CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 31 de março de 2019

4 428 - Patrulhamentos mistos a Úcua e o Louro que foi pai!

Os furriéis Cruz e Viegas, da CCS do BCAV. 8423, sentados na placa ajardinada da avenida do Quitexe,
frente à messe de oficiais.  Dois Cavaleiros do Norte que há 44 anos, deixaram o BC12  e Carmona
para um mês de férias a percorrer Angola
Combatentes do ECAV. 401, que há 44 anos, fizeram 
patrulhamentos a Úcua, com a 2ª. CCAV. 8423. À
direita, o furriel miliciano Sá

A 2ª. CCAV 8423 continuava em Aldeia Viçosa e, a 31 de Março de 1975, integrou os patrulhamentos conjuntos feitos a Úcua, envolvendo forças do ECAV. 401 e dos movimentos.
Ao tempo, o contactos com os movimentos eram diários, para além das reuniões dos Estados Maiores, às quartas-feiras. O livro «História da Unidade» reporta «uma boa aceitação das medidas militares tomadas» - os patrulhamentos eram uma delas - e que «tal tem sido a origem do clima de paz que se vive no distrito».
O modelo de acção desta equipa trabalho, de resto e segundo o registo do comandante Almeida e Brito, constituiu-se «um exemplo para terceiros, pelo que está a ser mesmo itinerante» e, acrescente-se, com «resultados a vários níveis, nomeadamente em Salazar e Quibaxe, para além de Úcua.
O dia foi também o da saída, de Carmona, dos furriéis milicianos Cruz e Viegas, que por 30 dias iam viajar por Angola fora, em gozo de férias.
A esposa e o filho
de José Louro (1974)
O 1º. cabo José
Adriano N. Louro

O dia de Louro, que
passou a ser pai !

O dia foi de festa do 1º. cabo Louro, sapador da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423: nasceu o seu primogénito Sérgio.
José Adriano Nunes Louro, já casado, por cá deixara a esposa em estado de graças pré-maternais, de tal modo que, neste dia de há 45 anos, nasceu o agora sargento ajudante Sérgio Louro, do Exército Português. Que só meses mais tarde veio a conhecer.
O Louro regressou a Portugal a 8 de Setembro de 1975 e fixou-se em Casal do Pinheiro, sua terra natal a freguesia de Casais, no município de Tomar. Foi lá que, a 23 de Julho de 2008, se suicidou, depois de saber que padecia de doença igual à que, pouco tempo antes, sua mulher levara à morte.
Explicou a sua dramática decisão, em carta deixada à família e que nos foi contada pelo filho: «Para não sofrer. nem fazer sofrer a família»! RIP!!!
Fazenda Santa Isabel

Coelho de Santa Isabel,
67 anos em Tábua !

O 1º. cabo Coelho, Cavaleiro do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, festeja 67 anos a 31 de Março de 2019.
Luís Martins Coelho foi condutor auto-rodas e regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975, ao lugar de Outeiro da Castanheira, uma das 19 aldeias da freguesia de Mouronho, no município de Tábua. Supomos que ainda lá viverá e para ele vai o nosso abraço de parabéns.

sábado, 30 de março de 2019

4 427 - Memórias de alguns lutos dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423!

Manuel José Montez Barreiros
Jorge C. Grácio
(Spínola)

O Armando Moreira de Carvalho foi atirador de Cavalaria da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, e um recém-chegado às redes sociais do BCAV. 8423, fazendo memória do Barreiros e do Grácio (Spínola), ambos falecidos em Angola e ambos dos Cavaleiros do Norte da sua unidade.
O Manuel José Montez Barreiros foi vítima
A. Carvalho
de doença e foi já em Luanda, no Hospital Militar, que o furriel Agostinho belo, enfermeiro, foi identificar a seu corpo - que depois veio trasladado para Portugal, no mesmo avião do regresso da 3ª. CCAV. 8423, a 11 de Setembro de 1975. A morte, oficialmente, foi registada a 20 de Agosto deste ano, já todos os Cavaleiros do Norte estavam no Campo Militar da Grafanil, a aguardar o regresso a Portugal. está sepultado no cemitério de Aldeia do Além, em Alcanede - a terra da sua naturalidade.
«Já lá fui, mas não consegui identificar a campa, nem encontrei família che-
gada, com quem dele pudesse falar», disse-nos Armando Moreira de Carvalho, que é natural da Bidoeira, em Leira, mas há meia dúzia de anos está emigrado em Inglaterra. E com muita pena dele: «Éramos amigos e não vou desistir».
Meneses Alves
Victor Guedes

Lutos de Angola
e de Portugal !

