Dia 26 de Maio de 1974! Um domingo de há 48 anos!
Nos seus chãos natais, os Cavaleiro dos Norte da CCS do BCAV. 8423 fizeram desse dia o do «adeus que vou para Angola!».
Nos seus chãos natais, os Cavaleiro dos Norte da CCS do BCAV. 8423 fizeram desse dia o do «adeus que vou para Angola!».
Era a véspera de embarque da primeira subunidade dos futuros Cavaleiros do Norte.
Teríamos de estar ao princípio da manhã de 27 (das 9 para as 10 horas) no RC4, a nossa unidade mobilizadora, no Campo Militar de Santa Margarida.
Gravei os repeniques dos sinos da minha aldeia, os sinais de chamada para a missa, o toque de santos - acrescentando-os aos sinais de funeral, que tinha registado dias antes (a 20), no da ti Casimira, um conterrânea de 70 e alguns anos, que conheci cega e era já viúva de um familiar próximo - primo direito de meu avô materno.
Cassete cor de laranja com as gravações levadas para Angola. E outras, de lá trazidas com memórias faladas |
Gravei os repeniques dos sinos da minha aldeia, os sinais de chamada para a missa, o toque de santos - acrescentando-os aos sinais de funeral, que tinha registado dias antes (a 20), no da ti Casimira, um conterrânea de 70 e alguns anos, que conheci cega e era já viúva de um familiar próximo - primo direito de meu avô materno.
A morte das saudades da terra,
do seu chão e dos seus sons !
Isto pode até pode parecer macabro, mas foi a forma que, ao tempo, melhor achei para, imaginando-me no sertão africano para onde ia, apaziguar a alma com a morte das saudades da terra, do seu chão e dos seus sons. E quantas vezes os ouvi, nos quartos do Quitexe e de Carmona, recopiados a fita da cassete, no velho rádio-gravador que, embora inoperacional, ainda guardo ali no sótão.
Ia sair na madrugada de 2ª.-feira, o dia seguinte, vinha (e veio) o pai do Neto buscar-me, já com ele, para nos levar a Santa Margarida. Na noite de faz hoje 48 anos, nesse domingo, demorei-me em casa de um familiar e voltei para a ceia - que me esperava na mesa de minha mãe. Comemos, tranquilos, e chegou a minha irmã mais nova e cunhado. Despedimo-nos com abraços e deitei-me. Daí por horas, ia começar a longa viagem que me levaria a Luanda e ao Quitexe! Que, afinal, seria adiada para o dia 29 de Maio desse distante ano de 1974.
Ia sair na madrugada de 2ª.-feira, o dia seguinte, vinha (e veio) o pai do Neto buscar-me, já com ele, para nos levar a Santa Margarida. Na noite de faz hoje 48 anos, nesse domingo, demorei-me em casa de um familiar e voltei para a ceia - que me esperava na mesa de minha mãe. Comemos, tranquilos, e chegou a minha irmã mais nova e cunhado. Despedimo-nos com abraços e deitei-me. Daí por horas, ia começar a longa viagem que me levaria a Luanda e ao Quitexe! Que, afinal, seria adiada para o dia 29 de Maio desse distante ano de 1974.
O Quitexe uíjano onde, a 24 e 25 de Setembro de 2019, 45 anos depois, eu voltei em viagem de saudade e memória!
O louvado alferes Machado
faz 70 anos na Amadora !
O alferes Machado, oficial miliciano da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, festeja 70 anos a 26 de Maio de 2022, hoje e na Amadora.
Especialista de Operações Especiais (Rangers), João Francisco Pereira Machado foi também 2º. comandante da subunidade e louvado «pelas qualidades demonstradas (...), conforme se lê na Ordem de Serviço nº. 174
«Manifestando sempre a maior vontade e determinação nas situações que lhe foram impostas, cotou-se como bom oficial, o que se tornou sobretudo notório no todo coeso que conseguiu dos homens que comandou», sublinha o louvor do comandante Almeida e Brito, frisando também «o elevado sentido de servir e de extrema dedicação», mostrando «excelente comportamento em todas as situações que viveu, merecendo destaque a sua actuação no decurso dos graves incidentes da cidade de Carmona em Junho último, ocasião onde nova e mais abertamente pôs as suas qualidades à prova».
