Futebolistas do parque-auto do Quitexe. O Teixeira (o primeiro, à esquerda, em pé), o Carpinteiro (o quinto) e o Gaiteiro (assinalado a vermelho). O Monteiro (Gasolinas, primeiro à esquerda, em baixo) e o Miguel (condutor, à direita). Alguém identifica os outros? Lembro a cara, mas esqueço os nomes
«Foi o diabo, fomos lá para uma sanzala onde a FNLA e o MPLA andavam à porrada, para se ir resolver aquilo...», conta ele, refrescando a data e os pormenores.
Pois então, teve ele de ir para Aldeia Viçosa (onde se aquartelava a 2ª. CCAV. 8423) e logo lhe calhou na rifa ir a Cambambe, num pelotão de combate, rodando o unimog por 60 quilómetros de picadas, até que lá chegaram, e outros tantos na volta.
«Havia lá uma sapata de cimento, com um mastro de bandeira. Punha a FNLA a deles e a tiravam os do MPLA, para pôr a deles. E vice-versa... Era uma confusão danada...», diz o Gaiteiro.
Chegou a tropa e a coisa lá se resolveu, não sem, alguns sustos pelo meio: «Havia respeitinho pela tropa, o que nos ajudou a resolver a coisa, antes que se chegasse a vias de facto...».
O Gaiteiro tem dos Cavaleiros do Norte uma imagem de saudade e de gosto: «Tivemos um batalhão de gente que era uma jóia», diz ele, 37,5 anos depois do adeus de 8 de Setembro de 1975. Lá sabe ele porquê.
- GAITEIRO. Américo Manuel da Costa Nunes Gaiteiro, soldado condutor. Aposentado da Petrogal e residente em Rio Tinto.
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