O Jorge Custódio Grácio, por lá imortalizado como Spínola, foi vítima de um acidente de viação, «quando se deslocava do Quitexe para Carmona»
Faleceu a 2 de Julho de 1974, no acidente que envolveu um Renault 4L do civil Sidónio, em que seguia de boleia, embatido de frente por uma ambulância desviada de Delegação de Saúde do Quitexe, conduzida por gente da FNLA, lhe bateu de frente  - na estrada entre o Quitexe e Carmona na zona da Fazenda Pumbaloge.
«Sou de muito próximo da terra dele», disse o Armando Carvalho, recordando, também que «a minha vida profissional levou-me a encontrar, há já muitos anos, alguns camaradas do nosso Batalhão». Por exemplo, os furriéis José Fernando Melo (adora aposentado das BT da GNR) e Victor Guedes, da 3ª. CCAV., e o alferes Meneses Alves, da 2ª. CCAV. 8423 
Infelizmente, estes dois últimos entretanto já  faleceram, ambos por doença: o Victor Mateus  Ribeiro Guedes a 26 de Abril de 1998, em Lisboa; Manuel Meneses Alves, a 16 de Maio de 2013 e em Leiria.
O Jorge Custódio Graça (Spínola) está sepultado na sua terra natal, em, casal das Raposas, Vieira de Leiria. RIP!


Fernandes de Santa Isabel, 
67 anos em Lisboa

Cristiano Miguel Jorge Fernandes foi atirador de Cavalaria da 3ª. CCAV. 8423, a do capitão miliciano José Paulo Oli-
veira Fernandes, e festeja 67 anos a 31 de Março de 2019.
Cavaleiro do Norte de Santa Isabel, regressou a Portugal no dia 11 de Setem-
bro de 1975 e radicou-se na sua Calçada da Graça, em Lisboa, freguesia de S. Vicente de Fora. E lá continua a morar, provavelmente já aposentado (nada mais sabemos dele). Seja como for, para ele vai o nosso abraço de parabéns!

sexta-feira, 29 de março de 2019

4 426 - Licença alargada no RC4 e grupo de combate em Carmona!

Os futuros furriéis milicianos Plácido Jorge Queirós e Victor Moreira Costa, ambos da 1ª. CCAV. 8423,
a de Zalala, num momento muito particularmente da «instrução altamente operacional» , na Mata do
Soares, Campo Militar de Santa Margarida e há 44 anos!
Cavaleiros do Norte em Santa Margarida e no RC4, em
1974. À frente, um rádio-telegrafista(?), alferes Lains dos
Santos e furriéis Plácido Queirós e Américo Rodri-
gues (falecido a 30 de Agosto de 2018)



Os futuros Cavaleiros do  Norte do BCAV. 8423 terminaram a 28 de Março de 1984, a chamada Licença de Normas, que, de acordo com o livro «História da Unidade», «acabou por ser aumentada de tal modo que só a 22 de Abril se voltou a reencontrar todo o pessoal».
O dia, uma quinta-feira, foi então tempo para que os combatentes mobilizados para a Região Militar de Angola continuassem o seu proveito de férias e preparando-se para, no regresso ao Destacamento do RC4 de Santa Margarida, terem «efectivação da instrução operacional».
Um ano depois e já no norte de Angola, por «impossibilidade de garantir os serviços solicitados ao  BCAV., os quais comportam também as necessidades da ZMN, também em extinção», foi entendido deslocar ara Carmona mais um grupo de combate - no caso da 3ª. CCAV. 8423 e por «ser a subunidade que, de momento, tem a sua vida menos sobrecarregada».  
Carmona e do BCAV. 8423, já lá tinha a CCS e a 2ª. CCAV. 8423. mais a CCAÇ. 4741 e a 1ª. CCAÇ. 491, respectivamente rodadas do Negage e de Sanza Pombo, no dia 17 de Março desse 1975
O quartel de Vista Alegre

Comandante em Vista
Alegre e Ponte do Dange

O comandante Almeida e Brito deslocou-se a Vista Alegre, onde se aquartelava a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, a 28 de Março de 1975.
O objectivo, para além dos habituais contactos operacionais, era apresentar o 2º. comandante dos Cavaleiros do Norte - o capitão José Diogo da Mota e Silva Themudo - recentemente chegado  Carmona. Na véspera, recordemos, tinham estado no Quitexe, ao tempo terra da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel e comandada pelo capitão miliciano José Paulo Fernandes.
O dia foi também para deslocação ao Destacamento de Ponte do Dange, onde estava um grupo de combate dos homens de Zalala, comandados elo capitão miliciano Davide de Oliveira Castro Dias. 
Raúl Corte Real

Capitão Corte-Real, 73
anos em Lisboa !

O capitão Raúl Corte Real comandou a CCÇ. 4145, a de Vista Alegre, e festeja 73 anos a 29 de Março de 2019.
Os «caçadores» de Vista Alegre já la estavam aquando da chegada dos cavaleiros do Norte, desde 1 de Abril de 1973, e de lá saíram em  Novembro de 1974, então substituídos pela 1ª. CCAV. 8423, a do capitão miliciano Davide Castro Dias.
«Pouco tempo estivemos com o vosso Batalhão, até porque, no último período, Vista Alegre ficou  integrar uma gramde operação no Quanza Norte - a Operação Turbilhão - e eu fiquei a comandar uma ZI, a única do Uíge», disse-nos Raul Corte Real, recordando a sua jornada angolana.
Mora em Lisboa e para ele vai o nosso abraço de parabéns!

quinta-feira, 28 de março de 2019

4 425 - O tenente Acácio Luz festeja hoje 90 anos !

