CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 31 de julho de 2018

4 203 - Comandos e camiões para a evacuação de Carmona!

Cavaleiros do Norte em hora de refeiçoar, na cantina do Quitexe. Da esquerda para a direita e fila da direita,
Gaiteiro, Serra-. 1º. cabo Malheiro, Aurélio (Barbeiro), 1º. cabo Mendes (de óculos), Miguel (condutor) e...? 
Na segunda fila, 1º. cabo Monteiro (Gasolinas, de bigode), Cabrita, Calçada, NN (sapador?), NN, NN e
Florêncio (de bigode). De frente, quem serão eles?


Furriéis milicianos da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa
Isabel: António Flora (atirador), Agostinho Belo (vago-
mestre, António Fernandes e Alcides Ricardo (atiradores)
A operação de saída dos Cavaleiros do Norte, de Carmona para Luanda, «começou a materializar-se no dia 31 de Julho de 1975, com a chegada de viaturas e tropas de reforço».
Ao BC12 chegaram várias viaturas pesadas e uma Companhia de Comandos, que iria acompanhar a coluna que se preparava para a rotação. E uma de paraquedistas, que se aquartelou na Base Aérea do Negage.
A de Comandos tinha a particularidade de integrar, agora com a patente de alferes, um furriel que conheceramos em Lamego, dois anos antes - durante a dura especialização em Operações Especiais, os Rangers. Nós em Penude, ele(s) na Cruz Alta.
Era o alferes Manuel António Infante, natural de Alcains e promovido por mérito, um dos voluntários do Regimento de Comandos da Amadora que, «convocados» pelo coronel Jaime Neves, se disponibilizaram para ir a Angola. A voltar, alguns.
O advogado Nuno Neves, então furriel miliciano «comando», da 42ª. CC, já regressado a Portugal, foi um dos voluntários mas não chegou a ir. «Foram tantos os voluntários que se formavam duas companhias», disse-nos ele, explicando que essa CC nem terá tido número atribuído.
Foi essa CC que, integrando o alferes Infante - com  quem demoradamente falámos na parada do BC12 e também na cidade - que se apresentou em Carmona a 31 de Julho de 1975 e depois, a 4 de Agosto, foi a retaguarda da gigantesca coluna militar do adeus à capital do Uíge.
O então alferes Manuel António Martins Infante teve sucessivas promoções na sua carreira militar, de 46 anos, 6 meses e 8 dias de serviço, passando à reserva no dia 9 de Abril de 2006, com a patente de tenente-coronel, segundo o Despacho 18214/2007.
O Comando do Sector do Uíge (CSU) e da
Zona Militar Norte (ZMN) em Carmona

Comandante Almeida e Brito
no Comando do Sector !

O comandante Carlos Almeida e Brito, exacta-
mente um ano antes, dia 31 de Julho de 1974, deslocou-se a Carmona, para uma reunião de trabalho no Comando do Sector do Uíge.
O objectivo era «o estabelecimento de contac-
tos operacionais» e no seguimento de iguais encontros dos dias 14 e 17 desse mês de há precisamente 44 anos. Ao tempo, os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, ainda praticamente «debutantes» da guerra colonial, estavam para concluir o seu segundo mês de jornada angolana do Uíge.
O quartel de Aldeia Viçosa
fotografado em  2012


Salcedas da 2ª. CCAV.
faleceu há 12 anos !

O 1º. cabo João Duarte Salcedas, atirador de Cavalaria da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, faleceu há 12 anos!
Natural do lugar de Aldeia do Carvalho, da freguesia e concelho da Covilhã, lá voltou a 10 de Setembro de 1975, no final da sua comissão de serviço nas terras do Uíge angolano. Pouco dele sabemos, depois disso, apenas que faleceu a 31 de Julho de 2006, na povoação de Sítio do Loureiro da Moita, da mesma freguesia covilhanense. 
Hoje o recordamos com saudade. RIP!!!

segunda-feira, 30 de julho de 2018

4 202 - O saber oficial da rotação dos Cavaleiros para Luanda!

