segunda-feira, 29 de setembro de 2025

- Há 52 anos: Os especialistas de Operações Especiais, os «Rangers» do BCAV. 8423!

Alferes A. Garcia
                                      Os furriéis «Rangers» Neto, Viegas e Monteiro, 
                        trio da CCS do BCAV. 8423



O 2º. curso de Operações Especiais, os Rangers, de 1973 terminou no Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE), em Lamego, a 29 de Setembro, hoje se completam 52 anos.
Passou-se meio século e mais um ano!!!
O curso teve vários futuros Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, que então concluíram uma fase de instrução que viria a ser decisiva no nosso futuro militar, em termos físicos e técnicos, também psicológicos. Por 
mim (ex-furriel Viegas) 

Alferes Sousa
Alf. Machado
Alf. Rodrigues
fui 16º. classificado, com 15,33 de média final  - numa classificação (publicada na Ordem de Serviço nº. 234, do CIOE, de 4 de Outubro desse ano) que punha o Cristovão Cunha como primeiro (com média de 16,58). 
Da futura CCS dos Cavaleiros do Norte e furriéis milicianos, foram quinto classificado o José Augusto Monteiro (16,05) e em 25º. lugar o Francisco Neto.
O António Garcia ganhava os (futuros) galões de alferes miliciano com 14,70 (26º.). Outros Cavaleiros do Norte foram os alferes Mário Jorge Sousa (da 1ª. CCAV., a de Zalala, 25º. lugar de cadetes, com 14,73; faleceu, de  
Furriel C. Letras
Furriel M. Pinto
doença e no Porto, a 26 de Janeiro de 2021), João Machado (da 2ª. CCAV., a de Aldeia Viçosa, em 24º,. com 14,75) e Augusto Rodrigues (da 3ª. CCAV., a da Fazenda Santa Isabel, com 14,78).
Quanto a furriéis, o Manuel Pinto, de Zalala, foi 39º. (com 14,23) e o Carlos Letras, de Aldeia Viçosa, o 59º. (com 13,25 de média final).
O Armindo Reino, que viria a ser furriel miliciano da 3ª. CCAV. 8423, foi instruendo do curso seguinte - o terceiro de 1973.
O dia 29 de Setembro de 1973 foi um sábado e da memória «puxo», em exercício de saudade, a exibição militar do Quartel de Penude, por cadetes e instruendos do curso, a base de toda a nossa formação militar especializada, e a parada e cerimónia oficiais na parada do quartel-sede, na cidade de Lamego, e o almoço, para a qual foram convidadas as famílias de cadetes e instruendos. E muitas lá estavam. Não a minha, que para tal não tinha meios de transporte e ao tempo vivia o luto recente do falecimento de meu Pai!
O futuro furriel Viegas no
 CIOE de Lamego (1973)
O furriel Monteiro
52 anos depois...

O orgulho de mostrar o
«crachat» dos Rangers !

A memória, recuada estes 52 anos que entretanto se passaram - há mais de meio sécuo!!!... -, faz-me lembrar a minha chegada a Águeda, na boleia do SIMCA 1100 do Neto, já a meio da tarde.
Cansados mas felizes!
O tempo deu para, de sorrisos rasgados, pararmos na esplanada do Zip-Zip (junto à ponte do rio Águeda) para bebermos uns finos e ter subido depois, eu, a então EN1 até à estação dos caminhos de ferro, onde apanhei o comboio para a casa. 
De camuflado vestido (o que na altura era pouquíssimo vulgar fora dos quartéis) e muito ufano, exibindo a chapa e o crachat dos Rangers - a brilhar nos olhos de quem nos via. E parecia que toda a gente olhava para o brilho da chapa e do crachá dos Rangers!
Naqueles 1000 metros de rua, Águeda acima, e depois no comboio do Vale do Vouga e até chegar a casa - onde neste momento dedilho as recordações desse dia. 
Voou o tempo. Já lá vai meio século das nossas vidas!

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