sábado, 16 de maio de 2015

3 121 - Acusações em Carmona e evacuações para Luanda

Messe de saRgentos cheia de furriéis: Cândido Pires, Victor Velez (1ª. CCAV.), 
Miguel Santos (páraquedista), dois de rosto semi-tapado (Bento e Cruz, este de óculos?) e 
Machado (à esquerda), Graciano (3ª. CCAV.), José Pires, Viegas, Francisco Neto, Luís 
Mosteias e Nelson Rocha. De pé, está o José Rebelo, auxiliar de cozinha da messe. Em 
baixo, o alferes João Machado (2ª. CCAV.).



  Os dias de Maio de 1975 iam passando, por Carmona, «com sacrifício do pequeno efectivo existente», mas com os Cavaleiros do Norte a cumprir a sua missão, «não olhando aos factos negativos que lhe eram atribuídos, pela certeza de irrealidade e falsidade das afirmações». Acusados de parciais (por MPLA e FNLA), de cobardes e traidores (pela comunidade branca), viram «as suas actividades mal aceites». Não foi fácil (sobre)viver num território que, para o mal e para o bem, era  uma espécie de «mar da FNLA», que nele não admitia outras forças. Nem as NT. A hostilidade sentia-se e vivia-se, no dia a dia. Isso não esmoreceu o seu ânimo e, por esse tempo (foto), até continuavam as excursões militares a pontos turísticos angolanos.
Na vizinha província (angolana) do Zaire, no norte de Angola e ao lado do Uíge, por exemplo, as forças militares do MPLA «estão igualmente a ser evacuadas, devido à presença maciça de soldados da FNLA». «Desaparecido, praticamente o controlo português na fronteira com o Zaire, assiste-se, presentemente, a uma verdadeira invasão por forças da FNLA, em grande parte, ao que se afirma, soldados de Mobutu», relatava o Diário de Lisboa, que citamos. 
A administração pública estava praticamente paralisada (na província do Zaire) e muitos funcionários africanos ligados ao MPLA estavam a ser evacuados para Luanda, pela Força Aérea Portuguesa, porque «estava a a ser submetidos a agressões por militantes da FNLA». FNLA que impedia a sua deslocação por terra. 
 Era isto ali ao lado, nas barbas territoriais dos Cavaleiros do Norte, aquartelados no chão uíjano de Carmona, do Quitexe (onde continuava a 3ª. CCAV. 8423), Cachalonde e Songo (onde jornadeavam os homens de Zalala).

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