4 438 - O primeiro dia da CCS dos Cavaleiros do Norte em Luanda!

Cavaleiros do Norte da CCS, todos 1º.s cabos e nos primeiros dias de Angola, há 45 anos: os operadores-
-cripto João Estrela e António Carlos Medeiros (falecido a 1o de Abril de 2003, de doença e no Porto) e
 os escriturários Miguel Teixeira, Damião Viana e Vasco Vieira (Vasquinho)

Os furriéis Neto e Viegas, já no final da comissão e a
 «mariscar» com os conterrâneos aguedenses Gilberto
 Marques e Carlos Sucena

O primeiro dia da angolana cidade de Luanda, para os «ccs´s», dia 30 de Maio de 1974, uma 5ª.-feira, foi de instalação de bagagens nas casernas do Campo  Militar do Grafanil, por toda a manhã, e ouvir algumas instruções sobre as cautelas a ter e houve que «correr» para a cidade, descobri-la, sentir os seus cheiros e nela achar amigos que por ela faziam a vida. Foi um corropio!

O furriel miliciano José Pires (TRMS)
na baía de Luanda e em 1974

A cidade enorme que se abria ao nosso olhar, ao nosso galgar de ruas e avenidas, como que nos engolia. Logo achei o conterrâneo Albano Resende, a trabalhar na baixa e a dar-nos no seu tempo para mostrar a baía, a ilha, a restin-
ga, a  fortaleza, a Portugália..., ponto indispen-
sável da romaria de tropas que, aquartelados ou de passagem por Luanda, ali se achavam para (re)encontrar amigos e devorar cervejas, bons pratos de marisco e uns bons pregos no pão. E o Amazonas, onde se bebia incontáveis canhângulos a regar pratos de farto marisco. Ou o Mutamba, a então nova coqueluche da restauração luandina, os restaurantes Floresta´s, para um bom frango de churrasco regado a cerveja!
A guerra, a temível e perigosa guerrilha de Angola, não se sentia na enorme metrópole luandina, que era cheia de gente, umm indso dd gente, num para-trás-e-para-a-frente contínuo e cosmopolita, sem distinguir cores de pele, na azáfama da dia-a-dia, nos comércios e serviços, enchendo esplanadas e res-
taurantes, gelatarias, as ruas e passeios. Cidade grande!

O comandante Carlos Almeida e Brito e o
 capitão José  Paulo Falcão no encontro 
de Águeda, em 1995

Almeida e Brito
já em Luanda !

O comandante Almeida e Brito recebeu os «ccs´s» no aeroporto de Luanda, a 30 de Maio de 1974, e com eles seguiu para o Campo Militar do Grafanil, em autocarros militares.
O comandante do BCAV. 8423 tinha chegado de Carmona na véspera, via Negage, e depois de ter estado no Quitexe - onde se deslocou com mo capitão José Paulo Falcão, oficial adjunto e de operações. E, de acordo com o livro «História da Unidade», depois de também «ter visitado as Fazendas Zalala e Santa Isabel, bem assim Aldeia Viçosa, locais onde se instalariam as nossas subunidades». 
Sabendo-se já que a CCS ficaria aquartelada no Quitexe, foi então «decidido que a 1ª. CCAV. entraria em Sector na Fazenda Zalala, a 2ª. CCAV. em Aldeia Viçosa e a 3ª. CCAV. na Fazenda Santa Isabel».

4 437 - A chegada da CCS a Angola, de Luanda ao Grafanil!

Cavaleiros do Norte do Parque-Auto da CCS do BCAV. 8423, que há 45 anos chegaram a Luanda. À frente,
NN, 1ºs. cabos António Pais,  Joaquim Breda e Domingos Teixeira (tronco nu), alferes António Cruz,
1º. cabo Agostinho Teixeira, condutor Miguel Ferreira, NN e 1º. cabo Porfírio Malheiro 

Grupo de Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423 numa
 «operação» de transporte de água para o quartel
de Aldeia Viçosa

Os Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423 desembarcaram em Luanda ao princípio da manhã de 30 de Maio de 1974 e logo foram «banhados» pelo calor húmido d´África! E que calor era, logo os desobrigando dos blusões verdes da farda nº. 2, fazendo-os arregaçar mangas e descobrir os sons e os chãos da misteriosa África que se lhes abria aos olhos e aos sentidos.
Ao voar sobre a cidade, a espreitar pelas janelas do 747 dos TAM que os transportaram de Lisboa, logo os Cavaleiros do Norte descobriram a enorme metrópole luandina, de gigantescos prédios a banharem-se na baía e no mar que a separava dos brasis do outro lado do Atlântico. A espreitar o Mussulo, ilha de sonhos e de cios que muitos viriam a conhecer.
Luanda era um «novo mundo» aberto à imensa curiosidade dos debutantes combatentes do BCAV. 8423, que ela passavam, espantados... com tanto tamanho de tudo, no caminho para o norte onde «nasciam» as emboscadas, os trilhos e as emboscadas, onde a morte espreitava, sem avisar!, entre duas viagens ao mato, os fogos da metralha e o rebentar de minas e de armadilhas  

Uma das entradas do Campo Militar do
Grafanil, nos arredores de Luanda

Do aeroporto
ao Grafanil !