Os tenentes João Eloy Mora e Acácio Carreira da Luz, que hoje festeja 90 anos!!!..., e os alferes
milicianos António Garcia e Jaime Ribeiro em frente ao gabinete do Comando do BCAV. 8423, no 

Quitexe de 1974/1975
O capitão Acácio Luz
e D. Violontina Luz
O capitão Luz e os alferes Almeida e Cruz
no encontro da CCS de 2018, em Santarém
O capitão Luz, o Cava-
leiro do Norte Mor e Maior do BCAV. 8423, está hoje em festa na sua Marinha Grande nata. A dos 90 anos!!!
Militar de carreira, então tenente e chefe da secretaria do Co-
mando do BCAV., foi louvado porque «demonstrou qualidades militares e cívicas que o cotaram como precioso e desejado auxiliar do comando».
O tenente Luz, ao tempo da nossa jornada africana de Angola e para além das suas funções administrativas, assumiu também, «a orientação de todo o serviço de justiça do BCAV. 8423, com o que se tornou um precioso auxiliar dos seus camaradas que, pela inexperiência, viram em tal serviço complexidade e melindre».
«Disciplinado, de lealdade e correcção inexcedíveis, de elevadas qualidades militares, de total dedicação pelo serviço, dotado de excelente educação e civismo, demonstrando mais uma vez qualidades que o creditam como excelente oficial, que de igual modo o tornaram considerado pelos camaradas e estimado pelos subordinados», sublinha o louvor proposto pelo comandante Almeida e Brito, publicado na Ordem de Serviço nº. 174.
A OS nº. 45, do BCAV. 8423 e em Angola, dera conta da condecoração que recebeu, a Medalha Comemorativa das Campanhas  do Exército Português, com a legenda «Angola 1963 - 1964 - 1965».
O capitão Acácio Luz e esposa, D. Violontina,
no encontro da CCS de 2017, no RC4

O capitão Luz,
90 anos !!!

Acácio Carreira da Luz regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975 e continuou a sua carreira militar, atingindo a patente de capitão - na qual se aposentou.
Continuou estreitamente ligado aos Cavaleiros do Norte da CCS, fazendo-se acompanhar de D. Violontina, a sua «mais-que-tudo» de sempre. E ele sempre cortez, sempre bem disposto e sempre semeando simpatia entre toda a «guarnição». 
Não falta a um encontro e é ouvido com o silêncio de quem ouve, e quer ouvir, a sabedoria e experiência sem acabar das suas palavras.
Ontem, falámos com ele e o achámos na mesma: bem disposto, planeando o seu dia-a-dia, atento ao seu património humano (e familiar) e material. «Acabei de dar uma voltinha, encostado à bengala e a pensar numas coisas que tenho que resolver na Câmara e com um caseiro», contou-nos.
Mora na Marinha Grande e para lá vai, embrulhado em grande respeito e inter-
minável consideração, o abraço enorme, regado de afectos, de todos os Cava-
leiros do Norte. De parabéns pelos seus longos, vividos e juvenis 90 anos!

quarta-feira, 27 de março de 2019

4 424 - Comandante no Quitexe, 50 fuzilamentos e ameaça de guerra civil!

Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423 em visita de trabalho de manutenção de material, ambos mili-
cianos: o furriel Manuel Machado e alferes António Albano Cruz. Quem conhece o militar à direita?
O alferes miliciano António Albano Cruz e o 1º cabo
escriturário Jacinto Diogo, da ZMN, em Carmona

O comandante Carlos Almeida e Brito deslocou-se ao Quitexe no dia 17 de Março de 1975, com o capitão José Diogo Themudo, dias antes chegado a Carmona e 2º. comandante dos Cavaleiros do Norte.
A CCS  e um grupo de combate da 2ª. CCAV. 8423 tinham saído do Quitexe e Aldeia Viçosa a 2 de Março de 1975 e a restante 2ª. CCAV. rodou até ao dia 11, na altura formando o grande (que 
O capitão José Paulo Fernandes, co-
mandante da 3ª. CCAV. 8423 (à di-
reita)  o 1º. sargento F. Marchã
era pequenino) corpo militar português na cidade capital do Uíge, aquartelado no BC12.
A Zona Militar Norte (ZMN) e o Comando do Sector do Uíge (CSU) estavam instalados no edifício da praça principal da cidade - onde também estavam os CTT, o Tribunal Judicial e a Câmara Municipal -, mas eram, como de depreende, unidades de serviços administrativos militares.
Coincidência, ou não, 45 anos depois, dois Cavaleiros do Norte acharam-se agora na Quarteira, no Algarve do nosso turismo: o alferes miliciano António Albano Cruz, da CCS do BCAV. 8423, e o 1º. cabo escriturário Jacinto Diogo, da ZMN.
O Jacinto é proprietário do conhecidíssimo restaurante O Jacinto, na avenida Sá Carneiro (na Quarteira), e o alferes António Albano Cruz veio dar aval ao seu serviço. «Recomenda-se pela qualidade da comida e simpatia do nosso companheiro de armas, o Jacinto do Comando do Sector, em Carmona». Está dito e por quem sabe.
O Diário de Lisboa
de há 44 anos!

Situação tensa,  50 fuzilamentos
e ameaça de guerra civil !

Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 estavam em Carmona, há 44 anos, assim como no Quitexe e Vista Alegre/Ponte do Dange, onde tudo, apesar de tudo, decorria normalmente.
O mesmo não acontecia em Luanda, a capital de Angola e onde era latente «a ameaça de guerra civil» como de se podia ler na primeira página do Diário de Lisboa de 27 de Março de 1975.
«Continua tensa a situação», noticiava o jornal vespertino de Lisboa, acres-
centando que «ontem, Luanda viveu momentos dramáticos» e que «soldados da FNLA fuzilaram 50 guerrilheiros do MPLA, numa estrada próxima da capital, desarmados e quando regressavam de um centro de instrução militar». Por outro lado, «pioneiros do MPLA foram massacrados e dois deles enforcados».
«A matança foi feita com requintes de crueldade», noticiava o DL, numa altura em que, frisava o jornal, «a cidade do asfalto parece imune aos acontecimen-
tos, uma vez que as tropas da FNLA poupam os cidadãos brancos».
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, lá pelas bandas do Uíge do norte de Angola, continuavam a controlar os acontecimentos, mas sempre atentos ao que de mau poderia acontecer. Nunca se sabia! 

terça-feira, 26 de março de 2019

4 423 - Patrulhamentos mistos em Carmona, com tropa portuguesa e movimentos!

Elementos angolanos das Forças Mistas que, há 44 anos, iniciaram os patrulhamentos da cidade de
 Carmona com elementos e comando das Forças Armadas Portuguesas. Iria ser gente do núcleo inicial do
futuro Exército de Angola mas tal não veio assim a acontecer. Aqui, na parada do BC12, em Carmona
A fachada principal do BC12, em Carmona e na saída da
cidade para o Songo. Aqui e há 44 anos se aquartelavam
os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423

As patrulhas mistas na cidade de Carmona iniciaram-se na noite de 26 para 27 de Março de 1975, há 44 anos, envolvendo as tropas portuguesas e elementos dos movimento de libertação.
«Ensaiando-se os primeiros passos de actividade operacional em Exército integrado com os movimentos emancipalistas, a seu pedido e porque se verificou um deteriorar da situação, 
Parada do BC12 nos dramáticos 6 primeiros dias
dos «graves incidentes de Junho de 1975
nomeadamente nos distritos de Salazar e Luanda, iniciaram-se patrulhamentos mistos de forças do Exército Português, do ELNA, das FAPLA e das FNLA», reporta o livro «História da Unidade» - o BCAV. 8423.
Por ELNA, entenda-se Exército Nacional de Libertação e Angola,da FNLA. Por FAPLA, entendamos Forças Armadas Populares de Libertação de Angola, do MPLA; por FALA, concluamos Forças Armadas de Libertação de Angola, o exército da UNITA.
Os tempos não eram os mais fáceis para a presença das NT, repetidamente hostilizadas pela sociedade civil branca (europeia). Bem pelo contrário. Repetiam-se escaramuças entre os elementos dos 3 movimentos, agora nas Forças Mistas, o que exigiu das NT uma actuação consciente e corajosa (por que não dizê-lo?...), que evitasse piores males, como felizmente conseguiu. O que era agravado, no dia-a-adia, pelo mau-estar cultivado pela população civil relativamente aos Cavaleiros do Norte.
O que em causa estava, não é dispiciendo recordar, era a segurança geral de bens e pessoas - fossem estas de que cor fossem.
José Moura
clarim de Zalala

Moura, clarim de Zalala, 
67 anos em Sesimbra !

O soldado clarim José Azevedo Moura, da 1ª. CCAV. 8423, a da fazenda uíjana de Zalala, festeja 67 anos a 26 de Março de 2019.
Natural de Casal de Loios, transmontano do município de Alijó, lá regressou a 9 de Setembro de 1975, quando terminou a sua comis-
são militar em Angola - na qual, além de clarim, foi também impedido da messe de oficiais, passando pelos aquartelamentos de Zalala, Vista Alegre/Destacamento de Ponte do Dange, Songo e Carmona. Nada mais sabemos dele, a não ser que, por informação do furriel João Dias (TRMS), morará na Quinta do Conde, em Sesimbra.
Para ele vai o nosso abraço de parabéns!

Modesto, da 2ª. CCAV.,
castigado no RC4 !

Rui Fernando Romão Modesto foi atirador de Cavalaria da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, mas apenas nos tempos da formação do batalhão em Santa Margarida.
A Ordem de Serviço nº. 71, de 26 de Março de 1974, do RC4 4 e de há 45 anos, dá conta que «foi punido com 19 dias de prisão disciplinar agravada (...), por  se ter constituído na situação de ausência ilegítima, por excesso de licença, desde as 14 horas de 14 de Janeiro e até às 24 horas de 23 de Janeiro de 1974». A OS precisa que perfez «um total de 9 dias, 15 horas e 15 minutos de ausência ilegítima por excesso de licença» e que, na pena imposta, «atendeu-se ao seu bom comportamento anterior, sem castigos, em cerca de 5 meses desde a sua apresentação voluntária».
Nada mais sabemos deste Cavaleiro do Norte da 2ª. CCAV. 8423, com a certeza de que o seu nome não consta da lista de embarque para Angola. 

