A arrecadação de material de guerra do Quitexe, a arder (em cima). Haveres
retirados a tempo. À direita, em baixo, vê-se o capitão António Oliveira
retirados a tempo. À direita, em baixo, vê-se o capitão António Oliveira
Aos 17 dias do mês de Janeiro de 1975, deflagrou um incêndio mo edifício onde o BCAV. 8423 tinha a arrecadação de material de guerra de aquartelamento e os quartos dos oficiais.
Relata o Livro da Unidade, sobre o incêndio quitexano, que acabo de consultar, que «houve avultados prejuízos materiais» e que «não foi possível evitar a destruição total do imóvel, por falta de meio adequados para apagar o incêndio, inclusive água própria».
Poderia ter sido uma tragédia!
Em Portugal e encerrada a Cimeira, Agostinho Neto, presidente do MPLA, viajou em avião da Força Aérea para o Porto, onde reuniu com estudantes angolanos. O mesmo fez em Coimbra, ainda voando em avião posto à sua disposição pelo Governo Português. Fazia-se acompanhar por Paulo Jorge, outro alto dirigente do MPLA.
Em Luanda, especulava-se sobre quem seria o novo Alto-Comissário - embora anunciado que seria Silva Cardoso, na Penina. O Diário de Luanda publicou uma edição especial sobre a cimeira e Luís Rodrigues, no jornal «A Província de Angola», interrogava-se sobre «o que dizer aos portugueses brancos residentes em Angola?», numa crónica enviada da Penina. E respondia, ele mesmo: «Pois bem, que olhem para as qualidade intrínsecas de bondade, de gentileza natural, de compreensão pela vida familiar dos seus irmãos africanos».
Jonas Savimbi manifestava satisfação com o acordo que, do seu ponto de vista, reflectia «o espírito de fraternidade que presidiu aos trabalhos e a defesa dos interesses do nosso povo».
Assim ia o processo de descolonização de Angola.
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