A viagem de berliets, desde o aeroporto para o Grafanil, deixou-os esventrar e conhecer a enorme cidade, embora em rápidos olhares sobre as ruas, as avenidas e, depois, a enorme Estrada de Catete, cheia de gente a passear-se pelo chão de terra vermelha, cheia de pressa, indiferente ao olhar curioso dos jovens combatentes que tinham acabado de desembarcar. Gente de todas as cores, brancos, mestiços e negros, mulheres bambaleando o corpo e carregando os filhos nas costas, de cigarro entalado nos lábios, gente que fazia história da Angola que descobríamos. Para onde íamos!  Gente que espreitávamos com olhares de preguiça, olhando as ancas roliças e nuas das garotas angolanas, mulheres negras como nunca tínhamos visto!

A Angola de 30 de Maio de 1974. Há 45 anos!

João Teodósio em 1974

JT em 2018

Teodósio de Aldeia Viçosa,
67 anos em Almeirim !

O 1º. cabo Teodósio, Cavaleiro do Norte da 2ª. CCAV. 8423, festeja 67 anos a 1 de Junho de 2019.
João Francisco Ribas Teodósio, é este o seu no-
me completo, foi mecânico-auto de especialidade, servindo o BCAV. 8423 nos quartéis de Aldeia Viçosa e Carmona (BC12). Regressou a Portugal no dia 10 de Setembro, à sua casa da Rua da Fé, em Almeirim. Mora agora no bairro da Boa Esperança, também em Almeirim, para onde segue o nosso abraço de parabéns!

CCS em Penafiel,
3ª. CCAV. no Fundão!

Os Cavaleiros do Norte da CCS e a 3ª. CCAV. 8423 vão confra-
ternizar no dia 1 de Junho de 2019, nos seus encontros anuais.
A CCS vai matar saudades para Galegos, em Penafiel, com organização do «mordomo» Joaquim Moreira, que por Angola, no Quitexe e em Carmona, foi maqueiro e se empenhou neste encontro.
A 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, vai reunir-se no Fundão, onde o mestre de cerimónias é o furriel José Rodrigues Lino, que por Angola foi me-
cânico-auto - em Santa Isabel, Quitexe e Carmona.
Vai ser um dia feliz, de matar de saudades e de muitas paixões!

4 436 - O dia, há 45 anos, da viagem da CCS de Lisboa para Luanda!

-

Cavaleiros do Norte do PELREC. À esquerda, Marcos, Madaleno e Alberto Ferreira (de garrafa na mão).
 Depois, Botelho (de bigode), Aurélio (Barbeiro), Florêncio (de bigode), Messejana, 1ºs. cabos Soares e
 Vicente (ambos de bigode), Leal (de boina no ombro, 1º. cabo Almeida (atr+as do Leal), NN (de lado),
 Marcos e Silvestre (de bigode), 1º. cabo Cordeiro, Armando Domingos e alferes Garcia. Alguém
conhece o trio da direita, atrás? Parecem ser sapadores

O capitão José Paulo Falcão, o soldado clarim Armando
Silva e o comandante Carlos Almeida e Brito

O dia 29 de Maio de 1974 foi,  finalmente, o da partida da CCS do BCAV. 8423 para Luanda, onde chegou na manhã do dia seguinte, num voo dos Transportes Aéreos Militares (TAM).
A viagem foi estreia aérea para a esma-
gadora maioria dos futuros Cavaleiros do Norte do Quitexe, que saíram do RC4 ao princípio a tarde, em autocarro e num tempo de chuva torrencial - que se pro-

O comandante Almeida e Brito,
à esquerda, quando foi oficial
adjunto do BCAV. 1917

longou até quase a hora da partida, do Aeroporto Militar de Figo Maduro, em Lisboa.
«Procedendo a vinda das subunidades, desembarcaram na RMA o comandante, o oficial adjunto e o oficial de transmissões, a 22 de Maio, após viagem, nos TAM», lê-se no livro «História da Unidade», referindo-se, respec-
tivamente, ao tenente-coronel Carlos Almeida e Brito, ao capitão José Paulo Falcão e ao alferes miliciano José Leonel Hermida.
Após a sua chegada, «finalmente teve o BCAV. 8423 conhecimento do seu local de destino», o Quitexe, identificada como «terra promissora de Angola, capital do café e vila-mártir de 1961». Seria lá (e foi) que o BCAV. se iria estabelecer em Sector, para «dar consecução ao problema de paz que o MFA pretende obter».
Destino final que os «ccs´s» souberam dias depois da chegada, mas ainda em Luanda. Assim como as três companhias operacionais: a 1ª. CCAV. 8423 (para a Fazenda Zalala), a 2ª. CCAV. 8423 (Aldeia Viçosa) e a 3ª. CCAV. 8423 (Fazenda Santa Isabel).

