CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

4 954 - O Governo de Transição de Angola, em 1975, e a inspecção no RC4, em 1974!


Governo de Transição de Angola tomou posse há 45 anos, hoje se completam! Foto do jornal
"A Província de Angola", de 1 de Fevereiro de 1975. 
Os elementos do Governo de Transição de Angola, em 
 foto da revista "Notícia", de 8 de Fevereiro de 1975.  
Clicar na imagem, para a ampliar



O Governo de Transição de Angola tomou posse há precisamente 45 anos, a 31 de Janeiro de 1975, no Palácio do Governador, em Luanda e numa cerimónia presidida por António Almeida Santos, ministro português da Coordenação Inter-Territorial.
Os 12 ministérios foram distribuídos, igualmente, pelo Governo Português e pelos três movimentos de libertação.
Almeida Santos
- MPLA: Manuel Rui (Informação),  Saidy Mingas (Planeamento e
Finanças) e Diógenes Boavida (Justiça). Secretários de Estado: Augusto Lopes Teixeira (Indústria e Energia), Conélio Kaley (Trabalho) e Henrique Santos (Interior). Colégio Presidencial: Lopo do Nascimento.
- FNLA: Ministros Kabaneu Sauhde (Interior), Samuel Abrigada (Assuntos Sociais) e Mateus Neto (Agricultura). Secretários de Estado: Graça Tavares (Comércio), Hendrick Vaal-Neto (Informação) e Baptista Nguvulu (Trabalho). Colégio Presidencial: Johnny Eduardo.
- UNITA: Ministros EduardoWanga (Educação), Augusto Dembo (Trabalho) e Jeremias Chitunda (Recursos Naturais). Secretários de Estado: Jaka Jamba (Informação) e João Waiken (Interior). Colégio Presidencial: José N´Dele.
Portugal estava representado pelo Alto Comissário Silva Cardoso e pelos ministros Vasco Vieira de Almeida (Economia), Alfredo Resende Oliveira (Obras Públicas) e Antunes Cunha (Comunicações e Transportes).
Os futuros furriéis milicianos Manuel Pinto
e Grenha Lopes no Campo Militar de Santa
Margarida, há 46 anos!

Inspecção ao BCAV. 8423
no RC4 de Santa Margarida

Um ano antes, precisamente, e no Campo Militar de Santa Margarida, o BCAV. 8423 foi inspeccionado, na sua fase de formação para a missão africana de Angola.
Os futuro Cavaleiros do Norte estavam instalados na Destacamento do RC4 e a inspecção foi realização pelo coronel de infantaria Paixão, da Inspecção Geral de Educação Física do Exército.
Tratou-se de uma inspecção normal da escola de recrutas que estava a decorrer e da visita nada há de especial para  assinalar. Preparavam-se bem os futuros combatentes de terras uíjanas de Angola.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

4 953 - Comandante Almeida e Brito 2 vezes no Quitexe. O Governo de Transição!

O 1º. cabo João Monteiro, o Gasolinas, à esquerda. O soldado sapador Coelho, 
ao centro e seguido do Calçada. E quem são os outros Cavaleiros do Norte?
O então major Carlos Almeida e Brito,
oficial de Operações do BCAV. 1967, com
o comandante deste, o tenente-coronel
António Amaral e o capitão que
comandava a CCAÇ. 1306, em 1968

A 30 de Janeiro de 1974, pelo Quitexe, por Aldeia Viçosa e Vista Alegre, mai-la Ponte do Dange, faziam--se serviços de rotina, com as actividades dos Cavaleiros do Norte «muito limitadas, por grande falta de meios humanos».
Era bom de ver: a tropa dos grupos de mesclagem tinha sido desactivada e a guarnição ficou reduzida, daí resultando o natural «algum esforço para as tropas metropolitanas». Entraram, os mesclados, de «licença registada a partir de 1 de Dezembro» de 1974. O que, lê-se no livro «História da Unidade», «rapidamente se realizou com o decorrer do mês».
Por lá se iam passando os dias, também com vastas idas aos restaurantes do Quitexe - como se vê na imagem, onde se reconhece o malogrado José Gomes Coelho, sapador, que faleceu a 13 de Maio de 2007, vítima de doença. 
Almeida e Brito, já
tenente-coronel e
comandante do
BCAV. 8423

Almeida e Brito no Quitexe
como oficial de operações 

O comandante do BCAV. 8423 era o tenente-coronel Carlos Almeida e Brito, que já não era «maçarico» no Quitexe.
Oficial de Cavalaria de carreira e então como major, já por lá jornadeara em 1968, como responsável pelo sector de operações do BCAV. 1917, em regime de substituição.
A comissão desse tempo, e no Quitexe,  terminou a 17 de Dezembro desse mesmo ano de 1968.
Jornal «A Província de Angola»


