1 592 - O último dia do Quitexe, o Neto, o Luís...

Neto e Viegas, no Quitexe (em 1974) e em Águeda (1 de Março de 2013)

Os meus amigos vão desculpar esta «pirosice» de sexagenários, mas, agora mesmo, não resisti a aqui botar dois retratos de dois rapazes, com idades separadas por 39 anos. Idades dos retratos, bem entendido. Acontece que o Neto fez ontem 61 anos e, hoje, fomos «almoçarar» a coisa, como manda a lei e o apetite e também, é seguro, a vontade de falar do Quitexe.
Acontece também que, há precisamente 38 anos (hoje se fazem), fazíamos malas para o adeus à vila uíjana que foi sede dos Cavaleiros do Norte - a mártir Quitexe. A lendária vila que nos recebeu no distante 6 de Junho de 1974 e onde, em colos de afecto e companheirismo, os jovens militares se sentiram sempre como em casa. Portanto, está bom de ver, a conversa andou à volta do Quitexe!, e do Quitexe!!, e do Quitexe!!!, com uma rápida etapa por Carmona (onde chegámos, em definitivo, a 2 de Março de 1975 - fazem-se amanhã os mesmos 38 anos) e mais vagamente ainda por Luanda, de onde devíamos zarpar a 8 de Setembro, no Niassa, acabando por voar para Lisboa num avião dos TAM.
Os dois rapazes das fotos, como se vê, estão ambos com menos cabelo. É notório! O Neto, porém, mantém o corpo esguio dos 23 anos, enquanto eu me deixei anafar mais. Até à quase centena de quilos. 
Hoje, muito especialmente, recordámos o nosso querido amigo Luís Mosteias, cujo passamento ocorreu há menos de um mês. Falou-se e sentiu-se a saudade de quem se gosta. Saudades dele, do Luís, que foi companheiro inigualável! E das fartas conversas e discussões da nossa jornada africana. Do falar plural que nos ajudou a crescer, a amadurecer, e a semear este querer-bem que perdura! Saudades, Luís!