Os alferes milicianos Pedrosa, Ribeiro, Cruz,
Garcia e Hermida à porta da messe
de oficiais do Quitexe 

Comandante e oficiais
já em Angola !

O comandante Almeida e Brito e o capitão José Paulo Falcão já tinham ido ao Quitexe no dia 27 de Maio, via Negage e em avião da Fora Aérea, tendo sido recebidos pelo BCAÇ. 4211, «que iria ser substituído na ZA pela nossa Unidade» - o BCAV. 8423. Depois de, em Carmona, terem passado pela Zona Militar Norte (ZMN) e Comando do Sector do Uíge (CSU).
Os contactos no Quitexe «foram muito superficiais» para Almeida e Brito, já que, como major de Operações, lá tinha estado em 1968, enquanto «oficial adjunto do BCAV. 1917».
A CCS aterrou  no aeroporto internacional de Luanda às primeiras horas da manhã de 30 de Maio de 1974 e, dali, viajou, de imediato, em Berliets militares para o Campo Militar do Grafanil. Ali esteve até 6 de Junho, quando rodou para o Quitexe.

Armando Gomes

Gomes, do PELREC da CCS, 
faria 67 anos. Falecem há 30!

O soldado atirador de Cavalaria Armando Domingues Gomes, da CCS do BCSAV. 8423, faria 67 anos a 1 de Junho de 2019 Faleceu a 3 de Setembro de 1989. Há quase 30. RIP!
Cavaleiro do Norte do PELREC, exerceu também. e voluntariamente, as funções de padeiro de «maneira eficiente e dedicada (...), sem que para tal tivesse conhecimentos profissionais, nunca se poupando a esforços»,, o que lhe valeu louvor do comandante Almeida e Brito, por proposta do capitão António Oliveira, comandante da CCS.
O louvor foi publicado na ordem de serviço nº. 165, acrescentando esta que foi militar muito correcto de trato, disciplinado e bom camarada».
O Gomes regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, fixando-se em A-dos-Cunhados, no concelho de Torres Vedras. Faleceu aos 37 anos e hoje o recordamos com saudade. RIP!!! 

4 435 - O dia «zero» da CCS no RC4, as imagens de Baltazar e Nunes, o Valetas!

Cavaleiros do Norte das Transmissões. De pé, José Costa,. furriel José Pires, alferes José Leonel Hermida
 e 1ºs. cabos Luís Oliveira e José Mendes. À frente, Humberto Zambujo, Couto Soares e 1ºs. cabos
 Jorge Salgueiro e Jorge Silva (da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala) 

Baltazar Serafim Brites já foi dado como
 morto mas está (bem) vivo e vive em Sarzedinho,
Ervedosa do Douro, em S. João da Pesqueira

José G. Nunes
faleceu há 1 ano

O dia 28 de Maio de 1974 foi de descanso e leituras, para os «ccs´s» do BCAV. 8423 que ficaram no RC4, depois de adiada, na véspera, a partida para Angola.
Uns quantos, mais afoitos, mais emocionais, menos cerebrais, voltaram às suas casas, surpreendendo as famílias para mais umas horas de afecto e de mais despedidas. Pelas suas casas, continuavam os futuros Cavaleiros do Norte das três companhias operacionais que, avisados em tempo útil, por dois dias adiaram as suas despedidas. Chegou a supor-se, mais por se desejar que por ser possível,  que o BCAV. 8423 já não embarcaria. Embarcou.
- 2 ANIVERSÁRIOS: O dia, para dois futuros combatentes de Zalala, foi tempo para ainda festejarem, em casa e com os seus familiares e amigos, os seus então 22 anos: o 1º. cabo Gonçalves e o soldado Domingues, ambos atira-
dores de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423.
O 1º. cabo Manuel da Costa Gonçalves era da Brandoa, na Amadora, e lá voltou a 9 de Setembro de 1975, no final da sua comissão militar em terras do Uíge angolano. A vida deu-lhe muitas voltas e sabemos que faleceu a 2 de Julho de 2013, aos 61 anos e quando morava no Laranjeiro, em Almada.
Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!
Ramiro Ferreira Domingues é natural de Meirinhas de Baixo, da freguesia de Vermoim, no concelho de Pombal, aonde voltou também a 9 de Setembro de 1975. Mora agora em Alvaiázere, onde hoje festeja 67 anos. Parabéns!