Cavaleiros do Norte da CC no encontro de 2017, no RC4: António da Con-
ceição Simões, mecânico (que amanhã festeja 66 anos, em Figueiró dos Vi-
 nhos), condutor Delfim Serra, mecânico António Pereira (que faleceu a 21
 de Fevereiro de 2018, em Mação) e 1º. cabo Domingos Teixeira (estofador)

Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viço-
sa: os furriéis milicianos Gomes (?), Martins e Matos
 (de garrafão na mão), outro a tocar viola e um quarto,
que parece ser o Rebelo. Será?

A rotação do BCAV. 8423 para Luanda foi oficialmente comunicada à FNLA a 30 de Julho de 1975, no decorrer de mais uma reunião do Estado Maior Unificado - que incluía oficiais das Forças Armadas Portuguesas e representantes dos movimentos de libertação.
Ao tempo, não esqueçamos, estava em desenvolvimento o projecto de Exército Nacional de Angola, a partir das Forças Militares Mistas - cuja 1ª. Companhia se formava em Carmona, integrando ele-
mentos da FNLA e da UNITA - este mo-
Forças Mistas da 1ª. Companhia, a que há 43 anos se
formava em Carmona, no BC12 e com os Cavaleiros
do Norte, para o futuro Exército Nacional de Angola
vimento com pouquíssima representação no Uíge e o MPLA completamente fora desta ideia formadora, depois de ter sido militarmente expulso da região, após dos combates da primeira semana de Junho.
Como hoje se sabe, tal projecto não foi por diante.
Expectantes, ao tempo e quanto ao seu futuro próximo, os Cavaleiros do Norte riscavam os dias do calendário e manti-
O Rádio Clube do Uíge, em
frente ao Cinema Moreno
nham a sua postura de total empenhamento na defesa da segurança de pessoas e bens. A todo o custo. Com garbo e coragem! Sem medos, noite e dia e sem descansos!
Foi por estes dias que, chamado a intervir num assalto a residências das imediações do Cinema Moreno e do Rá-
dio Clube do Uíge, o PELREC se altercou com homens da FNLA (a assaltare e roubar o recheio das habitações de brancos europeus), tendo estes chegado a apontar bazucas aos jovens mas destemidos  Cavaleiros do Norte, ameaçando-os de morte.
O bom-senso, a serenidade e a coragem (por que não dizê-lo?...) dos jovens militares portugueses evitaram o pior, numa situação bem fragilizante para os civis que tanto odiavam as NT. E não se escondia de o dizer publicamente.
António Simões

Simões do Parque-Auto, 66
anos em Figueiró dos Vinhos!

O mecânico-auto Simões, da CCS dos Cavaleiros do Norte, festeja 66 anos a 31 de Julho de 2018. Em Figueiró dos Vinhos.
António da Conceição Simões integrou o pelotão do Parque-Auto, comandado pelo alferes miliciano António Albano Cruz, e regres-
sou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, a Vale dos Rios, lugar da freguesia e concelho de Figueiró dos Vinhos. Fez carreira profissional na GNR e, agora já aposentado, continua a viver na sua terra natal, sendo participante habitual do encontros da CCS!
Parabéns!

domingo, 29 de julho de 2018

4 201 - Cumprir a missão descolonizadora, as populações europeias do Uíge!

Oficiais do BCAV. 8423, na messe do Quitexe: tenente Acácio Luz, alferes
milicianos Jaime Ribeiro e José Leonel Hermida, tenente João Mora, alfe-
 res miliciano António Albano Cruz, capitão António Oliveira, alferes mili-
ciano Honório Campos (médico) e capitão miliciano Manuel Leal (médico) 

O comandante Bundula, da FNLA, o capitão José Manuel
Cruz (comandante da 2ª. CCAV. 8423), um dirigente da
 FNLA, capitão José Paulo Fernandes (3ª. CCAV. 8423) e
um elemento da administração civil de Aldeia Viçosa

