Cavaleiros do Norte da CCS, em frente à secretaria: furriéis milicianos José Monteiro e Francisco Dias e 1ºs. cabos Miguel Teixeira e Vasco Vieira (Vasquinho) e, em baixo, João Pires |
Os primeiros dias de Janeiro de 1975, pelas bandas do Uíge angolano, foram de muita expectativa quanto à evolução do processo de descolonização.
Expectativa em particular nos primeiros dias do mês e quanto à Cimeira entre o MPLA, a FNLA e a UNITA - os três movimentos de libertação de Angola -, que decorreu em Mombaça, no Quénia, e antecedeu a do dia 10, no algarvio Alvor.
O livro «História da Unidade« refere que esta «iria definir os termos da negociação da independência de Angola» e que, por isso mesmo, «polarizou todas as atenções».
Por estes mesmos dias uíjanos de há 49 anoa, «começou a ser murmurada uma nova remodelação do dispositivo» e a eventual rotação do BCAV. 8423 para Carmona, «dado que o BC12, que desde 1961 guarnecera a capital do distrito do Uíge, iria ser extinto». E assim viria a ser. Na verdade e a 2 de Março desse mesmo ano de 1975, a CCS do BCAV. 8423 rodou para Carmona e para o quartel do Batalhão de Caçadores Nº. 12 (BC12), que fica(va) na saída da cidade e na estrada para o Songo. Começou nesse dia a definitiva remodelação do dispositivo militar dos Cavaleiros do Norte.
A cimeira angolana
de Mombaça !
A segunda-feira do Dia de Reis de 1975 foi tempo de, logo depois da Cimeira de Mombaça, os presidentes Agostinho Neto (do MPLA), Holden Roberto (da FNLA) e Jonas Savimbi (da UNITA) viajarem, respectivamente, para Dar-es-Salan (na Tanzânia), Kinshasa (via Nairobi) e Gabão e Senegal.
A Lisboa, entretanto, e para participarem na cimeira marcada para o dia 10 (e ainda não se sabia onde), chegaram Lúcio Lara e Lopo do Nascimento, membros do Comité Central do MPLA (vindos de Londres). E aguardava-se «nos próximos dias» a chegada do presidente Agostinho Neto e Paulo Jorge, do Departamento de Relações Exteriores.
Era, por outro lado, conhecido o comunicado final da Cimeira de Mombaça, apresentado pelos presidentes Jonas Savimbi e Holden Roberto, considerando que «decorreu numa atmosfera de mútua e perfeita compreensão» e que as delegações «chegaram a plataforma política comum, à luz das próximas negociações com o Governo Português para a formação de um Governo Transitório que levará Angola à independência».
A grande novidade tinha a ver com o número de ministros: Portugal sugeria 12 e os movimentos pretendia 17: dois portugueses e cinco de cada movimento.
O livro «História da Unidade« refere que esta «iria definir os termos da negociação da independência de Angola» e que, por isso mesmo, «polarizou todas as atenções».
Por estes mesmos dias uíjanos de há 49 anoa, «começou a ser murmurada uma nova remodelação do dispositivo» e a eventual rotação do BCAV. 8423 para Carmona, «dado que o BC12, que desde 1961 guarnecera a capital do distrito do Uíge, iria ser extinto». E assim viria a ser. Na verdade e a 2 de Março desse mesmo ano de 1975, a CCS do BCAV. 8423 rodou para Carmona e para o quartel do Batalhão de Caçadores Nº. 12 (BC12), que fica(va) na saída da cidade e na estrada para o Songo. Começou nesse dia a definitiva remodelação do dispositivo militar dos Cavaleiros do Norte.
Notícia do «Diário de Lisboa» de 6/01/1975 sobre a situação política em Angola |
A cimeira angolana
de Mombaça !
A segunda-feira do Dia de Reis de 1975 foi tempo de, logo depois da Cimeira de Mombaça, os presidentes Agostinho Neto (do MPLA), Holden Roberto (da FNLA) e Jonas Savimbi (da UNITA) viajarem, respectivamente, para Dar-es-Salan (na Tanzânia), Kinshasa (via Nairobi) e Gabão e Senegal.
A Lisboa, entretanto, e para participarem na cimeira marcada para o dia 10 (e ainda não se sabia onde), chegaram Lúcio Lara e Lopo do Nascimento, membros do Comité Central do MPLA (vindos de Londres). E aguardava-se «nos próximos dias» a chegada do presidente Agostinho Neto e Paulo Jorge, do Departamento de Relações Exteriores.
Era, por outro lado, conhecido o comunicado final da Cimeira de Mombaça, apresentado pelos presidentes Jonas Savimbi e Holden Roberto, considerando que «decorreu numa atmosfera de mútua e perfeita compreensão» e que as delegações «chegaram a plataforma política comum, à luz das próximas negociações com o Governo Português para a formação de um Governo Transitório que levará Angola à independência».
A grande novidade tinha a ver com o número de ministros: Portugal sugeria 12 e os movimentos pretendia 17: dois portugueses e cinco de cada movimento.
José Lopes, 1º. cabo
enfermeiro da ZMN,
faleceu há 4 anos!
O 1º. cabo enfermeiro José António de Oliveira Lopes foi a enterrar no dia 6 de Janeiro de 2019, há 4 anos e em Vila Nova de Ourém, vítima de doença e aos 67 de idade.
O Lopes integrou os quadros de saúde da Zona Militar Norte (ZMN) e transitou para o BCAV. 8423 aquando da extinção, em meados de 1975, deste órgão de comando regional do Exército Português, que estava instalado na cidade de Carmona.
Regressou a Portugal e à sua residência de Lagoa do Furadouro, da freguesia de Senhora das Misericórdias, no município de (Vila Nova de) Ourém, no final da sua comissão militar em Angola, tendo depois emigrado para França - onde casou com uma senhora francesa. Ultimamente e após a sua saga na diáspora migratória e de novo na sua terra natal, instalou-se como empresário na área da restauração, explorando o café O Painel.
Graves problemas de saúde, do estômago e coração, levaram ao seu falecimento - que ocorreu ontem, tendo o funeral decorrido a 6 de Janeiro de 2019, para o cemitério local.
RIP!!!
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