José Gonçalves Nunes e família

Nunes, o Valetas de Zalala,
faleceu em Castelo Branco!

O soldado José Gonçalves Nunes, o Valetas, atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, faleceu a 24 de Maio de 2018. Há um ano e como já aqui demos conta!
Cavaleiro do Norte do 4º. Grupo de Combate, da Companhia da Fazenda de Zalala e comandado pelo alferes miliciano Lains dos Santos, o Nunes regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975 e fixou-se em  Lendiscais, freguesia do concelho de Castelo Branco, onde nasceu a 10 de Junho de 1952. Lá faleceu a 23 de Maio de 2018, de doença e há pouco mais de um ano e em vésperas de chegar aos 66!
Hoje, com imagens (em cima e ao lado), o recordamos com saudade! RIP!!!

Baltazar Brites

Baltazar, sapador da CCS,
em S. João da Pesqueira !

O soldado Baltazar Serafim Brites, da CCS do BCAV. 8423, vive em Sarzedinho, lugar da freguesia de Ervedosa do Douro, no município de S. João da Pesqueira.
Cavaleiro do Norte do Pelotão de Sapadores comandado pelo alferes miliciano Jaime Ribeiro, chegou a ser dado como falecido - cruzes, cruzes, canhoto!... -, mas felizmente está vivo e bem vivo, já aposentado da construção civil, como aqui já demos conta a 15 de Maio de 2019, quando festejou 67 anos. Mourejou por França (ainda antes a jornada africana do norte de Angola) e depois na Suíça - países onde tem os filhos e pelos quais se «divide» a cada meio ano de cada ano.
Hoje, por gentil amabilidade dele mesmo, podemos aqui voltar para o «mos-
trar» são com o pêro e em imagem recentíssima, rigorosamente deste último fim de semana de Maio de 2019, recolhida junto à sede da Junta de Freguesia de Ervedosa do Douro. Parabéns!

4 434 - O dia da (não) partida da CCS do BCAV. 8423 para Angola!

Os furriéis milicianos José Monteiro, Francisco Neto e Viegas, do PELREC da CCS do BCAV. 8423 e espe-
cialistas de Operações Especiais (os Rangers), há 45 anos e na messe do Regimento de Cavalaria nº. 4
(RC4) do Campo Militar de Santa Margarida 

Cavaleiros do Norte em Santa Margarida, há 45 anos e
ambos da 1ª. CCAV. 8423: os futuros furriéis milicianos
Plácido Queirós e Victor Costa

A madrugada de 27 de Maio de 1974 foi de despedida da senhora minha mãe, hoje com a passar dos 98 anos e ao tempo recentemente viúva. Não foi uma despedida trágica, mas muito enotovia. Afinal despedia-se ela do filho mais novo que... ia para a guerra.
O pai do Neto, já com ele no SIMCA 1100 branco, veio buscar-me à aldeia de òis da Ribeira (a minha terra natal) e de lá partimos nós para Santa Margarida e para o RC4, de onde iríamos para Lisboa e para.. Luanda. Por motivo, porém, que nunca conhecemos, a viagem foi adiada dois dias e de Santa Margarida foi o Neto para Lisboa e para os apetites da noite, ficando eu, e muitos outros, pelo RC4. A casa já não valeria a pena voltar,. seria repetir pungentes despedidas.
Ao ficar por Santa Margarida, aguardando a nova data de partida (29 de Maio), tive tempo para leitura da imprensa do dia e saber notícias da Angola para onde iríamos partir. Por exemplo, declarações de Almeida Santos, ministro do Coordenação Inter-Territorial, que em Luanda comentou, sobre a Assembleia Legislativa de Angola, que estava preparado para «apresentar ao Governo Provisório a reestruturação orgânica da Assembleia Legislativa» de Angola.

Notícia sobre o recolher
obrigatório em Luanda

O objectivo, segundo Almeida Santos, era «conferir-lhe maior capacidade legislativa» e , por outro lado, que se extinguissem as anteriores Assembleias e «eleger novos membros».

Recolher obrigatório
em... Luanda !

Um ano depois, imagine-se..., e quando o BCAV. 8423 jornadeava por terras do Uíge angolano, era o MPLA a, em comunicado e referindo-se a Luanda, a capital de Angola, decretar «o recolher obrigatório das 7 horas da noite às 6 horas da manhã».
«Toda e qualquer pessoa ou veículo que seja encon-
trado a circular dentro das horas do recolher obriga-
tório, sem autorização, será imediatamente detido», referia o comunicado do MPLA, um dos três movimentos de libertação de Angola (o do presidente Agostinho Neto), frisando que «qualquer resistência à ordem de recolher será severamente punida». 
Onde estavam, onde andavam, o que faziam as as autoridades portuguesas de Luanda? Nomeadamente as militares? Como reagi(r)am a esta posição do MPLA? A história ainda não julgou os responsáveis desta página da história de Portugal em Angola.

