 anos e pelas bandas do planalto huambano do centro/sul de Angola, foram tempo de os furriéis milicianos Cruz e Viegas continuavam a sua «operação» de férias.
E em grande!
As recepções familiares que tiveram foram todas banhadas em afectos, desde logo «hospedados» no Hotel Bimbe da Família Neves Polido, em Nova Lisboa (actual Huambo) e com programa diário cheio da atractivos e... atracções.
O Rafael Polido, o Manuel Viegas, o Sérgio, o Orlando Rino, foram cicerones e anfitriões foram todos.
Recordo uma noite muito especial, no bar de Orlando Rino, no Bairro de Santo António (zona dos quartéis), em que recordámos tradições pascais da nossa aldeia (somos conterrâneos), «encenadas» com marisco trazido do Lobito, fresquíssimo..., e regado a vinho verde branco.
Orlando Rino está agora radicado no sul do Brasil, em Rio Grande, onde já nos encontrámos uma meia-dúzia de vezes e sempre recordámos aquela mágica noite huambana. Infelizmente, o nosso conterrâneo e amigo Orlando cegou há 7 anos, vítima de diabetes e doenças afins. Por amigo comum que com ele esteve há duas semanas, sei da coragem com que encara a sua fragilidade física, sem de nada se queixar. Grande abraço para o sul brasileiro, onde vive Orlando Rino - o Lando! Que, entretanto e há 2 anos, faleceu na cidade de Rio Grande (onde nasceu) do sulista Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil!
Uma primeira página do jornal diário «A Província de Angola», de Luanda, que há 47 anos foi multado e suspenso |
calma em Luanda!
O jornal «A Província de Angola», diário que se publicava em Luanda - o actual «Jornal de Angola» - foi novamente suspenso a 11 de Abril de 1975 e multado em 100 contos «desta vez por ter publicado na segunda-feira um artigo em que acusava o MPLA de morto soldados da FNLA, com metralhadoras recebidas da União Soviética, o que não tem qualquer fundamento», segundo noticiava a Agência Reuters.
Luanda, por esse dia, era uma cidade calma, «não se tendo registado confrontos nas últimas 24 horas». O que era muito bom sinal, nomeadamente tendo em conta que isto acontecia depois das então recentes «confrontações entre MPLA e FNLA, combates em que morreram mais de 200 pessoas», como recordava o Diário de Lisboa.
Jorge Valentim, alto dirigente da UNITA - que se mantinha neutral e fora desses combates - admitiu em Luanda os seus receios de que «a violência possa evoluir para uma guerra civil». Por isso mesmo, anunciou o dirigente unitista que o seu movimento iria «formar comités de paz e organizar um, sindicato nacional», medidas que considerou «contribuírem para suster a violência em Angola».
Sem comentários:
Enviar um comentário