A Cimeira do Alvor continuava, há 45 anos, a polarizar a atenção dos Cavaleiros do Norte, mas não sendo muitas as informações, militares, valia-me eu, muitas vezes, dos bons ofícios do meu saudoso amigo Alberto Ferreira, que era cabo especialista da Força Aérea, em Luanda. Foi por ele que, faz hoje 45 anos, soube de alguns nomes do Governo de Transição, que me foi enviada em letra de imprensa, ou no jornal «Província de Angola» (o mais provável, por ser jornal matutino), ou o «Diário de Luanda» (vespertino). Ou ainda o «Comércio».
E quem era, então, os governantes da Transição? Pouco adiantava, para além de que Vasco Vieira de Almeida seria o Ministro da Economia e que os ministérios seria 12: três portugueses, três o MPLA, três da FNLA e três da UNITA. E que teria um Colégio Presidencial, com os três movimentos representados: Lopo do Nascimento (MPLA), Johnny Eduardo (FNLA) e Joseph N´dele (UNITA). 

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

4 952 - Os verdes anos de Cavaleiros do Norte! O Governo de Transição de Angola!



Grupo de Transmissões, e outros Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, na uíjana vila
 do Quitexe. Há 47/48 anos!
Manuel Vieira
Licínio Jordão

O mês de Janeiro de 1975 aproximava-se do fim e, no dia 30, quatro Cavaleiro do Norte festejaram anos: o furriel miliciano Victor Costa (de que já ontem aqui falámos), o 1º.  cabo Jordão e os soldados Vieira e Soares.
Manuel da Costa Vieira era clarim da CCS, no Quitexe, e regressou a Portugal no dia 8 de Setembro desse 1975. Comemorou 23 anos e vive agora,  fazer 68, em Pinheiro, do município
Victor Costa
de Penafiel!
Américo Rocha Soares foi soldado atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, e voltou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, a  Cabeça Santa, também em Penafiel. Sabemos que faleceu em data desconhecida de 2004. RIP!!!
Licínio da Silva Jordão foi 1º. cabo apontador de metralhadoras da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, e regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, ao lugar de Cipreste, freguesia do Louriçal, concelho de Pombal.
Vive agora em Marinha das Ondas, na Figueira da Foz, para onde vai o nosso abraço de parabéns. Mais novo, festeja 67 anos. Parabéns!
Governo de Transição de Angola

Posse do Governo de
Transição de Angola

O dia 30 de Janeiro de há 45 anos foi véspera da posse do Governo de Transição de Angola, em Luanda.
Luanda, expectando esse dia histórico, teve, porém, uma noite de algum sobressalto, já que, numa cadeia civil, houve um motim que implicou a intervenção das Forças Armadas Portuguesas, com tiros para o ar. Patrulhas da FNLA e do MPLA acorreram ao local e dois reclusos ficaram feridos e alguns outros conseguiram evadir-se, durante a insurreção. 
O motim reclamava uma amnistia, pela tomada de posse do Governo de Transição. A cidade, todavia e fora neste incidente, «estava calma», segundo relatava o Diário de Lisboa.

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

4 951 - Comandante em Carmona e Jonas Savimbi em Nova Lisboa

Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, todos
milicianos: furriéis Victor Costa (que amanhã festeja 68 anos),
e Queirós, alferes Lains dos Santos e furriel Louro
Comandante C.
Almeida e Brito

Aos 28 dias de Janeiro de 1975, há 45 anos, Almeida e Brito voltou ao Comando de Sector do Uíge (CSU), em Carmona, por «necessidade de estabelecimento de contactos operacionais». 
O comandante dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 já lá tinha estado nos dias 3 e 7, assim como no BC12, a nossa futura casa (a 23), na 1ª. CCAV. 8423, em Vista Alegre (a 5) e na 2ª. CCAV. 8423, em Aldeia Viçosa (a 23).
Os murmúrios quitexanos (e os destas duas subunidades) continuavam a apontar para «uma nova remodelação de dispositivo», com a indicação que os Cavaleiros do Norte iriam para Carmona, «dado que o BC12, que desde 1961 guarnecia a capital do distrito do Uíge, iria ser extinto». Tal movimento, refere o livro da «História da Unidade», «está esboçado, mas aguarda ainda a sanção superior, resultante de alterações que a cimeira do Algarve possa impôr».
Neste mesmo dia 28 de Janeiro de há 40 anos, soube-se que, na véspera e em Luanda, tinha sido feita a libertação de António Cardoso, sub-chefe de redacção da Emissora Oficial de Angola e que fora raptado pela FNLA, Entregue pela mesma FNLA no Comando da Região Militar de Angola.
Jonas Malheiro Savimbi, presidente da UNITA, na
chegada 
a Nova Lisboa, em foto do jornal «A Província
de Angola», actual ´Jornal de Angola»


Jonas Savimbi
em Nova Lisboa!


