O incêndio na arrecadação de material do BCAV. 8423, na vila do Quitexe, foi há precisamente 48 anos. A imagem
mostra as labaredas por cima do telhado do edifício - que ficava na Estrada do Café, entre Carmona e Luanda, no centro da vila
Os bens dos militares foram retirados do edifício e colocados na berma da Estrada do café. À direita, vê-se o capitão Oliveira, comandante da CCS |
O Quitexe dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 foi, há precisamente 48 anos, alarmado por um incêndio na arrecadação de material de guerra.
Que poderia ter sido dramático!
Um dia 17 de Janeiro de 1975 que, tragicamente, poderia ficar para a historia e memórias desta unidade militar comandada pelo tenente-coronel Carlos Almeida e Brito.
Não foi, fora o susto!
Não foi, fora o susto!
A comunidade militar continuava expectante quanto a tudo o que se soubesse da Cimeira do Alvor e, principalmente, quanto à data de independência - que estaria intimamente ligada ao regresso a Portugal.
O dia 17 de Janeiro de 1975, uma sexta-feira, foi marcado no Quitexe pelo incêndio na arrecadação de material de guerra da CCS - no mesmo edifício da Estrada do Café onde se hospedavam alguns oficiais milicianos. Foi um deles, o alferes miliciano António Garcia, quem deu o alarme nesse princípio de note africana e rapidamente se combateram as chamas - o que não evitou elevados prejuízos materiais.
O dia 17 de Janeiro de 1975, uma sexta-feira, foi marcado no Quitexe pelo incêndio na arrecadação de material de guerra da CCS - no mesmo edifício da Estrada do Café onde se hospedavam alguns oficiais milicianos. Foi um deles, o alferes miliciano António Garcia, quem deu o alarme nesse princípio de note africana e rapidamente se combateram as chamas - o que não evitou elevados prejuízos materiais.
O incêndio terá tido origem num curto-circuito e pregou um enorme susto à guarnição militar, até porque nos primeiros momentos do incêndio toda a boa gente dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 admitiu como muito provável que se tratasse de um acto de sabotagem. Sabotagem de algum movimento independentista. De algum tresloucado inconsciente. De algum civil europeu enraivecido e a «vingar-se» da evolução dos caminhos políticos que iriam levar à independência de Angola.
Quem sabia? Ninguém sabia!
Não era nada disso, felizmente para todos, e a pronta intervenção da tropa aquartelada na vila quitexana evitou males bem piores, assim como a salvação dos pertences dos militares ali hospedados - atirados para a rua, como se pode ver na foto do dia.
Ardeu a casa de oficiais
e arrecadação de material
O estouro de algumas munições, devido ao calor das chamas que medravam no edifício, e o medo de que granadas e outros materiais de guerra (mais poderosos) rebentassem provocou algum pânico e as aflições foram muitas.
Os três bombeiros que acudiram o incêndio do Quitexe, há 45 anos e com uma bomba manual de muito pouca água |
Ardeu a casa de oficiais
e arrecadação de material
O estouro de algumas munições, devido ao calor das chamas que medravam no edifício, e o medo de que granadas e outros materiais de guerra (mais poderosos) rebentassem provocou algum pânico e as aflições foram muitas.
Chegou a supor-se o pior.
«Ardeu completamente uma das casas onde o BCAV. tinha a arrecadação de material de aquartelamento da CCS e os quartos dos oficiais», relata o livro «História da Unidade», citando «avultados prejuízos materiais».
A guarnição dos cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, ali aquartelada, sublinha o mesmo HdU, «teve a maior dedicação (...) mas não houve possibilidade de evitar a destruição total do imóvel, por falta de meios adequados para apagar o incêndio, inclusive a própria água».
Foram chamados os bombeiros, que compareceram (eram três!!!...) com uma bomba manual e de pouca água, o que suscitou até alguma chacota da comunidade militar, que se sorriu da «aparatosa» intervenção.
Os bombeiros apresentaram-se, imagine-se, até de gravata, como se vê na imagem. - Ver AQUI
O amor de 44 anos
do furriel Rocha !
O furriel miliciano Nelson dos Remédios da Silva Rocha, da CCS do BCAV. 8423, festeja hoje os 44 anos de casamento com Luciana, seu amor de sempre - «ganho» em fervores de paixão, já depois da jornada africana do Uíge angolano!
«Ardeu completamente uma das casas onde o BCAV. tinha a arrecadação de material de aquartelamento da CCS e os quartos dos oficiais», relata o livro «História da Unidade», citando «avultados prejuízos materiais».
A guarnição dos cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, ali aquartelada, sublinha o mesmo HdU, «teve a maior dedicação (...) mas não houve possibilidade de evitar a destruição total do imóvel, por falta de meios adequados para apagar o incêndio, inclusive a própria água».