A saída do BCAV. 8423 de Carmona e do Uíge foi decidida no final da reunião dos Comandos Militares Portugueses com «elementos do QG/RMA». Que começou a 28 e terminou a 29 de Julho de 1975. Há 43 anos. 
O livro «Segredos da Descolonização de Angola», de Alexandra Marques (que citamos), historia que, nessa data, «Car-
mona e Negage seriam evacuadas de-
pois da coluna de socorro ali estacionar algum tempo» e sabiam os Cavaleiros 
do Norte, por experiência própria e no terreno, que a FNLA e o seu Exército de Libertação Nacional de Angola (o ELNA) iriam dificultar a saída das populações bran-
cas. As ameaças eram constantes, dia e noite, e sabiam a rai-
vas, vingança e ódios ressentidos. Muitas vezes foram as NT ofendidas - ora pelos «fnla´s» ora pela comunidade civil branca e europeia. Importava, porém e a troco de que sacrifícios e ris-
cos fossem, «cumprir a missão que nos estava sendo imposta no processo de descolonização», como refere o livro «História da Unidade», acrescentando que nos combatentes do BCAV. 8423, «estava verdadeiramente imbuído o sentido de grandeza próprio do consciente e desinteressado e leal desejo de cumprir». Cumprimos até ao fim!
Agora, de resto e 43 anos depois, nenhuma dúvida há sobre a generosidade e bravura, o desprendimento com que, nesses dificílimos e dramáticos dias uí-
janos, os Cavaleiros do Norte honraram a farda e a Bandeira de Portugal, aju-
dando milhares de pessoas a defenderem a sua vida e os seus bens. De qual-
quer raça que fosse, qualquer cor ou credo político ou religioso.
Alexandra Marques, au-
tora do livro «Segredos
da Descolonização de
Angola»

As populações
europeias do Uíge!

A recomendação do Alto Comissário de Angola, através do Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas de Angola, foi preciso: que não fosse esquecida «a situação das populações europeias do distrito do Uíge, cuja saída o ELNA estava a dificultar».
Dificultou, na verdade, mas a 4 de Agosto, quando arrancou a fortíssima coluna militar, de Carmona e a caminho de Luanda, acoplararam-se centenas e centenas de viaturas de civis, que dias depois chegaram sãos e salvos à capital an-
golana. Contra a vontade e ameaças da FNLA e do seu ELNA.
O estado emocional dos bravos Cavaleiros do Norte não era o melhor, não era!..., mas nunca recuaram eles e não hesitaram alguma vez em, até ao último momento, arriscar a própria vida por uma causa e uma guerra que não eram suas, eram já entre os movimentos de libertação.
Carmona, nestes dias de há 43 anos, era, apesar de tudo, uma cidade minima-
mente tranquila. Os serviços públicos  e comércio funcionavam, os bares e restaurantes, a vida nocturna, a actividade empresarial, tudo.
Bem perto, em Salazar (actual N´Dalatando), registavam-se confrontos e sa-
ques, tendo a população abandonado a cidade. O mesmo aconteceu em Novo Redondo, ma Gabela, no Andulo e Pereira d´Eça, em Malanje e Henrique de Carvalho - cidades que, de novo citando o livro «Segredos da Descolonização de Angola», ficaram «praticamente desertas».
Não era o caso de Carmona, onde a vida bulia, apesar de tudo! Dia e noite!
O tenente João Mora e os fur-
riéis milicianos Neto e Viegas
na avenida do Quitexe (1974)

Tenente João Mora
nasceu há 92 anos!

O tenente João Mora, do SGE e adjunto do comandante da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, nasceu há 92 anos. Faleceu a 21 de Abril de 2003.
João Elóy Borges da Cunha Mora nasceu no Pombal, a 30 de Julho de 1926, e, profissionalmente, seguiu a carreira militar. Apresentou-se como alferes SGE no RC4, em Santa Margarida, mas foi promovido a tenente na data do embarque para Angola. Era, entre a guarnição quitexana, conhecido como Tenente Palinhas - por sempre exigir a palada de saudação militar. Não a fizessem os subordinados, fá-la-ia ele, sempre - a tal eles obrigado. Para An-
gola seguiu também a esposa, uma senhora indiana (cujo nome se perdeu na memória e não sabemos se será viva). Continuou a carreira militar e sabemos que, de doença, faleceu em Lisboa, a 21 de Abril de 2003.
Hoje o recordamos com saudade, fazendo memória a nossa comum jornada africana do Uíge angolano, entre Maio de 1974 e Setembro 1975. RIP!!!

sábado, 28 de julho de 2018

4 200 - O iniciar do adeus ao Uíge; Cavaleiros e Morteiros na Chandragoa!