Cardoso de Zalala
faria 67 anos  !

O soldado Rui Manuel Miranda Cardoso, da 1ª. CCAV. 8423, a da fazenda de Zalala, festejaria 67 anos a 27 de Maio de 2019, mas faleceu a 29 de Setembro de 2018.
Atirador de Cavalaria, integrou o grupo de combate do alferes Mário Jorge de Sousa e dos furriéis Victor Costa, Baldy Pereira e Évora Soares. Passou por Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona e regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, ao Bairro do Cerco do Porto, freguesia da Campanhã, no Porto - onde residia. Casou em Paredes e separou-se, pai de um filho advogado, fixando-se no Bloco 1 daquele bairro, onde faleceu, vítima de doença. Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!

Mário Almeida

Almeida de Aldeia Viçosa
67 anos em Oleiros !

Mário Mendes de Almeida foi soldado atirador de Cavalaria da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa e do capitão miliciano José Ma-
nuel Cruz, e festeja 67 anos a 28 de Maio de 2019.
Natural do lugar de Vale de Orvalho, povoação  da freguesia de Estreito, do concelho de Oleiros, lá voltou a 10 de Setembro de 1975, quando terminou a sua comissão militar por terras do norte de Angola. Por lá tem feito a sua vida pessoal e profissional e para lá e para ele vai o nosso abraço de parabéns pela bonita idade que vai festejar!

4 433 - A véspera da partida (adiada) da CCS para Angola!

Cavaleiros do Norte da CCS, três furriéis milicianos de Operações Especiais, os Rangers, que viriam a
 integrar o PELREC do BCAV. 8423, aqui na avenida do Quitexe, depois em Carmona: Monteiro,
Viegas e Neto. Rostos quase imberbes, os de há precisamente 45 anos!!! 

Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, todos mili-
cianos. Os furriéis Victor Costa, Plácido Queirós
e José Louro e, à frente, alferes Lains dos Santos 

O domingo de 26 de Maio de 1974, há 45 anos!!!..., foi dia despedidas dos «ccs´s» do BCAV. 8423,  que no dia seguinte se concen-
trariam no RC4 e viajariam para Lisboa e, daqui, em voo para Luanda. 
Despedidas da família, dos pais, dos irmãos, das namoradas, nalguns casos de mulheres e de filhos, dos amigos, num «adeus que vou para a guerra», que poderia ser para sempre, ninguém sabia! Por isso, com uma envolvência emocional muito forte!  
A leitura da imprensa do dia - que fazíamos sempre muito expectantes... - deu-nos conta, no que Angola se referia às dissidências que originaram a existência dos três movimentos de libertação e, de algum modo, os fragilizavam. «Os movimentos de guerrilha angolanos têm visto as dias opera-
ções militares enfraquecidas pelas dissidências», reportava ao Diário de Lisboa de há 45 anos, frisando também que, além disso e comparativamente a Moçam-
bique (onde só a Frelimo negociava com as autoridades portuguesas), «existe em Angola uma população branca maior e mais poderosamente radicada».
O jornal vespertino de Lisboa sublinhava também que, em Lusaka, alguns observadores notavam que «os problemas que Angola enfrentam são de longe mais espinhosos que os de Moçambique». Era para essa Angola que íamos partir!

Eurípedes Pavanito

Pavanito de Santa Isabel, 67
anos em Alcácer do Sal !

O soldado condutor Pavanito da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, festeja 67 anos a 27 de Maio de 2019!
Eurípedes Jacinto Peralta Pavanito, é este o seu nome comple-
to, regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975, depois de louvado pelo comandante Almeida e Brito,porque «sempre se evidenciou como militar aprumado, brioso e leal».
«Estimado por todos, tem sido extremamente zeloso do material que lhe tem sido confiado, mostrando-se voluntarioso em todas as missões que lhe tem sido distribuídas», frisa o louvor, publicado na Ordem de Serviço nº. 167, ainda enfatizando que era «militar disciplinado e correctíssimo», que «enfrentou, com espírito de missão apreciável, todas as situações vividas pela sua Com-
panhia, sendo digno de ser apontado como exemplo em público louvor».
O Pavanito regressou à sua casa do Bairro das Casas do Povo, em Alcácer do Sal, para onde vai o nosso abraço de parabéns!

José Barbosa

Barbosa de Aldeia Viçosa,
67 anos em Gondomar !