segunda-feira, 25 de março de 2019

4 422 - Encontros anuais da CCS e da 1ª. CCAV. dos Cavaleiros do Norte

Os  Cavaleiros do Norte da CCS em Penafiel, a 27 de Setembro de 1997. Já lá vão quase 22 anos! À
esquerda e em baixo, o comandante Carlos Almeida e Brito, na sua última participação nos encontros
Cavaleiros do Norte de Zalala no seu 6º. encontro anual,
a 8 de Setembro de 2019 e em Tomar

A Primavera já entrou nas nossas vidas de 2019 e os encontros das Companhias do BCAV. 8423 já estão em vésperas: o da CCS, do Quitexe, e o da 1ª. CCAV., a de Zalala!
A CCS fará memórias da sua jornada africana do Uíge angolana a 1 de Junho, na Quinta de Castro, em Galegos, em Penafiel. É terceira vez que os Cavaleiros do Norte do Quitexe se encontram na zona de Penafiel: a primeira em 27 de Setembro de 1997, a segunda em 2 de Junho de 2012 - ambas organizadas pelo José Augusto Monteiro, que era furriel miliciano de Operações Especiais (Rangers) e por Angola foi adjunto do 1º. sargento José Claudino Dias, chefe de secretaria da CCS.
O encontro deste ano está marcado para 1 de Junho, com concentração em Rans (a terra do célebre Tino de Rans, que já foi candidato a Presidente da República), junto à Igreja e pelas 10 horas.
Os interessado em participar podem contactar o enfermeiro Joaquim Moreira, o organizador (telemóvel 917571124), ou o seu genro Filipe Mendes (911175642) e o furriel Viegas (917665857). Até ao dia 15 de Maio.
O 1º. cabo Dorindo Santos
e o furriel João Dias

Cavaleiros de Zalala
em Fátima !

Os Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, vão encontrar-se pela sexta vez e de novo na Quinta do Casalinho de Fátima. A 9 de Junho de 2019.
«Podem participar os companheiros da jornada angolana, familiares e amigos que queiram indicar», disse o (furriel miliciano) João Dias, que por Angola foi responsável pelas transmissões e volta a assumir a organização deste encontro.
As inscrições podem ser feitas até ao dia 30 de Maio, altura em que serão dados mais pormenores - através do telemóvel 962551238, o do furriel João Dias.
Os Cavaleiros do Norte de Zalala que residam na área do Grande Porto e do Minho podem contactar o (furriel miliciano) Fernando Mota Pinto (telemóvel 933201296), que, para além da inscrição, providenciará pelo transporte.
José Fernandes Romão

Romão de Zalala, 67
anos em Setúbal !

O condutor-auto José Fernandes dos Santos Romão, da 1ª. CCAV. 8423, festeja 67 anos a 25 de Março de 2018, na cidade de Setúbal.
Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda de Zalala, depois de Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona,  regressou a Portugal em data desconhecida (o seu nome não consta da lista de embarque dos «zalalas», a 9 de Setembro de 1975, de Luanda para Lisboa), mas por informação do furriel João Dias (TRMS), sabemos que reside em Setúbal, para onde vai o nosso abraço de parabéns! 
Fazenda Santa Isabel

Gonçalves de Santa Isabel,
67 anos no Barreiro !

Francisco Gestrudes Gonçalves foi 1º. cabo condutor auto-rodas da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, e festeja 67 anos a 25 de Março de 2019.
Regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975 e fixou-se na Rua Voz do Operário, na cidade do Barreiro. A vida levou-o para a freguesia de Verderena (na Rua Cândido de Oliveira) também do concelho do Barreiro, onde vive e para onde vai o nosso abraço de parabéns! 

4 421 - A morte da esposa de Manuel Lopes de Aldeia Viçosa

Maria Graciete Lopes
Manuel Lopes

O Lopes, Cavaleiro do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, está de luto pelo falecimento de sua esposa, Maria Graciete Sá Marques Lopes, de 64 anos e vítima de doença.

Manuel Fernando de Jesus Lopes é de Aldeia do Além, em Alcanede, e foi atirador de Cavalaria. Ainda em 2018 participou no encontro dos Cavaleiros do Norte do capitão miliciano José Manuel Cruz, a 29 de Setembro e que se realizou em Almeirim. No regresso a casa e bem próximo do local do encontro, na A 118 (perto da Quinta do Alorna, antes da Ponte Salgueiro Maia) a viatura (conduzida pelo genro) teve um choque frontal, quando seguia na sua mão. A esposa, agora falecida, sofreu ferimentos que justificaram tratamento hospitalar, enquanto ele, o filho e o genro tivera, ferimentos ligeiros. A doença e falecimento da esposa enlutaram agora o nosso companheiro da jornada africana do Uíge angolano e o funeral realizou-se ontem, da Capela da Aldeia do Além para o cemitério da Vila de Alcanede.

O nosso abraço solidário para o Manuel Lopes e família. RIP!!!



domingo, 24 de março de 2019

4 420 - Capitão Themudo no comando interino dos Cavaleiros do Norte!

