domingo, 17 de maio de 2015

3 122 - Manutenção da ordem e vida social dos Cavaleiros

Messe de Sargentos do BC12, onde, a 26 de Abril de 1975, se instalaram os furriéis 
da 2ª. CCAV. 8423. Em destaque, a amarelo, um dos mini-autocarros de transporte 
de militares. A foto foi tirada do lado da Messe de Oficiais, onde estavam, desde 2 de 
Março, os furriéis e sargentos da CCS. Em baixo, a fachada 
do Diamante Negro





O mês de Maio de 1975, segundo o livro «História da Unidade», foi, para os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, «o período onde, franca e verdadeiramente, se verificou a viragem das nossas possibilidades de manutenção duma ordem que se deseja e que se impõe seja conseguida».
No Negage, ali bem pertinho de Carmona - onde estava localizada uma base aérea e aquartelada  a Companhia de Caçadores 4741/74, adida aos Cavaleiros do Norte -, um comandante da FNLA/ELNA tinha afirmado que os tambores de 1200 litros não iriam ser suficientes para recolher o sangue que lá seria vertido. Ameaçavam-se as famílias dos oficiais portugueses e, na rua, os seus soldados ameaçavam as raparigas brancas. Depois da independência, ameaçavam, «ficas para mim...».
Era neste quadro que, avisado, o comandante Almeida e Brito nos ia psicologicamente preparando para iminentes incidentes na cidade. Carmona seria, ao tempo, a única capital onde não se registava confrontações sérias, entre os três movimentos. Reinava a FNLA.  
A guarnição, cumprindo rigorosamente as suas tarefas diárias, procurava alguns «alívios» na cidade: nos bares e restaurantes (o Escape, então muito na moda; o das piscinas e o do aeroporto; o Dondo, Leão Óuro, Shop-Shop,  Boca Doce, Chez-Nous. Pic-Nic, sei lá..., os Bares Gomes e do Eugénio), cinemas (Ginásio e Moreno, mais a este...) e casas nocturnas - de que o Diamante Negro, perto do campo do Recreativo do Uíge (foto da fachada, de data recente e retirada da net) era exemplo muito apreciado pelos mais abastados.
Vão lá já 40 anos!!!

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