Fazenda Chandragoa: a residência e o fortim. Ali estiveram os Cavaleiros
do Norte a 25 de Julho de 1974, em visita liderada pelo comandante Almeida e
Brito. Administrada pelo sócio José Silva, era fornecedora dos Cavaleiros do
Norte. Principalmente do famoso peixe tilápia, para grelhados

A Fazenda Chandragoa: um grupo de assalariados
 e as suas residências
Zeca Silva nos
tempos do Quitexe


Aos Cavaleiros do Norte chegou correio de Zeca Silva, que foi contempo-
râneo da CCS no Quitexe, filho de José Silva, que foi sócio-gerente da Fa-
zenda Chandragoa e ele contemporâneo da CCS no Quitexe, onde se passeava da Land Rover azul e sempre com um pastor alemão todo preto.
Descrição: Resultado de imagem para tilápia
O famoso tilápia
«Quando vivi  no Quitexe, o meu pai chegou a fornecer aos militares de lá e por diversas vezes, o famoso peixe tilápia, do qual éramos produtores. Não me lembro se aconteceu com o BCAV. 8423, mas tenho a certeza que entre 1970 e 1974, foram oferecidos aos militares do Quitexe, várias centenas de quilos», diz Zeca Silva.
A OPVDCA, por esse tempo, ia à Chandragoa buscar cerca de 20 kgs. de peixe de 15 em 15 dias. «Era eu que as apanhava com uma tarrafa, nos 5 tanques de produção que tínhamos, feitos em terra e com 100x80x1,5 metros cada», acrescentou Zeca Silva, precisando que o falecido comandante (Fernandes?) da OPVDCA, «tinha estado na fazenda a comer tilápias grelhadas, dois ou três dias antes do trágico acidente com uma granada».

José Silva, só-
cio-gerente da
Chandragoa 

O alferes João Leite,
comandante do Pelotão
de Morteiros n4281
Morteiros do 4281
na Chandragoa !

O Pelotão de Morteiros 4281, comandado pelo alferes miliciano João Leite, ia à fazenda (considerada ponto estratégico) com alguma assiduidade, para lançar algumas granadas e depois, recorda-se Zeca Silva, «comíamos as famosas tilápias grelhadas».
Manuel José C. da Silva, o Zeca, concluiu o 5º. ano do curso industrial em Carmona e ainda se aventurou no curso de regente agrícola no Tchivinguiro, mas foi atraído para os negócios da família na fazenda de 2 850 hectares, que produzia cerca de 700 toneladas de café por ano.
A Família Silva era originária da Valpaços e radicou-se no Quitexe em 1970 mas já era uíjana desde 1955. Em Carmona, tinha sapatarias na Rua do Comércio (frente à Ourivesaria Cunha), na Avenida Portugal (frente ao Bar do Eugénio) e na Rua da República (próximo do Tribunal).
C. Almeida e Brito
cmdt. do BCAV. 8423

Reuniões no QG
para ir de Carmona!

O comandante Almeida e Brito reuniu-se a 28 de Julho de 1975, com quadros superiores do Quartel General (QG) da Região Militar de Angola (RMA), para «montar a operação de saída de Carmona». Saída do BCAV. 8423.
Já se sabia a data do adeus ao Uíge: «a partir de 3 de Agosto». E sabia-se também que «essa saída não se adivinhava fácil», como se lê no livro «História da Unidade». 
A reunião de trabalho prolongou-se para o dia 29 e seguiu-se a uma primeira, no dia 23, «de modo a obter os meios necessários
à execução de tal operação».
Um ano antes Almeida e Brito visitara a CCAÇ. 4145, aquartelada em Vista Alegre, e no memso dia 28 de Julho de 1974, a 1ª. CCART. do BART. 6322, do COTI 2, rodou do Subsector do Quitexe para Luanda (supomos).



sexta-feira, 27 de julho de 2018

4 199 - A mensagem do Presidente Spínola chegou ao Uíge dos Cavaleiros do Norte!