O jornal A Província de Angola - que se publicava em Luanda - dava conta, na sua primeira página da edição de 28 de Janeiro de 1975, que «o dr. Jonas Malheiro Savimbi «leader» da UNITA, chegou esta manhã à capital de Huambo» e que «mais de meio milhão de pessoas, no maior espectáculo que jamais nos foi dado ver, acolheu o «muata» Savimbi».
«Recepção entusiástica e colorida, caridosa, extremamente significativa, não apenas pelo número de pessoas que envolveu, como até pelos cartazes e pelas frases escritas por toda a parte onde houvesse um centímetro de parede branca», relatava o A Província de Angola.
Zalala´s em convívio anual, todos furriéis
milicianos: Louro, Costa (amanhã em festa
dos 68 anos), Dias, Pinto

Costa, furriel de Zalala,
68 anos em Queluz !

O furriel Miliciano Victor Moreira Gomes da Costa, da 1ª. CCAV. 8423, comemora 68 anos a 29 de Janeiro de 2020.
Cavaleiro do Norte atirador de Cavalaria, passou também por Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona, regressando a Portugal e à Grande Lisboa no dia 9 de Setembro de 1975.
Aposentado e frequentador habitual dos vários encontros anuais dos «zalala´s», mora em Queluz, para onde vai o nosso forte abraço de parabéns!

domingo, 26 de janeiro de 2020

4 950 - Comício da FNLA e MPLA em Aldeia Viçosa! Alvor em questão!

Comício do MPLA e da FNLA em Aldeia Viçosa, a 26 de Janeiro de 1975. Há 45 anos!
Os movimentos angolanos não se entenderam, o que obrigou à intervenção da 
tropa portuguesa «em situação apaziguadora, que se conseguiu»
O transporte de militantes e combatentes para o comício
que há 45 anos se realizou em Aldeia Viçosa



O cada vez mais próximo final do mês de Janeiro de 1975, há precisamente 45 anos, fez chegar algumas preocupações ao Quitexe, a Aldeia Viçosa e Vista Aegre/Ponte do Dange e ao Uíge dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, onde, de acordo com o livro «História da Unidade» e numa zona de forte
O furriel António Guedes e Victor Antunes
Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa
influência da FNLA, «registavam-se situações 
de atrito» entre este movimento e o MPLA
O «HdU» regista que «a mais grave terá sido a 26 de Janeiro, aquando da abertura da Delegação da FNLA em Aldeia Viçosa, onde os movimentos pretenderam fazer um comício conjunto, mas no qual não conseguiram entendimento, o que deu origem à intervenção das NT, em situação apaziguadora, que se conseguiu». 
A paz que se negociara e festejara na Cimeira do Alvor, como se vê, não era bem assim. No terreno, as «coisas» complicavam-se.
Cavaleiros do Norte da
2ª. CCAV. 8423: o 1º. cabo
Ferreira e o furriel Matos
a 28/09/2019
Daniel Chipenda e
Agostinho Neto

A Facção Chipenda e
o Enclave de Cabinda

O presidente do MPLA, entretanto e em Dar-es-Salan, admitiu a hipótese de pedir a intervenção da Organização de Unidade Africana (OUA) para, afirmou, «resolver os problemas que Angola terá de enfrentar antes da independência». E o principal problema era o Enclave de Cabinda, onde a FLEC exigia a independência e, na versão de Agostinho Neto, «os governos vizinhos e grupos rebeldes espalham a confusão».
Outro problema era a Revolta do Leste, facção dissidente do MPLA liderada por Daniel Chipenda - que nesse dia, no Luso, deu uma conferência de imprensa, nela afirmando que «fui atacado por um autêntico agente do imperialismo e as Forças Armadas Portuguesas tentaram bloquear a minha entrada no país». 
As FAP, na verdade, as FAP tinham impedido uma outra conferência de imprensa e tentado evitar a entrada dos seus militares (de Chipenda) na cidade. Só desarmados. Mas «acabaram por entrar, após negociações com oficiais portugueses». 
Notícia do Diário de Lisboa, sobre a (possível)
intervenção de tropas da OUA em Angola
«Paralelamente, os meus detractores tentaram impedir que eu contactasse o nosso povo, afim de lhe explicar a situação. A nossa Delegação está pronta a entrar em diálogo imediato com o Governo Português, com a UNITA e com a FNLA», disse Daniel Chipenda, que citamos do Diário de Lisboa, ameaçando que iria visitar outros centros urbanos angolanos «com ou sem autorização».

sábado, 25 de janeiro de 2020

4 949 - Amazona matriarca dos Cavaleiro do Norte festejou 99 anos!

