A Rua do Comércio, em Carmona, agora e desde 1975 a cidade capital do Uíge, no dia 24 de Setembro de 2019, quando por lá passou o furriel Viegas, de CCS do BCAV. 8423 |
O BC12, à saída de Carmona para o Songo e no 25 de Setembro de 2019, dia em que por lá passou o furriel Viegas da CCS do BCAV. 8423 |
A reunião da Zona Militar Norte (ZMN) de há 49 anos, na quarta-feira de 26 de Fevereiro de 1975, definiu que os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 iriam rodar para a cidade de Carmona e para o (então em extinção) Batalhão de Caçadores nº. 12 - o histórico BC12.
Finalmente e após muitos dias de expectativas e, como sublinha o livro «História da Unidade», «com a pressa de uma rápida e imediata mudança» - o que se viria a concretizar no dia 2 de Março seguinte.
Ano de 1975!
A mudança para a cidade, ainda segundo o mesmo livro «HdU», foi do «agrado geral para a maioria dos militares» do BCV. 8423 mas, contudo, frisava também, «traz ao BCAV. a responsabilidade de uma zona de intensa politização dos movimentos emancipalistas, o que, forçosamente, virá a trazer-nos responsabilidades, honrosas por um lado, mas extremamente difíceis e complexas, por outro».
Mal nós imaginávamos, por esse tempo de há 49 anos, o que nos esperava na capital do Uíge - nomeadamente nos trágicos primeiros seis dias de Junho desse mesmo ano de 1975
Mal nós imaginávamos, por esse tempo de há 49 anos, o que nos esperava na capital do Uíge - nomeadamente nos trágicos primeiros seis dias de Junho desse mesmo ano de 1975
O furriel Bento e o sapador Albino Dias em 2019, 44 anos depois do regresso a casa e no encontro de Rans, em Penafiel (2019) |
A cidade de Carmona
no dias do BCAV. 8423!
A cidade de Carmona já nós conhecíamos muito bem - das muitas vezes que para lá tínhamos viajado, a troco das mais vulgares razões e atraídos pelos prazeres da vida, do desejo e da idade.
Carmona era, para a maioria generalizada de todos nós, a primeira cidade que melhor conhecíamos. Quase todos, éramos gente da província do Portugal de 1973 e 1974.
A notícia da rotação para a capital do Uíge, já mais ou menos esperada, foi recebida com tranquilidade - embora também com expectativa -, e os poucos dias que nos separavam da partida (2 de Março) foram vividos a preparar a saída, embrulhando malas e fazendo despedidas.
Pelo Quitexe, ainda iria ficar a 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, comandada pelo capitão miliciano José Paulo Fernandes. Lá chegara, a 10 de Dezembro de 1974, deixando de vez a mítica fazenda uíjana, militarmente ocupada desde 1961 - ano do começo da guerra colonial.
O adeus a Angola
do sapador Albino !
O soldado Albino Marques Dias, agora já aposentado da Câmara Municipal, é natural de Loureiro, em Oliveira de Azeméis, e sofria (e sofre) de epilepsia, doença que implicou o seu internamento e posterior evacuação para Lisboa.
no dias do BCAV. 8423!
A cidade de Carmona já nós conhecíamos muito bem - das muitas vezes que para lá tínhamos viajado, a troco das mais vulgares razões e atraídos pelos prazeres da vida, do desejo e da idade.
Carmona era, para a maioria generalizada de todos nós, a primeira cidade que melhor conhecíamos. Quase todos, éramos gente da província do Portugal de 1973 e 1974.
A notícia da rotação para a capital do Uíge, já mais ou menos esperada, foi recebida com tranquilidade - embora também com expectativa -, e os poucos dias que nos separavam da partida (2 de Março) foram vividos a preparar a saída, embrulhando malas e fazendo despedidas.
Pelo Quitexe, ainda iria ficar a 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, comandada pelo capitão miliciano José Paulo Fernandes. Lá chegara, a 10 de Dezembro de 1974, deixando de vez a mítica fazenda uíjana, militarmente ocupada desde 1961 - ano do começo da guerra colonial.
O adeus a Angola
do sapador Albino !
Albino Dias em 1974 |
O soldado Albino Marques Dias, agora já aposentado da Câmara Municipal, é natural de Loureiro, em Oliveira de Azeméis, e sofria (e sofre) de epilepsia, doença que implicou o seu internamento e posterior evacuação para Lisboa.
Sapador de infantaria, regressou a Portugal no dia 26 de Fevereiro de 1975, há 49 anos, e voltou ao convívio dos Cavaleiros do Norte da CCS 44 anos depois, no encontro de 2019, em Rans, Penafiel, durante o qual muito se emocionou pelo gosto de reencontrar velhos companheiros da missão angolana.
Regularmente falamos com ele, sempre fazendo memória da nossa jornada africana do norte de Angola e ele perfeitamente lembrado do dia 26 de Fevereiro de 1975, quando regressou a Portugal.
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