Cavaleiros do Norte na varanda interior do edifício do Comando do BC12, em Carmona, ano de 1975:
alferes miliciano João Francisco Machado e capitães José Paulo Falcão, oficial de operações, e José
Diogo Themudo, 2º. comandante do BCAV. 8423
O agora aposentado coronel de Cavalaria José Diogo
Themudo, 2º. comandante do BCAV. 8423

O capitão José Diogo Themudo assumiu o comando interino do CAV. 8423 a 24 de Março de 1975, substituindo o tenente-coronel Almeida e Brito.
José Diogo da Mota e Silva Themudo tinha chegado dias antes a Carmona e era o 2º. comandante dos Cavaleiros do Norte, cargo vago desde as vésperas do embarque para Angola (em finais de Maio de 1974), quando o major de Cavalaria José Luís Jordão Ornelas Mon-
teiro foi «desviado» para Bissau, por ordem do MFA e para servir no Comando Chefe das Forças Armadas da Guiné.
José Diogo Themudo seguiu a carreira militar, naturalmente, e atingiu a paten-
te de coronel, residindo em Lisboa, aposentado e dedicado às causas eques-
tres. E louvado, em Angola, «pelas elevadas qualidade militares demonstradas no desempenho das funções de 2º. comandante do BCAV. 8423».
O louvor proposto pelo comandante Almeida e Brito e atribuído pelo brigadeiro comandante do Comando Territorial de Carmona, destaca, também, «a maior ponderação, coragem, espírito de missão e de sacrifício» quando o BCAV. 8423 foi chamado a intervir no «grave conflito armado entre movimentos de liberta-
ção» - em Carmona e nos trágicos primeiros 6 dias de Junho de 1975.
«Chamado a comandar interinamente a Unidade (...), soube obter o melhor rendimento do escasso pessoal de que dispunha e, ao mesmo tempo, accionar a segurança a elevado número de refugiados que solicitaram a protecção das NT», sublinha o louvor, publicado na Ordem de Serviço nº. 174, também enfatizando «as qualidades morais e as suas verdadeira qualidades militares, ao mesmo tempo que para os seus superiores garantiam uma inteira e leal colaboração».
A. Carvalho
de S. Isabel

Carvalho de Santa Isabel,
ao fim de quase 44 anos !

O Carvalho atirador de Cavalaria «ressuscitou» na memória dos Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423. «O meu comandante de pelotão era o alferes Pedrosa de Oliveira», comentou este antigo combatente de Santa Isabel.
Armando Moreira de Carvalho, é este o seu  nome completo, pas-
sou também pelo Quitexe e por Carmona na sua jornada africana de Angola, e regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975, fixando-se em Bidoeira de Cima, em Leiria - a sua terra natal. Emigrou para o Reino Unido em 2002 e lá se encontra, agora já reformado, desde 2017.
«Gostava de encontrar companheiros da 3ª. CAV. 8423», escreveu ele, em resposta ao contacto do blogue «Cavaleiros do Norte | Quitexe - e lembrando o saudoso Grácio, o Spínola, que morreu de acidente de viação, entre o Quitexe e Carmona. Pois aqui fica aberta a porta para esses reencontros.
P. Malheiro e esposa na
Lomba de Gondomar (2015)
P. Malheiro
em 1974/75

Malheiro, o caçula, 64
anos em Santo Tirso !

O 1º. cabo Malheiro era o mais novo (o caçula) Cavaleiro do Norte do BCAV. 8423 e jornadeou nas oficinas-auto da CCS, no Quitexe e em Carmona. Festeja 64 anos a 24 de Março de 2019.
Porfírio Tomás Malheiro de Jesus foi especialista de reparação e manutenção de material, às ordens do (seu) conterrâneo alferes miliciano António Albano Cruz. Tinha 19 para 20 anos, nesses já distantes anos de 1974 e 1975.
Regressou a Portugal a 8 de Setembro de 1975 e fixou-se no lugar de Foral, por terras da freguesia e concelho de Santo Tirso, e por lá tem feito vida, agora a morar na cidade. É motorista de transportes internacionais e para ele vai o nosso abraço de parabéns!

sábado, 23 de março de 2019

4 419 - A Polícia Militar (PM) dos Cavaleiros do Norte na cidade de Carmona!

Grupo de Cavaleiros do Norte da CCS. Da esquerda para a direita, alferes Garcia, Domingues, 1ºs. cabos
Cordeiro e Silvestre, Marcos (de bigode e a espreitar), NN (de lado), Leal (boina no ombro), 1ºs cabos Al-
meida (atrás do Leal), Vicente e Soares (ambos de bigode), Messejana, Alberto (de cervaja na mão), Flo-
rencio, Aurélio e Botelho (de bigode). Atrás e à esquerda, de pé, um trio não identificado (sapadores?). À
direita, em baixo, o Madaleno e o Francisco (de braços cruzados). O alferes Garcia, os 1ºs. cabos Al-
meida, Vicente e Soares e os soldados Leal, Domingues e Messejana já faleceram. RIP!!!
Messejana, 1º.s cabos Soares e Vicente, soldado
 Leal e 1º. cabo Almeida: 5 Cavaleiros do
 Norte do PELREC que já faleceram
Alferes A. Garcia e soldado
A. Gomes, do PELREC,
já faleceram