A matriarca do blogue Cavaleiro do Norte chegou aos 99 anos a 20 de Janeiro de 2020. Hoje, reuniu-se
 quase toda a família directa para para festejar e apagar as 99 velas. Três netos não puderam estar !

Os meus amigos, todos!!!..., mas mesmo todos!!!..., vão desculpar-me mas hoje só aqui venho para vos falar de Maria Dulce Pinheiro Estima, nascida a 20 de Janeiro de 1921. Há 99 anos e mãe deste vosso amigo que, pela jornada africana do Uíge angolano, foi Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423.
O seu pai e meu avô materno foi Aniceto Fernandes Estima, combatente da 1º. grande guerra, regedor da freguesia e precocemente falecido quando ela, a mais velha de 4 irmãos, ainda não tinha 8 anos. Foi vítima da queda de uma parede da casa que construía.
As Abris de 1973, quando assentei praça para o serviço militar, estava viúva de meu pai, desde Agosto anterior, com duas filhas recém-casadas e um filho a ir para a guerra. 
Em 9 meses, uma família de 5 pessoas, ficou «reduzida» a ela - que por razões diferentes «perdera» 4 pessoas da sua gente mais íntima. 
Não se deixou abater e foi uma grande combatente da vida, sempre a dar exemplos para o amanhã de todos nós.
Quando nos vê juntos, logo suspeita de festa e pergunta sempre «quantos são»?»
Quantos são os comensais à sua volta. 
E sobre quem falta, logo pergunta por onde anda e o que anda a fazer.
Hoje, pois, foi dia de festejar os 99 anos da Senhora Minha Mãe, nascida a 20 de Janeiro de 1921, e desculpar-me-ão todos, mas mesmo todos, todos, todos..., todos os grande companheiros dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, mas não valem mesmo nada, nadinha mesmo, ao lado, ao pé, ao longe, onde quer que estejam, da guerreira Maria Dulce, a Senhora Minha Mãe!
Assoprou as velas dos 99 anos e fartou-se de rir às palmas que a festejaram!

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

4 948 - Cavaleiros expectantes, silêncios dos movimentos e êxodo dos colonos!

Cavaleiros do Norte da 2ª. CCV. 8423, a de Aldeia Viçosa, 44 aos depois do regresso de Angola, a 28
 de Setembro de 2019: os 1ºs.  cabos José Maria Beato (rádio-telegrafista) e  Alberto Marques 
(operador-cripto) e o soldado condutor João Oliveira
Furriéis milicianos António Carlos Letras e Abel
Ribeiro Mourato, que hoje faz 68 anos!


Os dias de Janeiro de 1975 iam chegando ao fim e cada vez mais levedavam as expectativas dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, quanto ao futuro próximo de Angola. O que equivaleria ao que os «esperava» no resto da sua jornada africana do Uíge.
As várias guarnições do Batalhão de Cavalaria 8423 eram palcos de muitos murmúrios - e especulações... - sobre quem iria fazer parte do Governo de Transição, que era um dos grandes objectivos decorrentes do Acordo do Alvor e do processo de independência de Angola. O maior!
As poucas informações que chegavam à vila do Quitexe (sede do BCAV. 8423 e onde se aquartelavam a CCS e a 3ª. CCAV. 8423), a Aldeia Viçosa (localidade da 2ª. CCAV.) e a Vista Alegre e Ponte do Dange (1ª. CCAV., a que fora de Zalala) eram as veiculadas pela imprensa - fosse escrita, fosse falada (através da rádio, pois ainda por lá ainda não havia televisão...) e quase nada, ou nada mesmo adiantavam. 

Cavaleiros do Norte de Zalala: NN, Campos, alferes
 Santos, furriel Nascimento e Casimiro Martins (que
 hoje faz 68 anos). Em baixo, NN e Ruizinho


Silêncios dos movimentos
e êxodo dos colonos

A falar verdade e com rigor, confundiam, até, o mais prevenido e interessado ou politicamente esclarecido cidadão - fosse ele angolano ou fosse português, de qualquer cor ou credo religioso e/ou político, fosse civil ou militar, mais ou menos intelectual, ou social ou culturalmente evoluído.
«A vida política angolana centra-se, neste momento, nas tentativas de adivinhação no que respeita à futura constituição do Governo de Transição», lia-se no vespertino Diário de Lisboa desse dia.
A 24 de Janeiro desse ano, uma sexta-feira,  da parte do MPLA «nada de oficial ou com carácter de segurança transpirou». Vaal Neto, da FNLA, dava conta que os membros dos seu movimento «ainda não foram designados». Da UNITA, referia a imprensa do dia, «também nada se sabe». 
Por falar em imprensa, o MPLA era alvo de «acusações veladas», que apontavam no sentido de que «manipularia alguns desses órgãos». Mas, referia o Diário de Lisboa, «a verdade é que pelo menos três desses órgãos de informação fazem essa acusação, o que demonstra a sua oposição ao MPLA»
Ao tempo, esse tipo de acusações era muito normal - de movimentos para movimentos. Nota do dia era também para «o êxodo dos colonos», que, referia a imprensa, «continua, embora a um ritmo menos acelerado». E para «a falta de cerveja e de refrigerantes e uma contínua alta de preços».
Abel Mourato

Mourato de Aldeia Viçosa,

68 anos em Vila Viçosa!
  