O soldado José dos Santos Barbosa, condutor da 2ª. CCAV. 8423, festeja 67 anos a 27 de Maio de 2019.
Cavaleiro do Norte de Aldeia Viçosa, regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975 e fixou-se na sua natal terra de Fânzeres, em Gondomar, onde ainda reside. O seu nome não consta da lista de embarque desta Companhia - por razões que desconhecemos... -, mas sabemos que con-
tinua a morar na sua Fânzeres natal, estando profissionalmente ligado à Agência Funerária Saramago. Para lá e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!  

4 432 - A necessidade de unificação dos movimentos de libertação de Angola!

O tenente-coronel de Cavalaria Carlos Almeida e Brito, comandante do BCAV. 8423, e os alferes milicia-
nos João Machado, de Operações Especiais, os Rangers (que amanhã festeja 67 anos,  Amadora) e
Jorge Capela, atirador de cavalaria, ambos da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa

Os alferes milicianos António Garcia (falecido a 02/11/1979,
de acidente), Jaime Ribeiro e António Albano Cruz e
o capitão António Oliveira, comandante da CCS

Aos 25 dias de Maio de 1974, antevés-
pera da anunciada (e não concretizada) partida da CCS para Angola, reuniram em Lusaka os presidentes Mobutu Sese Seko (do Zaire), Kenneth Kaunda (da Zâmbia) e Holden Roberto (da FNLA) para «conversações relativas ao futuro de Angola e à nova política portuguesa relativamente as seus territórios em África».
Os temas dominantes, segundo o Diário de Lisboa desse tempo, tinham a ver com «a necessidade de unificação dos movimentos de guerrilheiros» e eram três em Angola, o MPLA, a FNLA e a UNITA - e, por acréscimo, «a boa vontade e prontidão para dar início às conversações sobre a independência, se os termos forem justos e aceitáveis».
A dois dias da partida da CCS, os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 interessavam-se por tudo o que fosse notícias da actualidade angolana. A CCS do capitão António Martins de Oliveira (do SGE), que se viria a aquartelar no Quitexe, assim como as três Companhias operacionais, comandadas por capi-
tães milicianos: a 1ª. CCAV. 8423, de Davide Castro Dias e da Fazenda Zalala; a 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa e de José Manuel Cruz; e a 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel e de José Paulo Fernandes.

João Machado
alferes miliciano

Alferes Machado, 67
anos na Amadora !

O alferes miliciano Machado, da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, festeja 67 anos a 26 de Maio de 2019.
João Francisco Pereira Machado foi especialista de Opera-
ções Especiais (Rangers) e «pelas qualidades demonstradas no decurso da sua comissão de serviço na RMA» foi louvado pelo Comando Territorial de Carmona, por proposta do tenente-coronel Carlos Almeida e Brito, comandante do BCAV. 8423.
O louvor refere as suas funções de comandante de um Grupo de Combate da 2ª. CCAV. 8423 e «posteriormente como adjunto do comandante de Compa-
nhia», sublinhando que «cotou-se como um bom oficial (...), de elevado senti-
do de servir e de extrema dedicação», nomeadamente, precisa o documento,  «merecendo destaque a sua actuação no decurso dos graves incidentes vividos na cidade de Carmona no mês de Junho».
O alferes João Machado regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, fixando-se em Lisboa, depois fazendo carreira profissional como quadro da Autoridade Tributária (Finanças). Já aposentado, mora agora na Amadora, para onde vai o nosso abraço de parabéns!  

Fazenda Santa Isabel

Oliveira de Santa Isabel,
67 anos em Guimarães !

O soldado Fernando da Silva Oliveira, apontador de morteiros da 3ª. CCAV. 8423, comemora 67 anos a 26 de Maio de 2019.
Cavaleiro do Norte da Fazenda Santa Isabel, depois do Quitexe e de Carmona, do comando do capitão miliciano José Paulo Fernandes, regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975, fixando-se em Sub-Estrada, da freguesia de Nespereira, em Guimarães. É lá que vive e é para a que vai o nosso abraço de parabéns!

4 431 - Angola: «s caminhos do futuro, necessariamente os caminhos da paz»

O BC12 em momento de render da parada. O soldado clarim José Caetano é o segundo a contar da es-
querda e festeja 67 anos a 25 de Maio de 2019. Reconhecem-se, também, os furriéis António José Cruz (a
 seguir a Caetano) e João Peixoto (à direita), o alferes António Cruz, à frente, e o 1º. sargento Luzia (atrás) 

A Casa dos Furriéis, à esquerda, e secretaria da CCS
dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, no Quitexe