O dia 23 de Março de 1975, pelas bandas do Uíge ango-
lano, foi tempo de iniciar «um serviço de PM nas ruas da cidade» de Carmo-
na, onde se aquartelava parte do BCAV. 8423.
A mudança para a cidade, de acordo com o livro «História da Unidade», «levou à necessidade de promulgação de novas NEP, ou alteração das mesmas», tendo em conta «o modo de garantir a melhor apresentação do pessoal militar, sobretudo com vista a procurar, através deste meio, prever a resolução das muitas quezílias existentes entre a população civil e as NT, devido a animosidade que aquela tem a esta».
A tarefa dos PM´s do BCAV. 842 não era nada fácil na verdade, pois a comuni-
dade civil, cada vez mais inquieta e insegura quanto ao seu futuro, «debitava» sobre a tropa todos os seus desabafos e iras - que muitas vezes andaram pela ofensa verbal e, mais raramente, pelas ameaças físicas. Que, todavia, não passaram disso - embora se repetissem pequenos incidentes nas ruas, nas esplanadas, cinema e outros espaços públicos da capital do Uíge. 
A ordem da tropa era «não reagir» e às equipas de PM cabia manter a ordem e a segurança da cidade, aprudentando o bom comportamento dos Cavaleiros do Norte. E, neste capítulo, sem quaisquer problemas a registar.
O furriel Viegas e o Victor Francisco
na Marinha Grande e em 2013
V. Francisco
em 1975

Francisco, do PELREC, 67
anos na Marinha Grande !

O Francisco, atirador de Cavalaria do PELREC, festeja 67 anos a 23 de Março de 2019.
Victor José Ferreira Francisco foi Ca-
valeiro do Norte da CCS e jornadeou por Quitexe e Carmona, sempre um bom soldado, sempre discreto e eficiente, sem levantar ondas, sem falhas de serviços, cumpridor, corajoso, sereno e muito disciplinado. Regressou a Portugal a 8 de Setembro de 1975 e fixando-se na Marinha Grande, a sua terra natal. Lá trabalhou, na área do vidro, e lá vive, agora já aposentado e com alguns problemas de saúde, onde o achámos em Agosto de 2013. Para lá vai o nosso abraço de parabéns!
- NEP: Normas de Execução Permanente.
- NT: Nossas Tropas.
- PM: Polícia Militar.

sexta-feira, 22 de março de 2019

4 418 - O tempo de «achar» o furriel José Grenha Lopes!

Grupo de furriéis milicianos do BCAV. 8423, no varandim da casa onde moravam, na avenida do Quitexe:
Cândido Pires (à civil), António Cruz, José Pires (TRMS), Armindo Reino, José Avelino Grenha Lopes,
Norberto Morais e Agostinho Belo. À frente, o António Maria Lopes (enfermeiro)
José Grenha Lopes, Agostinho Belo e, à frente,
Graciano Silva, todos furriéis milicianos da 3ª.
CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel

Ontem, aos 21 dias do mês de Março de 2019, foi tempo de «achar» o Grenha Lopes, que foi furriel miliciano dos Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a da mítica e uíjana Fazenda Santa Isabel.
José Avelino Grenha Lopes é natural de Barcelos e foi especialista como Atirador de Cavalaria, durante a nossa jornada africana de Angola - nos idos anos de 1974 e 1975. É agora empresário do sector da saúde. Mas, ele hoje mesmo no-lo disse, foi (é) «homem de muitos ofícios» - que começaram pela indústria de passamanaria, na sua natal terra de Barcelos e que já era ofício e empreendedorismo da família, que ele mesmo foi entretanto modificando e modernizando ao longo dos tempos, chegando a ser um dos três maiores fornecedores das Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento (OGFE) do Estado Português. Chegou a ser proprietário único do grupo familiar e construiu novas unidades industriais. 
O ano 2000 foi de mudança na sua vida empresarial e estabeleceu-se na área da saúde, agora com duas unidades de clínica fisioterápica na área da grande Lisboa.
José Avelino Grenha Lopes, Viegas (da CCS), Fernandes e
Ribeiro, quarteto de furriéis milicianos do BCAV. 8423 à
porta da Casa dos Furriéis do Quitexe

Os tempos de Santa Isabel
e do Uíge angolano !
O Grenha Lopes, ainda em Santa Marga-
rida, foi monitor das aulas regimentais da 3ª. CCAV. 8423, com alunos da 1ª. e 2ª. classes da instrução primária e em Feve-
reiro de 1974.
Já em Angola e no chão do Uíge, integrou o Grupo de Combate comandado pelo al-
feres miliciano Pedrosa de Oliveira e com os também milicianos furriéis Ar-
mindo Reino, de Operações Especiais (Rangers), e Victor Guedes. «Sinto uma certa agonia, quando me lembro do Guedes», disse-nos o Grenha Lopes, hoje mesmo e evocando a memória do saudoso Victor Mateus Ribeiro Guedes, especialista de armamento pesado e falecido a 16 de Abril de 1998, de doença e em Lisboa. 
O Reino, que é do Sabugal e lá voltou no final da sua carreira na GNR, por lá de quando em vez é achado pelo Grenha Lopes, que de tempos em tempos lá visita familiares da esposa. Também encontrou, mas em Nisa e por acaso, o António Luís Gordo, quando por lá passou em caça desportiva. 
O Alcides Ricardo e o José Querido também furriéis, que moram em Loures e Odivelas, também fazem parte dos encontros do Grenha Lopes com Cavaleiros do Norte de Santa Isabel. «Mais o Ricardo, com quem ainda há pouco tempo almocei», disse-nos o Grenha Lopes, que lá pelos lados dele ainda um destes dias se vai cruzar com o António Flora - que por lá goza a reforma.

