domingo, 14 de agosto de 2022

5 894 - - Luanda, meados de Agosto de 1975! A actividade operacional e os os patrulhamentos de 1974 !

Os furriéis Monteiro, à esquerda, e Viegas na casa de Viana, 
ladeando dois amigos de Águeda: o militar Carlos Sucena
e o civil Gilberto Marques, em Agosto de 1975

 

Luanda, 14 Agosto de 1975. 
Estávamos em meados do mês de há 47 anos e, para os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, cada dia era mais um dia  riscado no calendário, expectando o a partida (o regresso a nossas casas), que seria no princípio de Setembro.
Os três furriéis «rangers» da CCS - o Monteiro, o Neto e eu (Viegas) - estão «aquartelados» na casa de Manuel Cruz, um empresário de Águeda, com fábrica na zona industrial de Viana.
Todos os dias dali partiam para o Grafanil, para os serviços de ordem. Ou para Luanda, beijar a cidade e os sítios de lazer e dos prazeres que se chamam ao desejo de jovens dos 22 para 23 anos.
Luanda vivia de incertezas, numa calma regularmente perturbada. Faltava a gasolina e era vulgar encontrar intermináveis bichas nas bombas, para se comprarem 10 litros. Bichas, viam-se também às portas dos bancos, para levantar dinheiro - o que se tornou mais difícil a partir do momento em que o ministro das Finanças, Saidy Mingas, decretou condicionamentos.
A 14 de Agosto, a UNITA não tinha um único elemento em Luanda e a FNLA apenas tinha dois representantes: Samuel Abrigada e Graça Tavares.
O MPLA teria sido convidado a abandonar a capital, para ali criar uma zona de paz e melhor se poderem receber os refugiados de todo o território angolano, mas o movimento de Agostinho Neto opôs-se a tal, alegando que FNLA e UNITA dominavam outras cidades e tal não lhes era exigido.
Lobito, Benguela e Nova Lisboa eram cenário de duros combates. A FNLA e a UNITA, juntas, obrigaram as FAPLA´s a refugiarem-se nos quartéis portugueses, no Lobito. Em Nova Lisboa, é o contrário: domina o MPLA. O mesmo MPLA que, em Benguela, expulsava a UNITA. Assim ia Angola!
A imprensa de Luanda, há 47 anos, falava de «dificuldades
 de toda da ordem» para (foto) recolher «as vítimas dos 
acontecimentos» da cidade. O necrotério, sublinhava,
«revelou-se insuficiente para esta emergência»

A actividade operacional e os
os patrulhamentos de 1974 !


O tenente-coronel Carlos Almeida e Brito, comandante do BCAV. 8423 e um ano antes, esteve em Carmona e no Comando do Sector do Uíge (CSU) a 14 de Agosto de 1974, há 47  anos, para «contactos operacionais».
Os Cavaleiros do Norte, a esse tempo, já amadurecidos em operações na mata uíjana e com experiências acumuladas em mais de 2 meses de comissão, atravessavam, nesse tempo, um período de «completa modificação da sua actividade operacional, deixando de bater as áreas dos «quartéis» do IN e passando a apertar a malha dos patrulhamentos ao longo de toda a zona de acção».
Ao mesmo tempo, faziam-se «inúmeras visitas a povos e fazendas, em apoio às vidas de todos estes» e o dia 14 de Agosto de 1974 marcou, também, o início de «remodelações temporárias do dispositivo, com vista a garantir a eficiência das actuais acções primárias das NT».
E quais eram elas, as acções prioritárias? Pois, citando o livro «História da Unidade, «a segurança dos centros urbanos e a liberdade de itinerários». E isso cumpriram, exemplarmente, os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
Albino Capela
no Quitexe

Albino Capela ordenado
sacerdote há 56 anos !

O padre António Albino Martins Vieira Capela, o padre Albino do Quitexe, ordenou-se a 14 de Agosto de 1966, hoje se fazem 56 anos.
Ordenado no Porto, onde terminou Teologia - depois de estudos em Toulose (na França), do noviciado (em Barcelos) e de cursar Filosofia, aos 17 anos (em Salamanca). Antes, e após a escola primária na sua terra natal de Carvalheira, concelho de Terras do Bouro, fez o 5º. ano do ensino secundário em Vila Nova de Poiares.
Missionou no Quitexe e outras terras do Uíge (Aldeia Viçosa, Cambamba e Vista Alegre), sendo contemporâneo e companheiro dos Cavaleiros do Norte. Regressou a Portugal e, «com muita pena», abandonou o sacerdócio e a Ordem dos Frades Menores Capuchinhos.
Foi professor, constituiu família em Barcelos e, já com netos, tem um casal de filhos. É participante habitual dos encontros da CCS e hoje o felicitamos por esta relevante e significativa data da sua vida.- Ver AQUI


Adelaide Almeida, a
Lai-Lai de  Luísa Maria
Eduardo, Adelaide (Lai-Lai)
e Rosa Maria de Luísa Maria

Lai-Lai de Luísa Maria
faz anos em Condeixa !

O dia 14 de Agosto é dia de anos de Lai-Lai, a Adelaide da Fazenda Luísa Maria, onde o BCAV. 8423 tinha um Destacamento, a uns 30/40 quilómetros do Quitexe.
Adelaide Fernandes Almeida era filha de Eduardo Silva, que foi gerente da fazenda e sempre excelente anfitrião dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, ora do Destacamento lá aquartelado, ora dos grupos de combate que por lá passavam em missões operacionais. Irmã de Rosa Maria e Eduardo Cocenas da Silva  (nosso habitual comentador) - o trio de irmãos que se recordamos na foto de época que aqui publicamos. 
Agora com  Almeida como apelido de casamento, mora em Condeixa, para onde, e para ela, vai o nosso abraço de parabéns! São 60 e alguns anos que comemora, mas de uma senhora não se diz a idade. Parabéns

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