O dia 24 de Janeiro de 2010 é dia festejar 69 anos o furriel Mourato  de dois Cavaleiros do Norte da 2ª. CAV. 8423.
Abel Maria Ribeiro Mourato foi vagomestre da dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa. e regressou a Portugal e a Portalegre (a cidade de nascimento e residência, ao tempo) no dia 10 de Setembro de 1975. Fez carreira profissional na função pública - nas Finanças . e, já aposentado, mora em Vila Viçosa. Parabéns!
C. Martins

Casimiro de Zalala, 68
anos na Póvoa do Lanhoso

O soldado Casimiro da Silva Martins,  da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, e comemora 68 anos a 24 de Janeiro de 2020.
Atirador de Cavalaria de especialidade, por lá foi também responsável pelo depósito de géneros e a 9 de Setembro de 1975 voltou à sua natal terra de Sobradelo da Goma, na Póvoa do Lanhoso. Agora já aposentado, lá continua a viver e para la vai o nosso voto de parabéns!


quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

4 947 - Comandante em Aldeia Viçosa para «contactos operacionais»

Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa: 1º. cabo António Ferreira, soldado
Joaquim Verde, furriel Mário Matos e soldados Adelino Santos e Leonel Sebastião no encontro de
 28 de Setembro de 2019
Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa a 28 de
Setembro de 2019: Samuel Oliveira,António Ve-
nâncio e João Oliveira

O comandante Almeida e Brito esteve em Aldeia Viçosa, a 23 de Janeiro de 1975, há 45 anos, acompanhado pelo capitão José Paulo Falcão (o oficial adjunto e de operações) para «estabelecimento de contactos operacionais» com a 2ª. CCAV. 84233 - aquartelada naquela vila e comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz.
Ao tempo, murmurava-se cada vez mais a possibilidade de mais uma rotação dos Cavaleiros do Norte. Tal, era resultado
Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa: furriéis
Guedes, Gomes, Martins (bigode), Letras e
Jesuíno. À frente, de ambos de cigarro na
boca, Sebastião e Oliveira (cozinheiro)


 das negociações da Cimeira do Alvor, sobre a independência de Angola, e não surpreenderia que a visita do (então) tenente-coronel Almeida e Brito se enquadrasse nesse âmbito.
Agostinho Neto, em Lisboa e na Associação Portuguesa de Escritores, disse «ser necessário que os povo de Angola e de Portugal se unam, porque unidos haveremos de trilhar o com caminho da liberdade, obstando a que se reinstale qualquer outro poder neocolonialista»
«Um recuo para Portugal será um recuo para Angola e um  recuo em Angola será um recuo para Portugal», afirmou Agostinho Neto, frisando também crer que «depois da independência vai haver mais negros em Portugal e mais bancos em Angola».
Um ano antes, precisamente - no dia 23 de Janeiro de 1974 e no Regimento de Cavalaria 4, em Santa Margarida - o BCAV. 8423 foi alvo de «inspecção normal de uma Escola de Recrutas», que esteve a cargo do coronel Magalhães Corrêa, da DAC. 
Mário Costa

Costa, clarim de Zalala, 
68 anos em Leiria !

O soldado clarim Mário Costa, da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, festeja 68 anos a 23 de Janeiro de 2020.
Mário Ventura Soares da Costa foi Cavaleiro do Norte da subunidade do capitão miliciano Davide Castro Dias, também passou Por Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona e regressou a Portugal no a 9 de Setembro de 1975 a Face de Figueira, em Sintra. Mora agora em Maceira Liz, arredores de Leiria, para onde vai o nosso abraço de parabéns!

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

4 946 - Um recuo em Portugal, será um recuo para Angola!