quinta-feira, 21 de março de 2019

4 417 - A Escola de Cabos que «deu» 1ºs. cabos do BCAV. 8423

Grupo de Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423: 1ºs. cabos Teodósio e Mendes, Abrantes, 1º. cabo
Martins e Soares. Estava em curso a Óperação Água» para o aquartelamento de Aldeia Viçosa,
por terras africanas do Uíge angolano
Cavaleiros do Norte do PERLREC: Barbeiro, Leal (fa-
lecido a 18 de Junho de 2007, de doença súbita e
em Pombal)
, Marcos (meio tapado) Alberto,1º. cabo
 Jorge Vicente (de tronco nu, falecido  a 21 de Janei-
ro de 1997, de doença e em Alcanede), e Francisco (a
beber), furriéis Neto (de braçadeira) e Monteiro
 (à civil) e 1º cabo Almeida (falecido a 28 de
 Fevereiro de 2009, em Penamacor)


A Ordem de Serviço nº. 67, de 20 de Março de 1974, do Regimento de Cavalaria nº. 4 (RC4), no Campo Militar de Santa Margarida, publicou a relação do pessoal que, a 11 de Fevereiro desse ano, tinha concluído «a instrução da Escola de Cabos, Instrução Especial de Cavalaria, do 4º. Turno de 1973».
A relação é grande, mas, no que nos interessa tem a ver com o facto de alguns deles serem futuros 1ºs. cabos atiradores de Cavalaria do BCAV. 8423 - os futuros Cavaleiros do Norte do Uíge angolano. Ao tempo, todos eles já no gozo da Licença de Normas.
Companhia a Companhia, foram os seguintes:


Adão Morais, 1º. cabo de
Zalala, falecido a 7/08/2009,
de doença e em Lousada
- 1ª. CCAV, a de Zalala: Adão Luís Correia de Morais (de Ordem, em Lousada, falecido a 7 de Agosto de 2009, de doença), António Manuel Conchinho (de Idanha-a-Nova e morador em Odivelas), António Pedro Caetano Miguel (Colares, Sintra), João Viegas Ferreira, Joaquim Fernandes Baptista (Vinha Nova, em Ponte de Lima), Joaquim Teixeira Gonçalves (Lordelo, em Celorico de Basto), José Miguel Martins (Aldeia de Santa Margarida, em Idanha-a-Nova), Manuel da Costa Gonçalves (Brandoa, na Amadora), Mário Ferreira da Costa (Olivais, em Lisboa), Mário Manuel das Neves Amaro (Caria, em Belmonte) e Rui António Ferreira Barros (situação desconhecida).
Balha Ferreira
1º cabo de
Aldeia Viçosa

- 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa: Abílio da Fonseca Delgado (Casal da Charneca, em Alcobaça), Armindo Cardoso Martins (Proença-a-Nova), Artur  Da Maia Ferreira da Rosa (Chão da Serra, Ferreira do Zêzere), Eugénio Gonçalves do Carmo (Piodão, de Arganil), Fernando Balha Ferreira (Lamarosa, em Santarém), Francisco de Jesus Pisco (Alvito, Proença-a-Nova), João Duarte Salcedas (Carvalho, na Covilhã), João Francisco da Silva Inácio (Cortes do Meio, na Covilhã), Jorge Luís Domingues Vicente (que passou para a CCS e já faleceu a 21 de Janeiro de 1997, de doença em Vila Moreira, Alcanede), Luís Filipe Pereira Alves (Barco, na Covilhã), Manuel de Jesus Mendes (Monfortinho, em Idanha-a-Nova) e Virgílio Frade Antunes (de Oleiros).
Albino Ferreira
f. a 23/01/2018

- 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel:  Agostinho Ângelo Gomes Bento (Bairro do Império, em Ferreira do Alentejo), Albino dos Anjos Ferreira (que passou para a CCS e faleceu a 23 de Janeiro de 2018, em Sintra; era de Cardal, em Ferreira do Zêzere)), António dos Santos Albino (Abóboda, em Oeiras), António Manuel da Costa Cardoso (Moita do Ribatejo, na Moita), Joaquim Macário (Santiago, em Alcácer do Sal), José Fernando Pratas Moreira (Bairro da Linha em Setúbal), Joel Carlos Gonçalves Catarino (Amora, no Seixal), José António dos Santos Neves (Avelã de Caminho, em Anadia), José Valdemar Guinote Mendes Antunes (Beco dos Abraços, no Pragal, Almada), Manuel Jorge Teixeira Samuel (Cachoparra, em Setúbal) e Simplício Luta Alcobia (de Escarlate, em Queluz).