terça-feira, 19 de março de 2024

7 391 - Há 50 anos: O adeus do general Luz Cunha e mais especialistas em Santa Margarida!


Cavaleiros do Norte nas terras africanas do Uíge angolano. De pé, Cabrita, NN, Silvério Cardoso (?) e João
Rodrigues (?). Em baixo, Luciano Gomes, António Amaral, António Calçada, Victor Vieira e Fernando Grácio

O 1º. cabo Carlos Ferreira com um bailundo,
que era trabalhador da Fazenda de Zalala


O general Luz Cunha deixou Luanda a 19 de Março de 1974, uma terça-feira de há 50 anos, e viajou para Lisboa para assumir as funções de Chefe do Estado Maior das Forças Armadas - substituindo o também general Costa Gomes.
O «Diário do Governo» desse dia publicara a exoneração dos generais Costa Gomes e António de Spínola dos cargos de Chefe e Vice-Chefe do Estado Maior das Forças Armadas - por despacho da Defesa Nacional, do dia 14 de Março de 1974.
O general Joaquim Luz Cunha era o comandante Chefe das Forças Armadas de Angola e despedira-se na véspera, numa cerimónia na parada da Fortaleza 
de S. Miguel em que estiveram, entre outros oficiais de alta patente, os comandantes das Regiões Militar, Aérea e Naval. E também o general Alberty Correia, que dias antes lá chegara para ir comandar a Zona Militar Norte (ZMN), instalada em Carmona (actual Uíge), a 40 quilómetros do Quitexe.
Mal sabíamos nós de tal pormenor, nem poderíamos saber. Menos ainda qual a zona angolana que seria o nosso destino próximo.


Condutores mobilizados
para a CCS e 3ª. CCAV.!

A esmagadora maioria dos Cavaleiros do Norte estava, desde a véspera, em gozo da Licença de Normas, mas ao RC4 continuavam a chegar militares especialistas, «por terem sido nomeados para servir no ultramar, com destino ao BCAV. 8423».
Dois condutores, no caso, e ambos transferidos da Escola Prática de Engenharia (EPE), em Tancos. Os seguintes, segundo a Ordem de Serviço nº. 67, de 21 de Março de 1974:
- Henrique Nunes Esgueira, para a CCS, a do Quitexe. Natural de Figueira Redonda, freguesia de Serra, em Tomar. Actualmente, é empresário da construção civil e mora em Alfragide, na Amadora. É o organizador do encontro de 2024, em Tomar.
- Manuel Agostinho da Silva Moço, para a 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel. Natural de Azeitão, em Setúbal.

O furriel Manuel Dias
nos tempos de Angola
Furriel Manuel Dias
faria hoje 72 anos!


O furriel miliciano Manuel Dinis Dias foi mecânico-auto da 1ª. CCAV. 8423 e hoje faria 72 anos. Infelizmente, faleceu a 20 de Outubro de 2011, de doença e em Lisboa.
Natural de Oliveira do Hospital, cedo partiu para Lisboa, onde fez vida, de onde partiu a 31 de Maio de 1974 e aode regressou a 9 de Setembro de 1975 - sendo sempre mecânico. Por lá constituiu família e lá faleceu, vítima de doença incurável, aos 59 anos e quando ainda tinha sonhos praaconcretizar.
Hoje o lembramos com saudade, fazendo memória de um companheiro da nossa jornada africana do norte de Angola.
RIP!!!
Carlos A. Ferreira
1º. cabo de Zalala

Carlos Ferreira, de Zalala, 
72 anos em Moçambique!

O dia 19 de Março de 2024 é dia de o 1º. cabo Carlos 
Alberto Pereira Tavares Ferreira, Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, festejar 72 anos
Natural de Albergaria-a-Velha, foi mecânico de armamento ligeiro de especialidade militar, passando por Zalala, Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona - no decorrer da sua jornada angolana do norte uíjano.
Já em Luanda, e na hora do regresso a Portugal, assumiu responsabilidades que lhe cabiam, é verdade, mas também a outros, por lá voluntariamente ficando em pena disciplinar que continuou em Portugal. Enveredou pela militância revolucionária, por isso foi julgado e, já desde há vários anos, é empresário do sector da segurança electrónica em Moçambique, morando em Maputo - a antiga Lourenço Marques.
Sabemos que este ano vem ao encontro dos «zalalas», a 1 de Junho e no RC4, em Santa Margarida, e é para ele que vão os nossos parabéns!

O 1º. cabo Victor
Vieira e família

Vieira, o 1º. cabo Sacristão,
faz 72 anos na Vidigueira !


O 1º. cabo Victor Manuel da Cunha Vieira, Cavaleiro do Norte do BCAV. 8423, era o «Vidiguêra» da CCS e foi auxiliar de serviços religiosos pelas mortenhas terras angolanas, daí lhe advindo a carinhosa e afcetiva alcunha de Sacristão.
Alentejano natural da vila da Vidigueira - daí, uma das suas «alcunhas» -, aquartelou-se na vila do Quitexe e na cidade de Carmona, tendo regressado a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, no final da sua jornada africana do norte de Angola.
Profissionalmente, explorou um café na sua vila natal, até que sofreu um AVC, há volta de 20 anos, ainda muito novo e ficando com alguma incapacidade física. Sabemos que, actualmente e apesar de algumas limitações, está suficientemente reestabelecido de saúde e explora(ou) o bar da Junta de Freguesia da Vidigueira.
Parabéns!

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