O que sobra do edifício do Comando do BCAV. 8423, no Quitexe. À direita, à esquerda da casa cor de
rosa, era a porta d´armas.  Dentro das paredes, vimos, a 24 de Setembro de 2019, um contentor no
 qual, supostamente, morará uma família. Vimos lá gente e repare-se na roupa no estendal
Quitexe, a porta d´armas e a  parada da CCS dos Cava-
leiros do Norte do BCAV. 8423, em 1974/75


O Comandante do Sector do Uíge (CSU) esteve no Quitexe a 22 de Janeiro de 1975, presidindo à reunião de comandantes das várias unidades do Sector. Esteve acompanhado de oficiais do seu Estado Maior. A então próxima rotação dos Cavaleiros do Norte foi, 
Notícia do Diário de Lisboa sobre
a situação política em Angola
seguramente, um dos temas do encontro.
A guarnição cumpria serviços de ordem e praticava desporto, principalmente futebol e no âmbito da acção psicológica. E fazia contas para a data do regresso - que só viria a acontecer em Setembro, embora as expectativas fossem outras, para datas bem mais próximas. 
Agostinho Neto foi recebido na Associação Portuguesa de Escritores, em Lisboa, afirmava acreditar que «depois da independência, haverá mais negros em Portugal e mais brancos em Angola».
«Vejo o começo duma nova situação em que, de facto, a liberdade se poderá materializar em cada um dos países nisso interessados, nas ex-colónias e em Portugal propriamente dito. Porém, não nos esqueçamos que teremos de bater firmemente a reacção e que só depois de a batermos firmemente poderemos aspirar a uma liberdade total. É, pois, necessário que os povos de Angola e Portugal se unam, porque unidos haveremos de trilhar o caminho da liberdade, obstando a que se reinstale o neocolonialismo. Um recuo em Portugal, será um recuo para Angola e um recuo em Angola, será um recuo para Portugal», disse Agostinho Neto.
Quinteto de Cavaleiros do Norte do PELREC:
1º. cabo Albino Ferreira, furriéis Viegas e
Neto e os soldados António e Florêncio

Albino, 1º. cabo da CCS,
faleceu quatro 4 anos !

O 1º. cabo Albino dos Anjos Ferreira foi atirador de Cavalaria do BCAV. 9423 e faleceu há 4 anos, a 23 de Janeiro de 2017.
Cavaleiro do Norte do PELREC da CCS, foi transferido para a 1ª. CCAV., a de Zalala, em Setembro de 1974 e regressou a Portugal no dia 10 de Setembro, à sua natal casa da freguesia do Cardal, município de Ferreira do Zêzere, onde nasceu a 28 de Novembro de 1952. Mudou-se para a Grande Lisboa e trabalhou a área da construção civil e ramo« automóvel. Morador em Almargem do Bispo, foi vítima de doença grave, falecendo há 4 anos.
Hoje e aqui o recordamos com saudade! RIP!!!

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

4 945 - Remodelação do dispositivo militar do Uíge angolano!

Cavaleiros do Norte há 45 anos e no Quitexe uíjano de Angola, furriéis milicianos: António
 Fernandes (tronco nu), Graciano Silva, um combatente da FNLA e Francisco Neto (de
 tronco nu, todos de pé), Nelson Rocha, José Querido e João Cardoso (em baixo)
Cavaleiros do Norte do PELREC. De pé, os 1ºs. cabos Jorge
 Vicente e Joaquim Almeida, furriel Monteiro (à civil) e
1º. cabo Hipólito. Em baixo, Aurélio (Barbeiro), furriel
 Neto, Leal e alferes Garcia.
Vicente, Almeida, Leal e Garcia já faleceram. RIP!!!

Aos dias 21 de Janeiro de 1975, há 45 anos e por terras do Uíge angolano, por onde jornadeavam os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, levedavam murmúrios sobre «uma nova remodelação do dispositivo militar».
Não seria (e não foi) «coisa» nova, mas consequência da Cimeira do Alvor, o que, naturalmente, foi razão para as reuniões de trabalho do comandante Almeida e Brito, em Carmona (na ZMN e no BC12), em que participou o comandante Almeida e Brito.
O BC12, criado em 1961 - e que desde então guarnecia a capital da província do Uíge (Carmona) -, «iria ser extinto», como se lê no livro «História da Unidade, e expectava-se sobre a nossa rotação para lá, mas também para... Luanda! - onde os Cavaleiros do Norte eram desejados!
«O movimento está esboçado, mas aguarda ainda a sanção superior, resultante de alterações que a cimeira do Alvor possa impor», refere o HdU.
O Hospital / Delegação de Saúde do Quitexe
em imag de 24 de Setembro de 2019

Movimentos em acções
de politização

Ao tempo, os movimentos emancipalistas instalavam delegações nas principais localidades - casos de Quitexe, de Aldeia Viçosa e Vista Alegre - , desenvolvendo «actividades de politização», naturalmente procurando atrair a população para as suas ideias.
Em Lisboa, Agostinho Neto, presidente do MPLA, visitava o Hospital de Santa Maria onde, como médico, trabalhara em 1962, antes de entrar na clandestinidade. «Vou-me embora amanhã, mas vou em condições muito mais favoráveis que há 14 anos», comentou o dirigente angolano que, segundo o Diário de Lisboa de 20 de Janeiro de 1975, deixou Portugal no do seguinte. Hoje se passam 45 anos!
A expectativa (anunciada) era a de que estaria no dia 31 de Janeiro seguinte, em Luanda, para «a posse do Governo de Transição».
Jorge Vicente
1º. cabo da CCS

Vicente, 1º. cabo da CCS,
faleceu há 23 anos !

