CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

1 921 - O incêndio do Quitexe, Neto e Savimbi

A arrecadação de material de guerra do Quitexe, a arder (em cima). Haveres 
retirados a tempo. À direita, em baixo, vê-se o capitão António Oliveira


Aos 17 dias do mês de Janeiro de 1975, deflagrou um incêndio mo edifício onde o BCAV. 8423 tinha a arrecadação de material de guerra de aquartelamento e os quartos dos oficiais. 
Relata o Livro da Unidade, sobre o incêndio quitexano, que acabo de consultar, que «houve avultados prejuízos materiais» e que «não foi possível evitar a destruição total do imóvel, por falta de meio adequados para apagar o incêndio, inclusive água própria». 
Poderia ter sido uma tragédia!
Em Portugal e encerrada a Cimeira, Agostinho Neto, presidente do MPLA, viajou em avião da Força Aérea para o Porto, onde reuniu com estudantes angolanos. O mesmo fez em Coimbra, ainda voando em avião posto à sua disposição pelo Governo Português. Fazia-se acompanhar por Paulo Jorge, outro alto dirigente do MPLA.
Em Luanda, especulava-se sobre quem seria o novo Alto-Comissário - embora anunciado que seria Silva Cardoso, na Penina. O Diário de Luanda publicou uma edição especial sobre a cimeira e Luís Rodrigues, no jornal «A Província de Angola», interrogava-se sobre «o que dizer aos portugueses brancos residentes em Angola?», numa crónica enviada da Penina. E respondia, ele mesmo: «Pois bem, que olhem para as qualidade intrínsecas de bondade, de gentileza natural, de compreensão pela vida familiar dos seus irmãos africanos».
Jonas Savimbi manifestava satisfação com o acordo que, do seu ponto de vista, reflectia «o espírito de fraternidade que presidiu aos trabalhos e a defesa dos interesses do nosso povo».
Assim ia o processo de descolonização de Angola.

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