Ao tempo, morava em S. Sebastião da Pedreira (na Rua 1º. Cabo José Martins Silvestre), em Lisboa, e, actualmente, goza a sua reforma da administração fiscal na Amadora - onde, recentemente, mandou para trás das costas um susto provocado pala COVID 19. Se sequelas, apenas com alguma diminuição muscular e mais levezinho. O que até foi (é) bom!
Especialista de Operações Especiais (Rangers), João Francisco Pereira Machado foi também 2º. comandante da subunidade e louvado «pelas qualidades demonstradas (...), conforme se lê na Ordem de Serviço nº. 174
«Manifestando sempre a maior vontade e determinação nas situações que lhe foram impostas, cotou-se como bom oficial, o que se tornou sobretudo notório no todo coeso que conseguiu dos homens que comandou», sublinha o louvor do comandante Almeida e Brito, frisando também «o elevado sentido de servir e de extrema dedicação», mostrando «excelente comportamento em todas as situações que viveu, merecendo destaque a sua actuação no decurso dos graves incidentes da cidade de Carmona em Junho último, ocasião onde nova e mais abertamente pôs as suas qualidades à prova».
Ao tempo, morava em S. Sebastião da Pedreira (na Rua 1º. Cabo José Martins Silvestre), em Lisboa, e, actualmente, goza a sua reforma da administração fiscal na Amadora - onde, recentemente, mandou para trás das costas um susto provocado pala COVID 19. Se sequelas, apenas com alguma diminuição muscular e mais levezinho. O que até foi (é) bom!
Parabéns!
Oliveira de Santa Isabel
70 anos em Guimarães !
O soldado Fernando da Silva Oliveira foi apontador de morteiros médios, da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel.
Oliveira de Santa Isabel
70 anos em Guimarães !
O soldado Fernando da Silva Oliveira foi apontador de morteiros médios, da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel.
Cavaleiro do Norte do BCAV. 8423, era (é) natural do lugar de Sub-Estrada, em Nespereira, freguesia de Pinheiro, no concelho de Guimarães. Foi lá que voltou a 11 de Setembro de 1975, cumprida a sua comissão militar por terras do norte de Angola: Quitexe e Carmona, além da Fazenda Santa Isabel.
Por lá terá feito vida familiar e profissional e dele nada mais sabemos, a não ser que amanhã festeja(rá) 70 anos. Parabéns!
A Fazenda Santa Isabel |
Ferrão, cozinheiro de Santa
Isabel, 70 anos em Seia !
O soldado Mário Jorge da Costa Ferrão, Cavaleiro do Norte da 3ª. CCAV. 8423, festeja 70 anos a 26 de Maio de 2022.
Cozinheiro de especialidade militar na Companhia comandada pelo capitão miliciano José Paulo Fernandes, a da Fazenda Santa Isabel, também jornadeou pelo Quitexe e por Carmona, tendo regressado a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975, no final da sua comissão militar africana por terras do norte de Angola.
Actualmente morador na freguesia de Paranhos da Beira, no município serrano de Seia, para lá «cozinhamos» o nosso abraço de parabéns!
Isabel, 70 anos em Seia !
O soldado Mário Jorge da Costa Ferrão, Cavaleiro do Norte da 3ª. CCAV. 8423, festeja 70 anos a 26 de Maio de 2022.
Cozinheiro de especialidade militar na Companhia comandada pelo capitão miliciano José Paulo Fernandes, a da Fazenda Santa Isabel, também jornadeou pelo Quitexe e por Carmona, tendo regressado a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975, no final da sua comissão militar africana por terras do norte de Angola.
Actualmente morador na freguesia de Paranhos da Beira, no município serrano de Seia, para lá «cozinhamos» o nosso abraço de parabéns!
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