O 1º. cabo Vicente, da CCS do BCAV. 8423, faleceu, de doença, a 21 de Janeiro de 1997.
Atirador de Cavalaria de especialidade militar e combatente do PELREC, Jorge Luís Domingues Vicente, é este o seu nome completo, regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, à sua natal terra de Vila Moreira, em Alcanede.
Problemas de coração, fragilizaram a sua saúde, do nosso convívio físico levando um bom companheiro da nossa jornada uíjana de Angola e que foi grade animador dos primeiros encntros anuais dos Cavaleiros do Norte.
Hoje o recordamos com saudade. RIP!!!

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

4 944 - As eleições que se souberam em Angola para a Constituinte Portuguesa!

Cavaleiros do Norte no Quiotexe. Da esquerda para direita, Francisco e Madaleno, Ferreira (de garrafa 
na mão), 1º. cabo Almeida (falecido  28/02/2009, em Penamacor e de doença) e três sapadores. Depois, em 
círculo e a partir da esquerda, Botelho (de bigode), Aurélio e Florêncio (de bigode), Aurélio (Barbeiro
Messejana (f. a 27/11/2009, em Lisboa e de doença), 1º.s cabos Soares (f. em 2018) e Vicente (f. a 21/01/1997, 
de doença e em  Alcanede), Leal (f. a 18/06/2007, de doença e em Pombal), 1º. cabo  José Cordeiro (de
 bigode), Domingues e alferes António  Garcia (f. a 02/11/1979, de acidente). Sublinhado, o 1º. cabo 
Ezequiel Maria Silvestre, que hoje faz 68 anos, na Sobreda, em Almada. À direita dele, Marcos e NN
O alferes António Cruz e o furriel Viegas no encontro
de Custóias,a 18 de Janeiro de 2010


Há precisamente 45 anos e no Quitexe de 20 de Janeiro, também uma segunda-feira, de Portugal chegou a notícia de que o MFA assegurava a realização das primeiras eleições do pós-25 de Abril. 
O dia, por outras razões, era particularmente emotivo para mim: minha mãe fazia 54 anos (hoje, celebra 99!!!) e era a primeira vez que estava distante dela. Mais e mais grave: estava em cenário de guerra, o que lh´enlutava a alma, por muito que lhe dissesse, escrevendo regularmente, que estava tudo bem - no que ela não acreditava minimamente! 
«Isso é o que tu dizes!..., mas não é o quer por cá se conta!!!...», comentava ela, sempre que, de cá para lá e em aerogramas, m´enviava os seus recados e conselhos, dando troco às minhas notícias e mandando-me outras, do seu dia-a-dia, da família e da nossa aldeia natal. E do que, de mais trágico ou grave e perigosos, ia ouvindo sobre o que se passava em Angola. Outras vezes - e muitas, valha a verdade!!!!... - perguntando por familiares e conterrâneos que estavam radicados na imensa Angola e de lá, por isto ou aquilo, não davam sinal de vida.

Eleições em Abril,
para a Constituinte

As primeiras eleições e «a necessidade de uma legislação revolucionária» foram temas fortes que levaram o Conselho dos Vinte (o Conselho Superior da MFA) a reunir em Lisboa, confirmando que «assegurará a realização e a legitimidade das eleições para a Assembleia Constituinte, condenando as acções que, de qualquer modo, ponham em dúvida ou em causa a sua realização».
A Armada, por sua vez, reuniu 900 oficiais em plenário, na Escola Naval, e confirmou «confiança e apoio à Comissão Coordenadora do Programa do MFA, ao Conselho Superior da MFA e às Comissões Coordenadoras dos três ramos das Forças Armadas».
Ezequiel Maria Silvestre
em 1974 e por Angola

Ezequiel, 1º. cabo,
festeja 68 anos!

O 1º. cabo Ezequiel Maria Silvestre, da CCS do BCAV. 8423 festeja 68 anos a 20 de Janeiro de 2020.
Combatente do PELREC e tendo Reconhecimento e Informação como especialidade, regressou a Portugal e ao (seu) Laranjeiro, em Almada, no dia 8 de Setembro de 1975 no final da sua (e nossa) comissão militar por terras do norte de Angol.
Trabalhou na área da construção civil e, já aposentado e mais dedicado à família, vai fazendo «uns biscates» para para matar o tempo e mora na Sobreda, em Almada, para onde segue o nosso abraço de parabéns!

Orlando e Couchinho

em festas de 68 anos!

