Antigo quartel de Aldeia Viçosa, a 15 de Dezembro de 2012.
Fotos de Carlos Ferreira
Os meus amigos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa devem andar a«morder-me na casaca» (com boa intenção, bem entendido...), por aqui não trazer fotos de lá. Actuais. Pois elas aqui estão, pela graça da bondade e generosidade, e oportunidade, do Ferreira - que por lá se passeou a 15 de Dezembro de 2012. Amanhã se faz um mês.
Aldeia Viçosa era terra da 2ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão miliciano Cruz. Por lá se aquartelaram os Cavaleiros do Norte, a 10 de Junho de 1974, e de lá saíram em data que não sei precisar, quando fizeram malas para Carmona. Alguém, sabe?
Tinha por lá amigos próximos: desde o Letras (meu companheiro dos Rangers, em Lamego), ao Matos (aqui vizinho de Anadia), ao Guedes, ao Rebelo (de Guimarães, de quem não sei nada), ao imitável Brejo - já conhecidos de cá! - e os alferes Capela (que era, é, sobrinho-neto, do grande Capela, que foi guarda-redes internacional e do Belenenses), o Carvalho (amigo até hoje) e o Machado (outro "Ranger" do segundo curso de Lamego).
O que mais retenho de lá foi uma boleia com que o capitão Cruz me franqueou, a um sábado, quando regressava de Luanda e tinha de estar no Quitexe, onde me esperava o apetite disciplinador do capitão Oliveira (comandante da CCS), afiado de pressas para me dar uma «porrada», assim eu não aparecesse, na hora da guia de marcha.
A boleia já vinha de Luanda, na coluna que de lá soiu, e, sem transporte para chegar a tempo, mandou o capitão Cruz que me levassem ao Quitexe, que ficava a uns 40 kms., num jeep e a pretexto de lá se ir tratar de qualquer assunto. Assim me safei da «bondade» do capitão Oliveira, que andava de unhas afiadas para me despachar «à ordem». E fiquei a dever esse favor ao capitão Cruz, hoje professor reformado e residente na sua Esmoriz natal.
Atrás daquela construção que diz "posto de polícia", no meu tempo era na parte virada para a estrada o paiol. Entre este edifício e o outro havia um espaço em "U" onde estava o posto de socorros e alguns quartos dos sargentos. Na primeira quinzena de Maio 1969 foi descoberta uma possível manobra de ataque ao aquartelamento feita a partir das sanzalas vizinhas. Foi neste edificio do paiol que foi instalado o centro investigação com recurso a métodos que eu achei desumanos. Chegaram a estar presos neste aquartelamento cerca de duzentos nativos das sanzalas das redondezas. Ainda lá ficaram bastantes nessas condições mas já à guarda da nova guarnição que nos foi render. Pela foto de baixo parece-me ainda ver os restos do que foram as bombas de combustível do sr. Ivo.
ResponderEliminarÉ só destruição...
ResponderEliminarNão entendo as mentes angolanas!
ManPinto
Caro Companheiro Luis Patriarca
ResponderEliminarFui militar em Aldeia Viçosa em 1965. CompªCaç. 546.Lembra-se qual o nome do outro civil que havia em Ald.Viçosa,que era representante
da Texaco ? Desculpe incomodar,mas para alinhavar as memorias gostava de saber. Muito Obrigado.JP.