quarta-feira, 9 de novembro de 2022

6 981 - O dia último da CCAÇ. 209 do RI 21 no Liberato! MPLA em Luanda e como partido político!




Grupo de militares da CCAÇ. 209/RI 21, a da Fazenda do Liberato, numa coluna por
picada uíjana e em direção à vila do Quitexe, em 1974. Há 48 anos!
O condutor Nogueira da Costa e os furriéis Viegas 
e Oliveira, em imagem de há 10 anos!

O processo de descolonização de Angola, entre os seus altos e baixos, teve o dia 9 de Novembro de 1974, há 48 anos, como o último da presença militar portuguesa na Fazenda do Liberato, no norte uíjano, de lá saindo a CCAÇ. 209, do Regimento de Infantaria 21 (RI 21) de Nova Lisboa, a actual cidade do Huambo - aonde nessa data regressou.
A operação de saída desta subunidade (adida) do BCAV. 8423 começara na véspera, como ontem aqui recordámos, concretizando, de acordo com o livro «História da Unidade», «o abandono da autoridade militar portuguesa» de uma fazenda que «desde 1961/62, estava militarmente ocupada».
«Verifica-se, assim, a retracção do dispositivo militar, operado face ao cessar-fogo anunciado pelos três partidos emancipalistas de Angola, a FNLA, o MPLA e a UNITA», sublinha o mesmo livro, também referindo a rotação (em outras datas) das subunidades dos Cavaleiros do Norte - o BCAV. 8423 - que estavam aquarteladas nas fazendas da mítica Zalala (a 1ª. CCAV. 8423, do capitão miliciano Davide Castro Dias, que rodaria a 25 de Novembro para Vista Alegre e Ponte do Dange) e a de Santa Isabel (a 3ª. CCAV. 8423, do capitão José Paulo Fernandes, que, em Dezembro, iria para o Quitexe).


Memorial das Forças Armadas Portuguesas na
Fazenda do Liberato, no norte de Angoa (1974
)

 MPLA em Luanda e
como partido político!


O dia, um sábado, foi tempo de um encontro entre uma delegação do MPLA e a Junta Governativa de Angola, liderada por Rosa Coutinho e, naturalmente, para analisarem o processo de descolonização.
Um grupo de dirigentes do movimento presidido por Agostinho Neto chegara a Luanda na véspera e, segundo o Diário de Lisboa desse tempo, tivera «uma recepção apoteótica».
«Uma multidão de 50 000 pessoas aclamou ontem a delegação, chefiada por Lúcio Lara, e que vem estabelecer-se no território como partido político, depois de combater durante 14 anos contra as forças portuguesas», reportava o diário vespertino da capital portuguesa, na sua edição de 10 de Novembro de 1974, há 47 anos e referindo também que os dirigentes «mpla´s» tinham viajado de Brazaville e Lusaka.
António Cabrita

Cabrita, da CCS, 70
anos em Cascais !


O garboso e popularíssimo Cabrita, Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423, no Quitexe, está amanhã em festa, dia 10 de Novembro de 2017, de parabéns: comemora 70 anos!
António Santana Cabrita é natural e ao tempo residia em Portimão (na Travessa de S. João). Lá regressou a 8 de Setembro de 1975 e por lá continuou a sua arte de pescador marítimo. Ampliou a actividade e, já patrão e dono de barco de pesca, fixou-se em Cascais, de onde, desde há muitos anos, partiu para as companhas que foram a sua vida profissional de sempre.

Agora, já aposentado e naturalmente menos activo, ainda mantém a vontade de sempre «ir ao mar» e continua com a boa disposição e a bonomia que lhe conhecemos no Quitexe e Carmona, na nossa jornada africana do Uíge angolano. Como em Santa Margarida e depois em Luanda.
Para lá, para Cascais e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!

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