A memória e os obrigados do Capitão Acácio Carreira da Luz

Os então tenentes João Mora e Acácio Luz (capitão, entretanto) e os alferes milicianos António
Garcia e Jaime Ribeiro no Quitexe e em 1974

O capitão Luz e esposa, em 2019, ladeados
pelo casal Viegas (furriel) e furriel Neto

A CCS e a 2ª. CCAV. 8423 estão hoje reunidas em Tomar, em locais diferentes mas para comemorar os 50 anos da partida para Angola.

Meio século de muitas vidas, em mil amizades multiplicadas e sempre rejuvenescidas - pelos corajosos jovens que a jornada africana pelos chãos do Uíge amadureceu e o tempo, por todos estes tempos, fez mais solidários e companheiros.
A CCS foi comandada pelo capitão António Martins Oliveira (já falecido) e chegou a Luanda no dia 30 de Maio e ao Quitexe a 6 de Junho. A 2ª. CCAV. 8423, do capitão miliciano José Manuel Cruz, chegou a 4 à capital angolana e a 10 de Junho a Aldeia Viçosa.

Momento emotivo foi o da evocação dos companheiros que já partiram, feita no decorrer da celebração eucarística da Igreja de Santa Maria do Olival, presidida pelo padre Rui Tereso.

A lista, seguramente incompleta, inclui (já) 34 Cavaleiros do Norte da CCS - um a um evocados em momento próprio da celebração. Evocando nomes, datas e razões dos falecimentos. 

Outros já terão partido, mas o seu passamento não é conhecido. Todos recordamos, deles fazendo memória de saudade e respeito. Como reaconteceu depois, em momento de recolhimento, no almoço de festa da Quinta do Falcão. RIP!!! RIP!!! RIP!!!

O capitão Luz com o quadro com que a
CCS o homenageou a 01/06/2019, com
 as Amazonas Violontina Luz e Ni Neto
 o Cavaleiro do Norte furriel Neto

A jornada comum

de alegrias e tristezas!

O capitão Acácio Carreira da Luz é, com 95 anos - a 28 de Março comemorados na Marinha Grande -, o veterano maior dos Cavaleiros do Norte e, não podendo estar em Tomar, enviou mensagem aos «caríssimos amigos»,  

dando conta do «desgosto de não poder estar».

Eis a mensagem, 

hoje lida em Tomar, aos 

Cavaleiros do Norte 

da CCS:

Todos os meus amigos compreendem a minha situação, creio.
Deus conserva a minha memória, que permite continuar a amar a vida, a minha família, todos os meus amigos e também os outros.

Recordo, com muita saudade e muita amizade, os meus amigos que, em circunstâncias comuns de alegrias e tristezas, viveram comigo, em Quitexe e Carmona.
Apesar de já passados 50 anos, sabemos bem que essa amizade, alimentada pelos convívios anuais ao longo de todo este tempo, jamais se esbaterá enquanto vivermos.
Também quero dizer-vos que recordo aqui, com saudade, os nossos amigos das outras três Companhias do Batalhão, principalmente aqueles com quem mais de perto convivi.
Quanto aos que já partiram, peço que juntem o meu sentimento aos vossos sentimentos, no minuto de silêncio que, no tempo do convívio em Tomar, será dedicado em sua homenagem.
Sem despedidas, quero agradecer a todos vocês a consideração e a amizade que sempre me dispensaram. 

Obrigado.
Desejo a todos vós e a vossas famílias a melhor saúde e as maiores felicidades, assim como um óptimo convívio e um bom regresso a vossas casas.
Um grande abraço a todos.
Acácio Carreira da Luz