º
Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa: os furriéis milicianos
 José Gomes, NN (tapado), António Artur Guedes, Mário Marcos (de garrafão
na mão), Amorim Martins (de bigode) e  o soldado clarim Alexandre Pereira
 
O 1º. cabo Fernando Manuel Soares, que
faleceu em Março/Abril deste ano, e o
Francisco Madaleno, ambos Cavaleiros
do Norte do PELREC da CCS
General António
de Spínola


Os dias do Uíge de há 44 anos, a 27 de Julho de 1974, foram tempo de se conhecer a mensagem do Presidente da República, que era o general António de Spínola, no sentido de «especialmente garantir a segurança da população e capacidade de construir uma Angola nove e independente, em ambiente de paz e fraternidade».
O ponto 2 da mensagem referia que «acções contra bandos armados que possam ainda (ser) hostis são limitadas a defesa própria e a preservar a vida e bens dos habitantes pacíficos, devendo, neste caso, serem usadas, se necessário,, as maiores determinações e firmeza».
Assim faziam os Cavaleiros do Note nas suas acções em terras uíjana, fosse em operações na mata (cada vez mais raras), ou em escoltas e patrulhamentos na sua Zona de Acção e a partir dos aquartelamentos do Quitexe, de Zalala, de Aldeia Viçosa e Santa Isabel (do BCAV. 8423), da Fazenda Liberato (CCAÇ. 201/RI 21) e Vista Alegre (CCAÇ. 4145). Ou dos Destacamentos activos, por exemplo de Luísa Maria!
«Angola terá de orgulhar-se da acção das Forças Armadas no auxílio à cons-
trução do seu futuro e estas deverão mostrar toda a sua coragem, disciplina e e capacidade, de forma a manter intacto o seu prestígio tão duramente alcan-
çado», sublinhava a mensagem de António de Spínola.

Cardoso, atirador, 66
anos em Lisboa!

Carlos Alberto Cardoso foi mobilizado para Angola, como atirador de Cavalaria da CCS do BCAV. 8423, e festeja 66 anos a 27 de Julho de 2018.
Seria um futuro Cavaleiro do Norte do PELREC, com base no nosso saudoso Quitexe,  mas não chegou a partir para Angola, por ter sido «julgado incapaz», para o serviço militar - por razões que desconhecemos. Dele não temos notí-
cias desde esse tempo de 1974, e já lá vão 44 anos!... -, mas sabemos que reside na cidade de Lisboa, na zona de Alvalade (em S. João de Brito), para onde vai o nosso abraço de parabéns!

quinta-feira, 26 de julho de 2018

4 198 - Comandante em A. Viçosa e Minervina; colunas de volta a Carmona!

O furriel miliciano Viegas, crianças do Talambanza e o soldado António
 Santana Cabrita, algarvio do Alvor e um dos Cavaleiros do Norte da CCS
que, há 44 anos, integrou as Aulas Regimentais do BCAV. 8423, conclu-
indo, com aproveitamento a 4ª. classe do ensino primário 
O Cabrita, sempre impecável, aqui ao balcão do bar da mes-
se de sargentos da CCS do BCAV. 8423 (antes, de oficiais),
no Bairro Montanha Pinto, em Carmona



O comandante Carlos Almeida e Brito continuou,a  16 de Julho de 1974, as suas actividades de «acção psicológica» e de esclarecimento do programa do MFA para a descolonização de Angola. Desta vez, na Fazenda Minervina.
O dia de há 44 anos foi também tempo para mais uma reunião com as popu-
lações e autoridades locais, desta feita com as da vila de Aldeia Viçosa, onde se aquartelava a 2ª. CCAV. 8423, que era comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz. 
Ainda na área da acção psicológica, podemos recordar que, por esse tempo, já decorriam «as aulas regimentais em todas as subunidades». Esta acção era primordialmente importante para os soldados sem a 4ª. classe (o actual 4º. ano escolar) e que dela precisavam para, por exemplo, tirar a carta de condução.
A carta de condução, pelos valores desse tempo de há 44 anos, e anteriores, era profundamente importante para os combatentes que, regressados a Portu-
gal e em posse dela, passavam a dispor de um importante instrumento de tra-
balho. Nomeadamente, para condutores - até de longo curso.
É deste tempo a 4ª. classe do António Santa Cabrita, sem especialidade (era
O edifício da administração portuguesa do
Quitexe já no tempo da Angola indepen-
dente e com a Bandeira Angolana
soldado básico), que tal exame ambicionava para tirar a carta de mestre de de embarcação - o que conseguiria. Viria a fazer vida profissio-
nal no mar, chegando a ser proprietário de um barco de pesca registado em Cascais. 