A sexta-feira de 24 de Maio de 1974 foi tempo de mais notícias de Angola, para onde a CCS iria partir a 27, a segunda-feira  seguinte. Seria, afinal, no dia 29 desse mês de há 45 anos!
A imprensa do dia noticiava a chegada, a Lusaka e no dia seguinte, de Mobutu Sese Seko, presidente do Zaire da Organização de Unidade Africana (OUA), que lá iria reunir com Julyis Nyerere, presidente da Tanzânia, e Holden Roberto, líder da FNLA, para analisar a situação política de Angola. A Luanda e no dia 23 de há 45 anos, chegava António Almeida Santos, ministro português da Coordenação Inter-Territorial, que viajava da Beira (Moçambique) e «recebido por uma grande multidão, incluindo dirigentes militares, civis, políticos e homens de negócios, tanto brancos como negros».
«É preciso que todos nos ajudemos uns aos outros a construir os caminhos do futuro, que são necessariamente os caminhos da paz», disse Almeida Santos, na sua chegada a Luanda.
Era para essa Angola que os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 faziam vésperas de partida. Há 45 anos! O tempo voou!

O soldado clarim José Caetano e o furriel Viegas
no estádio do Bessa e Agosto de 2016

Caetano, clarim da CCS,
67 anos em VN de Gaia !

O soldado clarim Caetano, da CCS dos Cava-
leiros do Norte do BCAV. 8423, festeja 67 anos a 25 de Maio de 2019, repetindo os mesmos anos de 10 de Abril: respectivamente, os dias de nascimento e de registo.
José António Cardoso Caetano, de seu nome completo, é oriundo da cidade do Porto e lá voltou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa) comis-
são militar em Angola, por terras do Uíge. Já aposentado, mora agora em Vila Nova de Gaia, na Rua das Oliveiras, para onde vai o nosso abraço de parabéns. A dobrar, no seu caso!

A Fazenda Santa Isabel

Ferrão, cozinheiro de Santa
Isabel, 67 anos em Seia !

O soldado cozinheiro Mário Jorge da Costa Ferrão, da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, festeja 67 anos a 26 de Maio de 2019.
Cavaleiro do Norte da Companhia comandada pelo capitão miliciano José Paulo Fernandes, também jornadeou pela vila do Quitexe e cidade de Car-
mona, tendo regressado a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975, no final da sua comissão militar africana por terras do norte de Angola. Morador em Pa-
ranhos da Beira, no município serrano de Seia, para lá «cozinhamos» o nosso abraço de parabéns!

4 430 - Cavaleiros a expectar sobre Angola, a dias do embarque!

Cavaleiros do Norte de Zalala. À frente, os furriéis milicianos José Nascimento, Américo Rodrigues (falecido,
 de doença, a 31/08/2018, em VN de Famalicão) e Manuel Dinis Dias (f. a 20/10/2022, em Lisboa e de doen-
ça). Ao meio, o 1º. cabo Carlos Ferreira (ausente em Moçambique) e os furriéis milicianos Jorge Barata (f.
a 10/10/1997, de doença e em Alcains) e José Louro. E os dois, mais atrás?

Os furriéis Viegas e Neto, ambos de Operações Especiais
(Rangers),no jardim do Quitexe, em 1974/1975

BCAV. 8423

A poucos dias do em-
barque para Angola, e ainda sem se saber o destino local, as aten-
ções dos futuros Cava-
leiros do Norte do BCAV. 8423 estavam concentradas nas notícias que de lá chegavam. Na quarta-feira de 23 de Maio de 1974, por exemplo, as Forças Armadas Portuguesas desmentiam um comunicado do MPLA.
O Comando-Chefe das Forças Armadas de Angola, na verdade e  segundo o Diário de Lisboa de há 45 anos, que citamos (ver imagem ao lado), «desmentiu categoricamente» uma informação divulgada por uma agência noti-
ciosa estrangeira, citando o movimento de Agostinho Neto e segundo a qual «as forças portuguesas teriam sofrido uma emboscada, em Cabinda, com 11 mortos e 12 feridos». O que não era verdade.
O Comando Chefe das Forças Armadas em Angola acrescentava que «desde o dia 25 de Abril, as nossas forças tiveram alguns (poucos) feridos» no Enclave de Cabinda e mesmo estes «em consequência do accionamento de minas anti-pessoal e em três ocasiões diferentes».

A Fazenda de Zalala, onde esteve aquartelada
a 1ª. CCAV. 8423 dos Cavaleiros do Norte 

Nunes, o Valetas de Zalala,
faleceu em Castelo Branco!

José Gonçalves Nunes, o Valetas, foi atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423 e faleceu a 24 de Maio de 2018. Há um ano!
Cavaleiro do Norte de Zalala, integrou o 4º. Gru-
po de Combate, comandado pelo alferes mili-
ciano Lains dos Santos com os furriéis Améri-
co joaquim Rodrigues e Jorge António Barata (ambos já falecidos) e José Louro. Regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975 e fixou-se em  Lendiscais, freguesia de Castelo Branco, onde nasceu a 10 de Junho de 1952.
Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!