Foram chamados os bombeiros, que compareceram (eram três!!!...) com uma bomba manual e de pouca água, o que suscitou até alguma chacota da comunidade militar, que se sorriu da «aparatosa» intervenção.
Os bombeiros apresentaram-se, imagine-se, até de gravata, como se vê na imagem. - Ver AQUI
Furriel Nelson Rocha e Luciana |
O amor de 44 anos
do furriel Rocha !
O furriel miliciano Nelson dos Remédios da Silva Rocha, da CCS do BCAV. 8423, festeja hoje os 44 anos de casamento com Luciana, seu amor de sempre - «ganho» em fervores de paixão, já depois da jornada africana do Uíge angolano!
É obra!!! 44 anos?!!!
O sempre discreto e eficiente furriel Rocha, Cavaleiro do Norte foi especialista de transmissões, jornadeou pelo Quitexe e Carmona e regressou a Portugal a 8 de Setembro de 1975. Como todos os Cavaleiros do Norte da CCC!
O sempre discreto e eficiente furriel Rocha, Cavaleiro do Norte foi especialista de transmissões, jornadeou pelo Quitexe e Carmona e regressou a Portugal a 8 de Setembro de 1975. Como todos os Cavaleiros do Norte da CCC!
A vida e afinidade de familiares próximos, levou a que (porque desejou e quis) a cair-se de amores que, há precisamente 44 anos o levaram ao altar, dando o braço a Luciana e fazendo juras de eterno amor - que sabemos sempre viçoso, multiplicado e são. Até aos dias de hoje, o que já não é para todos.
Parabéns, ó Rocha! E que a tua boa amazona Luciana
Parabéns, ó Rocha! E que a tua boa amazona Luciana
cuide bem do vosso gaiense jardim d´amor!
Coelho, o 1º. cabo Buraquinho,
festeja 71 anos em Custóias !
O 1º. cabo Coelho, depurador de águas da CCS do BCAV. 8423, festeja 71 anos a 17 de Janeiro de 2023. Hoje mesmo!
Alfredo Rodrigo Ferreira Coelho, é este o seu nome completo, imortalizou-se na sua (e nossa) jornada africana do Uíge angolano com o epíteto de Buraquinho - poucos conhecerão o seu nome de baptismo - e regressou a Portugal de braço dado com a sua então «mais-que-tudo, namorada e futura e actual esposa, mãe do seu casal de filhos.
Trabalhou em várias áreas profissionais, também na restauração, e, agora já aposentado, mora na sua Custóias natal. Presentemente, exerce funções de sacristão numa Igreja da cidade do Porto - seguindo o exemplo, aliás, de se pai, que por muitos aos foi sacristão na Paróquia de Custóias.
O 1º. cabo Coelho, o Buraquinho, com a então namorada |
Coelho, o 1º. cabo Buraquinho,
festeja 71 anos em Custóias !
O 1º. cabo Coelho, depurador de águas da CCS do BCAV. 8423, festeja 71 anos a 17 de Janeiro de 2023. Hoje mesmo!
Alfredo Rodrigo Ferreira Coelho, é este o seu nome completo, imortalizou-se na sua (e nossa) jornada africana do Uíge angolano com o epíteto de Buraquinho - poucos conhecerão o seu nome de baptismo - e regressou a Portugal de braço dado com a sua então «mais-que-tudo, namorada e futura e actual esposa, mãe do seu casal de filhos.
Trabalhou em várias áreas profissionais, também na restauração, e, agora já aposentado, mora na sua Custóias natal. Presentemente, exerce funções de sacristão numa Igreja da cidade do Porto - seguindo o exemplo, aliás, de se pai, que por muitos aos foi sacristão na Paróquia de Custóias.
É para lá, e para ele, que vai o nosso abraço de parabéns!
Ferreira, 1º. cabo de Santa
Isabel, 71 anos em Guimarães!
O 1º. cabo José Agostinho da Silva Ferreira, Cavaleiro do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, festeja 71 anos a 17 de Janeiro de 2023. Hoje!
Apontador de morteiros médios de especialidade militar, já festejou os seus jovens 23 anos no Quitexe (depois de a 10 de Dezembro de 1974 para l ter rodado com a sua subunidade) e na sua jornada angolana do Uíge ainda passou por Carmona, antes de regressar a Portugal, o que aconteceu no dia 11 de Setembro de 1975.
Sabemos que voltou à sua residência do lugar de Vila Chã, na freguesia de Santo Estevão de Briteiros, em Guimarães, e supomos que ainda lá continuará a viver.
Para lá, ou para onde quer que esteja, vai o nosso abraço de parabéns!
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