domingo, 20 de novembro de 2022

6 991 - Cavaleiros do Norte já em Portugal! Um Governo de Unidade e incidentes por Angola fora!

O edifício do Batalhão de Caçadores 12, último quartel dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, na
 cidade de Carmona, actual Uíge e capital desta província, e na saída para o Songo. Foi ampliado
para este lado. A imagem é de 25 de Setembro de 2019

Quitexe, a avenida ou Rua de Baixo. Reconhecem-se os edifícios da
secretaria da CCS e Casa dos Furriéis (a segunda, do lado direito),
 seguindo-se o da messe de oficiais (cor de rosa) e, mais ao fundo,
a messe e bar de sargentos. Foto de 24 de Setembro de 2019

Há 47 anos, no dia 20 de Novembro de 1975 e com os Cavaleiros do Norte já em Portugal e Angola independente, o presidente do Uganda e da Organização de Unidade Africana (OUA), considerou que «para se evitar o derramamento de sangue em Angola, não deverá ser reconhecido nenhum movimento, até se formar um Governo de Unidade».
Idi Amin Dada, dele falamos, temia que os estados-membros da OUA que «apoiaram e ainda apoiam» o Governo do MPLA, reconhecendo a Angola independente, «poderiam mudar de opinião em breve e juntar-se à maioria que deseja uma Angola unida». Ele próprio e o seu país, ainda não tinha 
reconhecido a Angola do MPLA mas admitia ter «relações de boa amizade» com o movimento de Agostinho Neto.
Posição contrária tinha Marien Ngouabi, presidente da República Popular do Congo, em contencioso com Idi Amin Dada e exigindo a sua demissão do presidente ugandês da liderança da OUA, no que era corroborado por Sekou Touré, presidente da Guiné-Conakri.
Noticias dos combates é que não se conheceram por estes dias de há 44 anos. Mas Angola continuava a ferro e fogo, com confrontos entre as forças do MPLA (que eram Governo de Angola) e as da FNLA (o ELNA) e da UNITA (as FALA).

A entrada de Vista Alegre, na Estrada do Café e do lado
de Luanda, a 24 de Setembro de 2019

Mudanças em Vista Alegre,
incidentes por Angola fora!


Um ano antes, a 20 de Novembro de 1974, a CCAÇ. 4145/74 abandonou Vista Alegre onde tinha chegado dois dias antes - para substituir a CCAÇ. 4145/72, que acabou, na prática, por ser 
substituída pela 1ª. CCAV. 8423 - os Cavaleiros do Norte de Zalala.
«A rotação do dispositivo militar começou a ser efectivada à custa de verdadeiros sacrifícios, dadas as carências de meios auto que permitissem a materialização
Notícia do «Diário de Lisboa» de
20 de Novembro de 1974


movimentos, os quais envolviam não um simples mutação, mas, sim, a extinção de aquartelamentos», lê-se no livro «História da Unidade».
Em Luanda, por esse tempo, «as Forças Armadas Portuguesas e milícias populares constituídas do MPLA, continuam(avam) a patrulhar os bairros subúrbios, assegurando o rápido restabelecimento da ordem». Em Nova Lisboa, «fizeram-se sentir actividades da reacção» e uma força da PSP «entrou no bairro Cacilhas, tendo procedido a detenção de 7 brancos» e de uma viatura Land Rover. Os detidos foram para a Casa da Reclusão de Luanda, para serem ouvidos.
Sobre o problema de Cabinda, o MPLA divulgou um comunicado, no qual acusou a FLEC de «ser um bando de fantoches, a soldo do imperialismo, com apoio de um país vizinho» - o Zaire de Mobutu Sese Seko.

Assim ia, há 48 anos, o processo de descolonização de Angola!

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