quarta-feira, 8 de agosto de 2012

1 373 - Cavaleiros do Norte na Luanda de Agosto de 1975

Instalações do Campo Militar do Grafanil, à 
saída de Luanda (não as que foram ocupadas pelos Cavaleiros do Norte)


Os Cavaleiros do Norte «assentaram arrais» no BIA do Grafanil, em Agosto de 1975, e, tanto quanto cada um podia, iam-se desenfiando pela cidade, em busca dos prazeres disponíveis na grande metrópole luandana. Com avisos especiais: sempre em grupos e com (alguns) meios para resistir a quaisquer problemas.
Após o curto repouso dos guerreiros da coluna que chegou do Uíge, recuperaram viaturas e ficaram com o estatuto de «unidade de reserva da RMA».
Da coluna, veio o Guedes comentar que «indubitavelmente que cumprimos a missão que nos foi confiada». «Uma missão árdua, mas concretizada, com a qual conseguimos levar a carta a Garcia», acrescentou o agora sargento-mor na reforma, ao tempo furriel-miliciano de cavalaria, da 2ª. CCAV., a de Aldeia Viçosa.
O período luandano não era nada fácil: para além das permanentes escaramuças e perseguições entre elementos dos movimentos e destes para com a população civil, não abundava a comida - o que nos levava (militares) a constante «caça ao restaurante». Tudo era difícil, embora «aliviado» pela generosidade (e irresponsabilidade, diria...) com que encarávamos a situação - turbulenta e perigosa. Uma situação ainda hoje de alguma maneira inexplicável, para um tempo em que se criava um país novo, após os 500 anos de presença portuguesa.

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