Manuel A. Nunes
o Amarante

Amarante, o sapador,
faleceu há 19 anos !

Manuel Augusto Nunes, soldado da CCS do BCAV. 8423, faleceu há precisamente 19 anos. De doença e a 24 de Maio de 2000.
Sapador de especialidade e por lá popularizado como Amarante, a sua terra natal, lá voltou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua jornada africana do norte angolano do Uíge. Fixou-se em Telões e por lá fez vida, casado mas sem filhos, falecendo de doença na sua casa de Estradinha de Telões - onde nascera a 6 de Fevereiro de 1952. Aos 48 anos! Hoje o recordamos com saudade. RIP!!! 

4 429 - A epopeia do Baltazar Brites para estar com os Cavaleiros do Norte

Baltazar Serafim Brites, soldado sapador dos cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 e
ajudante da cozinha da Messe de Oficiais da CCS do BCAV. 8423

O Baltazar, sapador da CCS, foi aqui re-cordado há dias, falámos com ele, entretanto, e pode-
mos hoje lembrar as memórias vi-
suais deste nosso companheiro da jornada africana do norte uíjano de An-
gola. Aqui o vemos, numa foto de al-

Alberto Ferreira, quarteleiro da CCS, que amanhã
 festeja 67 anos, 1º. cabo Rodolfo Tomás e Costa,
 Cavaleiros do Norte no Quitexe

gum momento de 1974/1975, numa qualquer fazenda do nosso saudoso e uíjano Quitexe angolano.
Baltazar Serafim Brites, é dele que falamos, regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, ao seu Sarzedinho natal, a 11 quilómetros de Ervedosa do Douro, a sua freguesia do trans-
montano município de S. João da Pesqueira. Por lá esteve algum tempo e voltou à emigração, cuja vida já conhecera antes do serviço militar, quando mourejou por terras de França.
Viandou, depois, para a Suíça e pela Europa foi construindo família. É pai de dois rapazes e de uma rapariga; um deles a trabalhar em França, os dois outros na Suíça. Avô de 5 netos.  
O Baltazar, pelo efeito da emigração, não te estado no encontros da CCS. Es-
teve no do Pombal, em 1996, depois de epopeica viagem de comboio. «Entrei no Pinhão, até ao Porto e daqui até a Pombal. E fiz a viagem de regresso, para aí umas 6 horas para cada lado». Uma epopeica viagem para, já há 23 anos, reencontrar companheiros da jornada africana de Angola. Memorável! Este ano não poderá estar connosco, por estar em França. «Quero ver se para o ano estou...», disse-nos o Baltazar.

Os 1ºs. cabos Miguel Teixeira, escriturário e co-
laborador da Messe de Oficiais, e José Maria
Almeida, chefe da cozinha da dita do Quitexe

Albino Dias

Da messe de oficiais
ao encontro do Pombal! 

O Baltazar já está reformado e divi-
de o seu tempo entre a França/Suí-
ça e Portugal, onde regulamente vem para «tratar das vinhas e das coisa que por cá tenho». 
A memória desfiou-se, ao sapador Baltazar, re-cuando ao Quitexe onde, em 1974 e 1975, além das tarefas de sapador, tam-
bém, esteve na messe de oficiais, servindo como ajudante de cozinheiro. «Era o Almeida, já o procurei no Algarve...», disse o Baltazar, referindo-se ao 1º. cabo José Maria Antunes de Almeida. E não esquecendo, também, o 1º. cabo Miguel Teixeira, agora a morar na Senhora da Hora, que na messe também serviu, para além da sua especialidade de escriturário.
E o Albino Dias, também sapador de Oliveira de Azeméis e auxiliar da cozinha dos oficiais: «Tinha ataque epilépticos, quando lhe davam tínhamos de rapida-
mente lhe pôr uma toalha na boca, para não o ajudar, e fazer muita força para o segurar», lembra-se o Baltazar Serafim Brites, precisando também que «veio mais cedo para Portugal, por causa da doença».

Alberto Ferreira

Ferreira da CCS, 67
anos em Almeida !

O Ferreira, soldado do PELREC da CCS do BCAV. 8423, festeja 67 anos a 23 de Maio de 2019 e em Almada.
Alberto dos Santos Ferreira foi atirador de Cavalaria e essa espe-
cialidade cumpriu generosa e garbosamente. Acumulou com as funções de quarteleiro do depósito de géneros, desempenhando-as com «mui-
to acerto, honestidade e maior boa vontade, de forma que, nas conferências mensais do armazém, nunca foram notadas quaisquer anormalidades».
Regressou a Portugal a 8 de Dezembro de 1975 e fixou-se na Quinta da Canei-
ra, da Sobreda, em Almada, para onde vai o nosso abraço de parabéns!