sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

7 338 - Escaramuças em comício FNLA/MPLA em Aldeia Viçosa e a Revolta de Chipenda!

Movimentos de libertação de Angola no comício de Aldeia Viçosa, a 26 de Janeiro de 1975. Há 49 anos!


As Forças Armadas Portuguesas asseguraram o transporte
dos apoiantes da FNLA e do MPLA para o comício de 
Aldeia Viçosa de há 49 anos


O dia 26 de Janeiro de 1975, um domingo de há 49 anos, foi tempo, na vila de Aldeia Viçosa do Uíge angolano, da abertura oficial de uma delegação da FNLA e, por acréscimo, este movimento e o MPLA quiseram fazer um comício conjunto.
A «coisa», porém, deu para o torto. 
«Não conseguiram entendimento, o que deu origem a intervenção das NT, em situação apaziguadora, que se conseguiu», narra o livro «História da Unidade», fazendo memória desse tempo.
Os movimentos emancipalistas, na verdade, procuravam desenvolver «actividades de politização» do poo angolano e, pelas áreas de Aldeia Viçosa e Vista Alegre (respectivamente, as dos aqartelamentos da 2ª. CCAV. e 3ª. CCAV. 8423 dos Cavaleiros do Norte), a influência dividia-se, o que, sublinha o mesmo livro, «tem dado aso a situações da atrito».
Furriéis milicianos da 2ª. CCAV. 8423, a de
Aldeia Viçosa: Matos, Guedes e Melo (de
pé), Letras, Gomes e Cruz



A Revolta do Leste
de Daniel Chipenda!

A situação era bem mais complicada no Luso, onde, na véspera, tinham tentado entrar forças (armadas) da Revolta do Leste, a facção liderada por Daniel Chipenda, que tinha sido expulso do MPLA. 
O jornal «O Comércio», de Luanda, dava conta que 100 homens quiseram entrar na cidade, idos do aquartelamento de Ninda - onde Chipenda preparava um congresso. Estava determinado, segundo «O Comércio», «a não provocar um conflito armado», mas preocupava-se com a integração dos seus homens no futuro Exército de Angola, nos termos da Cimeira do Alvor.
As FA Portuguesas e o MPLA tomaram posição para evitar a entrada das forças de Chipenda no Luso, o major Soares parlamentou com os comandantes Kalimanjaro e Rosa e as forças estariam cercadas. Outro oficial português propôs que entrassem na cidade... desarmados, mas os comandantes da Facção Chipenda não aceitaram. Só se o MPLA também fosse desarmado.
Kalimanjaro acabou por retirar as suas forças, para três quilómetros fora da cidade, no sentido de evitar incidentes. Próximas, segundo «O Comércio», estavam duas companhias portuguesas de paraquedistas e a FNLA, noutro ponto, também se preparava para evitar a entrada da Facção Chipenda na cidade.
O jornal de Luanda noticiava ainda que Chipenda tinha forças estacionadas em 
ção, verificando-se que a área do Quitexe é quase na íntegra da FNLA, enquanto que nas áreas de Aldeia Viçosa e Vista Alegre se verifica uma mesclagem deste movimento com o MPLA, o que tem dado azo a situações de algum atrito entre eles», relata o livro «História da Unidade».NT, em situação apaziguadora, que se conseguiu».
Alferes Mário Jorge 
Sousa, de Zalala


A morte, há 3 anos, do
alferes Sousa de Zalala!


O alferes miliciano Sousa, oficial da 1ª. CCAV. 8423, a da mítica Fazenda de Zalala, faleceu há 3 anos, no dia 26 de Janeiro de 2021 e de doença, no Hospital de S. João, no Porto.
Mário Jorge de Sousa Correia de Sousa foi especialista de Operações Especiais (Rangers) e nasceu a 8 de Julho de 1951, na Graça (em Lisboa), filho de Mário Jorge Sousa, que foi tenente-coronel do Exército Português. Jornadeou por Zalala e depois por Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona, tendo regressado a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975 - no dinal da sua (e nossa) jornada africana do Uíge angolano.
Empresariou pelo Principado Andorra, na área dos veículos motorizados, e o seu funeral realizou-se a 30 de Janeiro de 2021, para o cemitério municipal de Sendim, em Matosinhos - tendo sido cremado.
Casado e pai de dois filhos, morava em Alfena, no município de Valongo.
Hoje o recordamos com caudade. RIP!!!

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