sexta-feira, 15 de junho de 2018

4 157 - A primeira reunião dos comandantes do BCAV. 8423 e subunidades!

O capitão miliciano José Manuel Cruz (comandante da 2ª. CCAV. 8423), o
tenente-coronel Almeida e Brito (comandante do BCAV. 8423) e os milicianos
João Machado e Jorge Capela (alferes) e José Melo (furriel) em Aldeia Viçosa

O capitão António Oliveira, comandante da
CCS, com os alferes milicianos António Cruz,
Jaime Ribeiro e António Garcia
O capitão mili-
ciano Castro
Dias, cmdt.
da 1ª. CCAV.

Os dias do Quitexe e do Uíge, há 44 anos, foram de adaptação de todos os Cavaleiros do Norte à sua Zona de Acção (ZA), já com a responsabilidade operacional,
depois de uma semana de «está-
gio» com os «caçadores» do BCAÇ. 4211, que substituía.
A CCS estava aquartelada no Qui-
O capitão  miliciano José Paulo Fernandes,
comandante, e o 1º. sargento Francisco Marchã,
da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel
texe e era comandada pelo capitão António Martins de Oliveira (SGE). As três companhias operacionais eram lideradas por capitães mili-
cianos: a 1ª. CCAV. 8423, de Davide de Oliveira Castro Dias, instalada na Fazenda de Zalala; a 2ª. CCAV. 8423, de José Manuel Romeira Pinto da Cruz, em Aldeia Viçosa; a 3ª. CCAV. 8423, de José Paulo de Oliveira Fernandes, na Fazenda Santa Isabel.

Unidades orgânicas
Raúl Corte-Real,
cap. e cmdt. da
CCAÇ. 4145
Capitão Victor
Almeida, cmdt. da
CCAÇ. 209/RI 21
do BCAV. 8423 !


O Batalhão de Cavalaria 8423 (BCAV. 8423) era co-
mandado pelo tenente-coronel Carlos José Sarai-
va de Lima Almeida e Brito, oficial de Cavalaria, e, para além das suas 4 Companhias, tinha, adidas, mais unidades orgânicas:
1 - A CCAÇ. 209, aquartelada na Fazenda do Li-
berato e comandada pelo capitão Victor Almeida. Era formada por militares do recrutamento local (principalmente quanto aos praças e um ou outro alferes e furriéis milicianos), mobilizados pelo Regimen-
to de Infantaria 21, de Nova Lisboa - actual cidade de Huambo. E alguns fur-
riéis e alferes milicianos especialistas da então chamada metrópole.
2 - A CCAÇ. 4145, instalada em Vista Alegre e comandada pelo capitão Raúl Corte-Real. Também era responsável pelo Destacamento da Ponte do Dange.
3 - O Pelotão de Morteiros 4281, colocado no Quitexe (com a CCS) e comanda-
do pelo alferes miliciano João Leite, com o sargento Fernando Gomes e os fur-
riéis milicianos Luís Filipe Santos Costa e Fernando de Freitas Reimão Pires.
Atribuídos ao Subsector do BCAV. 8423, estavam também os Grupos Especiais (GE) 217 e 223 (no Quitexe); 222 (em Aldeia Viçosa) e 208 (em Vista Alegre).
Os alferes milicianos António Garcia,
Jaime Ribeiro e João Leite, que coman-
dava o Pelotão de Morteiros 4281
Fernando Pires e Luís
Costa, furriéis milicianos
do PELMOR 4281

Os primeiros dias
no Uíge angolano!

A 15 de Junho de 1974, um sábado, o comandante Carlos Almeida e Brito convocou «a primeira reunião de Coman-
dos», envolvendo os comandantes de todas as seis companhias - ora as quatro de Cavalaria, as do BCAV. 8423; ora as duas de Infantaria, as CCAÇ. 209/RI 21 e a CCAÇ. 4145.
Tenente João Elói Mora, 2º. comandante da
CCS, aqui no Quitexe e com os furriéis
milicianos Neto e Viegas
«Além da troca da troca de impressões entre todos os comandos e o dar a conhecer as di-rectrizes da actividade futura, foi procurado encontrar uma melhor solução para o dispo-sitivo do BCAV., de modo a que permitisse um maior aproveitamento de todas as forças», lê-se no livro «História da Unidade».
O plano apresentado pelo tenente-coronel Car-los Almeida e Brito apontava para «fazer a co-bertura de todos os destacamentos em rotação pelas unidades», o que, de acordo com o HdU, «mereceu a aprovação gene-
ralizada», razão porque «por isso mesmo iria ser posto em execução» no mês de Julho seguinte - o de 1974.
A este dia de há 44 anos, o Subsector estava «desfalcado de parte da sua ZA e dos seus efectivos», já que a CCAÇ. 4145, o Destacamento de Luísa Maria e o GE 208 «estavam cedidos temporariamente ao Sector Centro Norte para a rea-
lização da Operação Turbilhão», que, na ZA do BCAV. 8423, «incidia especial-
mente sobre as «centrais» de Camabatela e Quiculungo».
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 faziam o seu «debute» operacional pelo chão vermelho da terra e das matas angolanas, galgando os seus trilhos e pi-
cadas, vencendo os seus medos, mas sem recuar a qualquer iminente perigo. Felizmente, sem quaisquer baixas, em toda a jornada angolana do Uíge.

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