1 593 - O primeiro dia dos Cavaleiros do Norte em Carmona

O BC12, de Carmona, na estrada para o Songo(vista aérea)

A CCS do BCAV. 8423 chegou a Carmona faz hoje 38 anos, a 2 de Março de 1975, instalando-se no então já extinto Batalhão de Caçadores 12 (o BC12), na saída da cidade, na estrada para o Songo.
As instalações eram magníficas, valha a verdade. Foi a CCS e um grupo de combate da 2ª. CCAV., a de Aldeia Viçosa. A rotação do comandados do capitão miliciano Cruz concluiu-se no dia 11, seguinte. No Quitexe, continuou a 3ª. CCAV., a do capitão José Paulo Fernandes, também 
miliciano. A 1ª. CCAV., a de Zalala e do capitão Castro Dias, continuava em Vista Alegre e Ponte do Dange, «a aguardar a possibilidade de rodar para o Songo». De lá, e para Carmona, «para garantir os serviços solicitados ao BCAV., os quais comportavam também as necessidades da ZMN», rodou um seu grupo de combate, a 28 de Março.

A cidade já não era novidade para alguns de nós, pois, «desenfiados» do Quitexe, já por lá cirandarámos várias vezes, em busca do folguedo e dos vícios e prazeres da idade. Os «desenfianços» eram normalmente em boleias de civis, à socapa do controlos militares (que os facilitavam), mas também havia (e muitas) saídas oficiais, com «passaporte» e à boleia das viaturas do SPM.
Agora, porém, a cidade era nossa, (re)descoberta mais em pormenor, galgada nas suas ruas e avenidas, pousando descansos e prazeres nas esplanadas e restaurantes, onde matávamos fomes e sedes e pousávamos os olhos sobre as novidades que uma cidade oferecia.

Os furriéis e sargentos ficaram magnificamente instalados na messe de oficiais do Bairro Montanha Pinto, nesta (mais uma) etapa da comissão que nos fizera ir de nossas casas e famílias, para a guerra que o país Portugal travava a tantos milhares de quilómetros. Ali estávamos, sem complexos e generosos, para o que "desse-e-viesse" de uma guerra que queríamos finda, enquanto se fazia o país novo! E muito maus dias iríamos ter, nos primeiros de Junho desse ano.