domingo, 4 de setembro de 2022

6 915 - O 8 de Setembro e o leitão à Bairrada! FNLA e UNITA fora de Luanda e paz no MPLA!



Os furriéis milicianos Neto e Viegas, em 1974 e no Quitexe, no adro da Igreja de
Santa Maria de Deus e com a sanzala do Cazenza ao fundo 

Os furriéis Viegas e Neto, ambos de Águeda e da
CCS, costumam assinalar o 8 de Setembro com
leitão á Bairrada e espumante. Aqui, em 2014

A 4 de Setembro de 1975, há 47 anos e em Luanda, a preparar malas para a voltar a Lisboa, já sabíamos que do navio «Niassa» passávamos para um avião dos TAM, mantendo-se a partida da CCS para o dia 8. 
Dia muito esperado e que era já na segunda-feira seguinte. Só aue ainda  estávamos numa quinta, mas de 10 dias de viagem marítima passar para 8/9 no ar, era (foi) ouro sobre azul.
O tempo, mesmo assim, é que não passava, não andava, não corria..., enquanto escaramuças se repetiam na capital angolana. Mas lá voltámos a Portugal e aos nossos chão, família e amigos!. 
«Sãos e salvos», como então se dizia!
A coincidência de, na primeira década do século X, se realizar em Águeda a Festa do Leitão, por esta altura, fez-nos (a mim e ao Neto) «fazer» o hábito de celebrarmos o dia, com um bem apaladado e regado almoço do dito cujo. Sempre que coincidia com o dia 8, era almoçarada no dia 8. E at+é se deu o caso de, em 2008, ser partilhado com o Monteiro (da CCS), o Pinto e o Rodrigues (da 1ª. CCAV., este infelizmente falecido a 30 de Agosto de 2018). 
Nem vale a pena sublinhar o imperativo: falou-se, à brava, dos Cavaleiros do Norte.    
Jornal «A Província de Angola»
de 4 de Setembro de
1974

FNLA e UNITA fora de 
Luanda e paz no MPLA!

Recuando no tempo, há 47 anos e já por aqui o dissemos, eram vésperas do regresso a Portugal e Luanda continuava hostil à tropa portuguesa. A desmotivação era geral, entre as NT, e faltava alimentação e combustíveis, gasolina e gás. Já nem falando da igual (ou maior e pior) hostilidade dos movimentos. 
A tropa da FNLA e da UNITA tinha sido expulsa pelo MPLA, mas ficaram militantes.
MPLA e FNLA continuavam a combater a norte do Caxito e os homens de Agostinho Neto controlavam a barragem de Mabuba, assim assegurando o fornecimento de água a Luanda, a partir da estação de Quifangondo. No Cubal e Ganda (a sul), eram o MPLA e a UNITA que se inimizavam de armas em punho. Quais acordos, quais carapuças?! 
O MPLA noticiava ter expulso as (por ele) ditas forças invasoras (alegadamente) da África do Sul, da Namíbia - onde tinham tomado as cidades de General Roças e Pereira d´Eça.
Um ano antes e com  os Cavaleiros do Norte ainda aquartelados no Quitexe (a CCAS), em  Zalala (a 2ª. CCAV .), Aldeia Viçosa (a 2ª. CCAV.) e Santa Isanel (a 3ª. CCAV. 8423), o jornal «A Província de Angola», que se publicava em ÇLuanda - o actual «Jornal de Angola» . noticiava que estava regularizadas as divergências interna do MPLA - Agostinho Neto continuava como presidente e Daniel Chipenda e Pinto Andrade eram vice-presidentes.
Outras notícias tinha a ver com Cabinda e a formação do Governo Provisório de Angola.
Um ano depois, o 8 de Setembro de 1975, o do regresso a Portugal, já estava a bater à porta!

Victor Velez




Velez, furriel de Zalala, 
70 anos em Lisboa !


O furriel miliciano Velez, atirador de Cavalaria de especialidade militar e combatente da 1ª. CCAV. 8423, festeja 70 anos a 5 de Setembro de 2022.
Cavaleiro do Norte de Zalala, 
Victor Manuel da Conceição Gregório Velez, de seu nome completo, chegou a Angola sem saber que ia mobilizado para o BCAV. 8423 (tendo por coincidência viajado no mesmo avião) e integrava o Grupo de Combate comandado pelo alferes miliciano Pedro Rosa. Também passou pelo Quitexe e rodou por Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona. Morava em S. Sebastião da Pedreira (na rua Gonçalves Crespo), em Lisboa, e lá voltou a 9 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa) jornada africana do norte uíjano de Angola.
Para lá vai e para ele vai o nosso abraço de parabéns! E mais, mais e bons anos, caro Velez!


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