sexta-feira, 9 de junho de 2023

7 195 - Acalmia no Uíge, tiroteios e rebentamentos junto à messe da Força Aérea em Luanda!

A entrada na vila do Quitexe, na Estrada do Café e do lado de Luanda. Ao lado
direito ainda se vê o posto de sentinela do BCAV. 8423. A imagem é de 24 de
Setembro de 2019, quando por lá passou o furriel Viegas da CCS
Notícia do Diário de Lisboa
de 9 de Junho de 1975


A 2ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz, estava, há 49 anos e por esta hora, em preparação para a viagem do Campo Militar do Grafanil, nos arredores de Luanda, para o seu destino do chãi uíjano uíjano: a vila de Aldeia Viçosa.
Para lá partiria e lá chegaria no dia seguinte - o dia 10 de Junho de 1974.
Um ano depois, e depois dos graves conflitos dos primeiros dias de Junho, serenava a situação militar em Carmona e no Uíge. A guarnição dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, na cidade, tinha sido reforçada pela 1ª. CCAV. 8423, que rodara do Songo no dia 6 (em operaçºao que durou até ao dia 12), e a do Negage também aumentada com «a desactivação de Sanza Pombo» - cuja tropa para lá rodou.
Luanda também acalmava, «deixando de ser tão frequente o tiroteio e o rebentamento de granadas e morteiros, pelo menos na zona próxima da cidade».
A acalmia era atribuída às «medidas de recolher obrigatório e uma maior vigilância das Forças Militares Mistas». Mas o balanço dos incidentes, «com a aproximação dos conflitos à zona do asfalto», incluía «um rebentamento junto à Messe da Força Aérea, na Avenida dos Combatentes, e tiroteios dentro da cidade».
A UNITA também estava envolvida nos incidentes e o Diário de Lisboa referia que tal acontecia «em consequência dos ataques que lhe foram dirigidos por parte das FAPLA» - o exército do MPLA.
As Forças Armadas Portuguesas, por seu lado e ainda segundo o diário vespertino de Lisboa, «foram obrigadas a reagir directamente contra delegações do MPLA e da FNLA, havendo a assinalar, segundo determinadas fontes, a destruição de três delegações da FNLA e de uma do MPLA». E porquê? Porque se registaram «ataques, a partir destas instalações, contra soldados portugueses».
Não era assim tão calma, afinal, a situação na capital de Angola

José Gomes em 2017


Enfermeiro Gomes,
71 anos em Lousada !

O 1º. cabo Gomes, enfermeiro de especialidade militar e Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423, está hoje em festa, nesta sexta-feiraa do dia 9 de Junho de 2023, véspera do encontro da Covilhã: faz 71 anos.
José Gomes é este, simplesmente, o seu nome completo e, em termos da sua (e nossa) jornada africana do norte de Angola, trabalhou nas enfermarias da vila do Quitexe e da cidade de Carmona, antes de, a 8 de Setembro de 1975 e depoi de, desde 4 de Agosto, ter estado no Campo Militar do Grafanil, regressar a Portugal. 
Por lá, pela Angola da nossa saudade, fez serviço de enfermagem às ordens do capitão miliciano Manuel Leal e do alferes miliciano Honório Campos (ambos médicos) e do furriel enfermeiro António Maria Lopes, da CCS do BCAV. 8423.
Profissionalmente e já em Portugal, trabalhou na Brisa e, nessa qualidade, cirandou pelo país fora, estando agora já aposentado. Natural de Meinedo, em Lousada, lá continua a viver e para lá, e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!
Alf. Lains Santos

Guilherme de Zalala,
71 anos em Santarém !


O soldado Domingos Maria Guilherme, atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Maria João, a de Zalala, comemora 71 anos a 9 de Junho de 2023. Hoje!
Cavaleiro do Norte do 4º. Grupo de Combate, comandado pelo alferes miliciano José Manuel Lains dos Santos (na foto ao ladoo), com os furriéis Jorge Barata (falecido a 10/10/1997), Américo Rodrigues ((f. a 30/08/2018) e José Louro, também passou por Vista Alegre/Aldeia Viçosa, Songo e Carmona.
Ao tempo residente na freguesia de Marvila, no concelho de Santarém, lá regressou a 9 de Setembro de 1975, depois de concluída a comissão militar em Angola.
E é o que dele sabemos. Parabéns para ele, se por acaso nos lê! Oxalá!

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