O 1º. cabo Couchinho e o condutor Oliveira, ambos Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, festejam 68 anos a 20 de Janeiro de 2020.

António Manuel Couchinho foi atirador de Cavalaria e, ao tempo, morava em Idanha-a-Nova. Pouco mais dele sabemos, apenas que mora(rá) no Casal de S. Braz, na zona de Lisboa.     
Orlando Marques de Oliveira, outro Cavaleiro do Norte de Zalala, segundo o furriel João Dias, mora em Almeida.
Para ambos, os nossos parabéns!

domingo, 19 de janeiro de 2020

4 943 - O Alvor de 1975 e Custóias de 2020 na vida da CCS do BCAV. 8423

Quinteto de 1ºs cabos da CCS do BCAV. 8423, em Luanda: os escriturários Vasco Vieira (Vasquinho),
 Damião Viana (que hoje festeja 68 anos) e Miguel Teixeira e os operadores-cripto António Medeiros (já
 falecido) e João Estrela

Cavaleiros do Norte da CCS, ontem em Custóias e todos
1ºs. cabos: os escriturários Miguel Teixeira e Vasco Vieira
 (Vasquinho), o estofador Domingos Teixeira e o
mecânico e «caçula» Porfírio Malheiro
Os Cavaleiros do Norte que ontem se «almoçaram» de saudades por Custóias - a dúzia de ontem e os de todas as 4 companhias do BCAV. 8423 - continuavam, há 45 anos, expectantes quanto aos efeitos práticos da Cimeira do Alvor que, curiosamente e por esse tempo, nós mais conhecíamos por Cimeira de Penina, por ser no hotel deste nome que se realizou.
Os Cavaleiros do Norte que ontem se «almoçaram» de saudades por Custóias - a dúzia de ontem e os de todas as 4 companhas do BCAV. 8423 -continuavam, há 45 anos, expectantes quanto aos efeitos práticos da Cimeira do Alvor - que, curiosamente e por esse tempo, nós mais conhecíamos por Cimeira de Penina, por ser no hotel deste nome que se realizou.
Os murmúrios sobre a rotação do BCAV. 8423 para Carmona - a cidade capital do Uíge e que fica a uns 40 quilómetros do Quitexe - continuavam e dela se falava no dia-a-dia, mas nada de concreto se sabia. Se bem que o Pelotão de Morteiros 4281 já para lá tivesse rodado, começando a 20 de Dezembro de 1974 e concluindo a mudança no dia 4 de Janeiro de 1975. Mas era apenas uma das subunidades do BCAV. 8423, mais antiga até na sua missão de soberania por terras de Angola.
O casal Conceição e António Calçada (sapador) e
o condutor-auto Américo Gaiteiro

Missa a Igreja da
Mãe de Deus do Quitexe

O dia 19 de Janeiro de 1975 foi um  domingo, como hoje, e alguns Cavaleiros do Norte, os mais crentes,  participaram na celebração da missa da Igreja da Mãe de Deus do Quitexe, onde sacerdotava o padre Albino Capela, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. 
Ainda ontem se falou dele, evocando a sua missão comungada com os Cavaleiros do Norte pelas terras do Uíge angolano e o alferes António Cruz lembrou, até, que foi ele quem baptizou um dos seus dois filhos.
António Albino Vieira Martins Capela, é este seu nome completo, regressou a Portugal e «com muita pena», disse ao blogue, abandonou a Ordem e o sacerdócio, licenciou-se em Humanidades na Universidade Católica, exerceu o professorado em Barcelos, casou e é pai de um casal, também avô e frequentador habitual dos encontros da CCS.
No Quitexe e com ele, também em missão, estava a sua irmã de sangue, a Irmã Maria Augusta Vieira Martins, da Congregação da Imaculada Conceição e Santo António, que continuou em Angola depois da independência e faleceu a 2 de Junho de 2006, quando estava de férias em Portugal, em Lisboa e de doença.
Damião Viana
em 2020
Damião Viana
em 1975


Damião, 1º. cabo escriturário,
68 anos em Gondomar !

O 1º. cabo Damião Augusto das Neves Viana, da CCS do BCAV. 8423, festeja 68 anos a 19 de Janeiro 2020.
Escriturário de especialidade militar, regressou a Portugal e a Valbom, em Gondomar, no dia 8 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa) jornada africana de Angola - pelo uíjano norte.
Profissionalmente, trabalhou na área da ourivesaria e, agora já aposentado, reside em Fânzeres, também de Gondomar. É para lá, e para ele, que vai o abraço colectivo dos Cavaleiros do Norte da CCS, que ainda ontem dele falaram no almoço de Custóias! E um abraço embrulhado no desejo de que a intervenção cirúrgica do dia 29 lhe corra pelo melhor! Parabéns!