terça-feira, 23 de maio de 2023

7 177 - Histórias e pessoas de um tempo inesquecível, por terras do Uíge do norte angolano!


O furriel Mário Matos, a motorista do mini-autocarro,
o 1º. cabo Beato e NN, em Castelo Branco

M. dos Anjos
Jerónimo


Os tempos da  jornada africana do norte de Angola de 1974/1975 foram muito lembrados no encontro da 2ª.  CCAV. 8423, na cidade de Castelo Branco.
Lembram-se dos novos cheiros e da surpresa das novas paisagens diáriad e dos hábitos tradicionais dos residentes locais, dos primeiros patrulhamentos e operações pelos trilhos e matas dos chãos uíjanos? Lembram-se dos trágicos incidentes dos primeiros dias de Junho de 1975, na cidade de Carmona? 
E das situações mais caricatas e bem dispostas da guarnição, os personagens mais sugestivos e populares) Das peripécias das viagens para carregar água para o aquartelamento? 
Lembrar-se-ão das noites de viola e canto do Beato a «acompanhar» as virtudes e cantorias do furriel José Fernando Melo? Dos assaltos às «dispensas» para as mais gastronómicas e bem bebidas farras nocurnas - ou  outras? Das constantes partidas de caserna e «assaltos» às cozinhas?!
E as provisões de um mês que «esgotaram» em poucos dias, logo que, após da chegada a Aldeia Viçosa, o pelotão do alferes Machado rodou e chegou à Fazenda Luísa Maria?
Lembram-se da consoada do Natal de 1974! E dos intensos, regulares e perigosos patrulhamentos da Estrada do Café, para manter a segurança de pessoas e bens no itinerário que liga(va) Luanda a Carmona, até Úcua?
Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa, furriéis milicianos,
em 2014: Jesuíno Pinto (falecido a 3 de Maio de 2017, em
Parada do Gatim, VilaVerde, de doença), Freitas Ferreira,
 José Gomes e António Artur Guedes

O acidente da patrulha de
Úcua, na Estrada do Café!

Num deles, a 1 de Julho de 1974, o furriel Freitas Ferreira e um condutor da 2ª. CCAV. 8423, o Samuel Oliveira, foram vítimas de um acidente, no decorrer de um patrulhamento em que se despistou um Unimog, numa curva do Quibaxe. ´
O Freitas Ferreira seguia numa coluna dos Cavaleiros do Norte comandados pelo capitão miliciano José Manuel Cruz e a viatura saiu da estrada e caiu numa ravina, bem alta - numa curva onde se cortava para a fazenda e aquartelamento de Maria Fernanda.
«Atravessou a estrada e caiu na ravina, eu rebolei até ao fundo, assim como o condutor», o Samuel Oliveira, recordou-se, há algum tempo, o Freitas Ferreira - que, com uma perna e clavícula partidas, acabaria por ser evacuado para o Hospital Militar de  Luanda e, já com alta, depois reclassificado como amanuense e rodando para a capital angolana, embora contra a sua vontade.
«Contaram-se histórias de um tempo em todos éramos meninos. Tudo em ambiente muito salutar e de muita satisfação pelos momentos que por lá passámos e nunca esquece(re)mos», disse-nos o 1º. cabo José Maria Beato, um dos organizadores citando «muitas conversas e saudades d´Angola».
Manuel Lopes

Histórias e nomes de 
Cavaleiros de Aldeia Viçosa!

Um nome foi particularmente lembrado: o Manuel Fernando de Jesus Lopes, que teve um acidente no regresso à sua casa de Aldeia do Além, em Alcanede e ido do encontro de Almeirim, a 28 de Setembro de 2018.
Seguia na viatura conduzida por um genro e, bem próximo do local do encontro, na A118 (perto da Quinta da Alorna, antes da Ponte Salgueiro Maia), teve um choque frontal, quando seguia na sua mão. Ele, o filho e o genro tiverem ferimentos ligeiros e, por precaução, a esposa foi tratada em hospital. Infelizmente, viria a falcer poucos meses depois.
Lembrados também foram outros companheiros com problemas de saúde e habituais partcipamtes dos encontros:
- O alferes miliciano João Francisco Pereira Machado, que foi adjunto do cm,andante José Manuel Cruz e na (sua) Amadora se cuida das sequelas do COVID 19.
- O furrriel António Oliveira da Cruz, recentemente operado à coluna e que, pela sua Vila Verde, ainda anda em fase de tratamentos hospitalares.
- O furriel miliciano Amorim Antóno Barrelas Martins, que, por Pegões, divide o seu tempo entre passeios de canadianas e tratamentos fisioterápicos.
- O furriel miliciano Rafael António Pimenta Ramalho, a quem nem os cuidados médicos em que anda, impediram da participar e coorganizar este encontro de Castelo Branco. A partir da sua Évora.
- O 1º. cabo José Maria Pedrosa de Pinho Beato, também eterno coorganizador e a recuperar de mazelas covídicas por terras de Valongo.
Boa saúde para todos!
E até Ferreira do Zêzere, em 2024!!!
Augusto Hipólito, 1º. cabo que hoje faz 71 anos (em
França), furriel José Monteiro e 1º. cabo Joaquim
Almeida (falecido a 28 de Fevereiro de 2009, de
doença e em Penamacor)

Hipólito em França e
em festa de 71 anos !


O Hipólito foi 1º. cabo da CCS dos Cavaleiros do Norte do Quitexe e hoje festeja
 71 anos. Em França, onde há muitos está está emigrado!
Augusto de Sousa Hipólito foi especialista de Reconhecimento e Informação e integrou o PELREC do BCAV. 8423, nele se afirmando como militar garboso, disciplinado, colaborante e sempre cumpridor das suas tarefas e obrigações. 
Transmontano natural de Vinhais, morava na Azinhaga da Flamenga, na freguesia de Marvila, em Lisboa, quando foi mobilizado para Angola, e lá regressou a 8 de Setembro de 1975. A vida levou-o a emigrar para França, já no distante ano de 1978 e para Reims, onde se radicou, agora já aposentado de uma vida de trabalho na área da construção civil.
Para lá e para ele vai o nosso grande abraço de parabéns!
Alberto Ferreira (que hoje faz 71 anos) e
o 1º. cabo Rodolfo Tomás, ambos da CCS


Ferreira do PELREC,
71 anos em Almada !


O soldado Alberto dos Santos Ferreira foi combatente do PELREC e festeja hoje 71 anos - dia 23 de Maio de 2023.
Atirador de Cavalaria de especialidade militar da CCS, também prestou serviços como quarteleiro do depósito de géneros do Quitexe, o que lhe valeu louvor do comandante da CCS, o capitão António Martins de Oliveira.
«Desempenhou as funções com muito acerto, honestidade e maior boa vontade, de forma que nas conferências mensais de armazém, nunca fora notadas quaisquer anomalias, pelo que se torna inteiramente merecedor da confiança nele depositada», sublinha o louvor, publicado na Ordem de Serviço nº. 163.
O Ferreira regressou à Sobreda da Caparica, em Almada, e lá mora, já aposentado e depois da uma vida de muito trabalho na área da construção civil. Parabéns!

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