sexta-feira, 5 de maio de 2023

7 158 - Mil mortos em Luanda! A segurança de pessoas e bens no Uíge! Morte do furriel Rito!

O furriel miliciano João Rito, da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa e em primeiro plano, que hoje
faria 71 anos mas faleceu a 17 de Maio de 2008. Atrás, o furriel José Nascimento e NN. Quem será?
Alguém nos pode ajudar a identificar este companheiro da nossa jornada angolana de 1074/1975

Alberto Marques, da AV,
que hoje festeja 71 anos!
Carla Gaspar e o furriel
Victor Guedes (de SI)


Os dias do Uíge angolano do norte, os de há 48 anos, iam passando entre fermentos de expectativas e os (possíveis) sonhos relativamente ao nosso cada vez mais desejadíssimo regresso a Portugal e a missão que lá nos levou.
Missão que era cada vez mais perigosa e a que, generosa e bravamente (sem fácil lisonja), nos íamos entregando, permanentemente rodeados de mil perigos e procurando, a todo o custo, manter a paz e a ordem, a segurança de pessoas e bens das terras uíjanas.
A Angola doce e misteriosa que nos enfeitiçava a alma, atravessava período crítico, com recolher obrigatório em Luanda, muito embora, e citamos o Diário de Lisboa desse dia de há 48 anos, a imprensa anunciasse que «a situação encontra-se praticamente normalizada» e também que «na noite anterior e manhã de hoje não se registaram incidentes».
«Centenas de refugiados estão albergados nos liceus e estabelecimentos de ensino superior, onde foram organizados centros de socorro»
, anunciava a imprensa.
Imprensa que lembrava os 500 cadáveres que na véspera tinham entrado nas morgues da cidade. Só que, e de novo citamos o Diário de Lisboa de 5 de Maio de 1975, «o número total de vítimas dos últimos acontecimentos deve elevar-se a cerca de um milhar».
João Rito, furriel mil.
da 1ª. CCAV. 8423

Rito, furriel de Zalala,
faria hoje 71 anos !


O furriel miliciano João Correia Marques Rito, atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, faria hoje 71 anos. Tragicamente, faleceu a 17 de Maio de 2008.
Cavaleiro do Norte da mítica fazenda Maria João, a de Zalala, o Rito lá se apresentou no mês de Dezembro de 1974, em rendição individual - substituindo o furriel Fernando Mota Viana, que de lá saíra em Outubro de 1974. Rodava do Casage e da 1ª. CCAÇ. 4617, formada em Évora. 
Natural de Freixianda, freguesia de (Vila Nova de) Ourém, o furriel Rito lá voltou a 9 de Setembro de 1975, no final da sua jornada africana do Uíge angolano, e onde, sempre solteiro, trabalhou na área da extracção de resinas. 
Apareceu morto, numa estrada da região e noa dia 17 de Maio de 2008, há quase 15 anos, por razões desconhecidas e nunca esclarecidas. Provavelmente assassinado - questão que as autoridades de investifação e judiciais nunca chegaram a apurar.
Hoje o recordamos, dele fazendo memória, com muita saudade de um bom companheiro da missão que, há 49 anos, nos levou ao norte de Angola! RIP!!!
Alberto Marques
na actualidade


Marques, 1º. cabo cripto
de Aldeia Vilosa, festeja 71
anos em Vila Nova de Gaia !

O 1º. cabo Marques, combatente da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa e do capitão José Manuel Cruz, festeja 71 anos a 5 de Maio de 2023. Hoje mesmo!
Cavaleiro do Norte com a «secretíssima» especialidade militar de operador-cripto, Alberto Jorge de Oliveira Marques, de seu nome completo, também passou pela cidade de Carmona (agora Uíge e capital da província do mesmo nome, no norte da Angola) e regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, no final da sua jornada africana do norte de Angola.
Fixou-se em Mafamude, freguesia do município de Vila Nova de Gaia. Por lá fez (e faz) a vida e lá mora, agora na Urbano de Moura, para onde, e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!

Carla Gaspar, em foto recente, ladeada pelas
irmãs São, à esquerda, e Lurdes Morais, três
jovens do Quitexe de 1974/1975

Quitexana Carla Gaspar em 
festa de juvenis 62 anos !

A casa que foi messe de oficiais da CCS do BCAV. 8423, no Quitexe, foi, há 62 anos, o berço de nascimento de Carla Gaspar que, por 1974 e 1975, foi contemporânea dos Cavaleiros do Norte.
Os tempos desses idos anos eram de guerra, não esqueçamos, mas também de alimento e fervura de aceleradas paixões (muitas delas platónicas e nunca confessadas...), semeadas pela nossa jornada africana de Angola. Era quando Carla, com juvenis 14 anos e estudante do Liceu Nacional de Carmona, aos fins de semana voltava ao Quitexe em visita de família e aos encontros de jovens da missão do padre Albino Capela. Onde se juntava com as irmãs Morais (na foto) e outros jovens e adolescentes quitexanas.
A Carla é filha de Amélia e Carlos Gaspar (ambos já falecidos), neta de Ricardo Gaspar (o fundador de Zalala). O pai Carlos era dono de uma fazenda dos arredores do Quitexe e a família regressou a Portugal por altura da independência de Angola.
Carla Gaspar, agora sexYgenária e sempre jovial, trabalha no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Sines e mora na cidade de Santo André. Há uma semana e pela morte do saudoso (padre) Albino Capela, longamente falámos ao telefone, recordando, nostálgicos, os cheiros e os sabores da farta terra uíjana que nos «engravidam» a alma. E, ui!!!, ui!!!... quantas saudades!!!
Parabéns, Carla, pelos frescos e felizes 62 anos de vida que hoje se passam!!

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