Coluna a Salazar
de volta a Carmona

A sucessão de incidentes, um pouco por todo o território angolano - opondo forças dos três movimentos, particularmente entre MPLA e FNLA - ia fragilizando a confiança da população, principalmente da branca e europeia.
Por Carmona e Uíge fora, ainda assim, a situação era minimamente controlada pela esforçada e sacrificada acção dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
De tal modo que, depois da reunião dos comandos militares portugueses com a FNLA (a de 23 de Julho) e «desanuviado ligeiramente o ambiente, conseguiu realizar-se, a 25 de Julho, a desejada coluna a Salazar, fazendo-se o seu regresso no dia 26», tal como, de acordo com o Livro «História da Unidade», «o do pessoal que tínhamos em Luanda».
Era pessoal da 1ª. CCAV. e da 2ª. CCAV. 8423, que lá se deslocara em serviço. 
A Administração do Concelho do Quitexe,
vendo-se hasteada a Bandeira Portuguesa

Quitexe dos Dembos
para o Uíge !

O Quitexe estava, antes de 1961, integrado no concelho dos Dembos, com sede no Quibaxe. A 26 de Julho de 1962, passou a pertencer ao do Dange, recuperando o estatuto de cabeça de circunscrição. Na prática, na sede do município do Dange - que fora criado pela Portaria nº 11740, de 26 de Julho de 1961.
Até aí, pertencia ao Distrito do Quanza Norte. 
O brasão do Quitexe
dantes de ser vila
Passou para o do Uíge.
A reorganização administrativa desse tempo levou a que se juntassem os postos administrativos do Quitexe e do Dange. Este, desanexado do concelho de Dembos (com sede no Quibaxe), aquele do de Ambaca (com capital administrativa em Camabatela.
O concelho do Dange e para além da vila do Quitexe, incluía os postos administrativos de Aldeia Viçosa e Vista Alegre (então criados) e o de Cambamba (que era sede do posto do Dange). Aldeia Viçosa onde se aquartelou a 2ª. CCAV. 8423. Vista Alegre onde estava a CCAÇ. 4145, depois substituída pela 1ª. CCAV. 8423 (a partir de 21 de Novembro de 1974), a da Fazenda Zalala e do capitão Castro Dias.
Aqui fica, 56 anos depois, um pouco de história da vila do Uíge angolano que os Cavaleiros do Norte tem na sua memória e imensa saudade!

quarta-feira, 25 de julho de 2018

4 197 - Almeida e Brito nas Fazendas, o Dia do Exército!

Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, todos furriéis
 milicianos: Jesuíno Pinto (falecido, de doença, a 5 de Maio de 2017, em
Parada de Gatim, Vila Verde), José Gomes, Carlos Letras e Amorim Martins 
Fazenda Chandragoa, perto do Quitexe, que o comandante
Carlos Almeida e Brito visitou a 25 de Julho de 1974, há
precisamente 44 anos. O tempo voou! A imagem mostra
o fortim e residência do administrador Silva


A reunião dos comandos militares portugueses de Carmona com os dirigentes da FNLA, a de 23 de Julho de 1975, «desanuviou ligeiramente o ambiente» e, finalmente, «conseguiu realizar-se, a 25 de Julho, a desejada coluna a Salazar, em terceira tentativa».
Hoje se fazem 43 anos!
O livro «História da Unidade» - o BCAV. 8423! - , de que nos socorremos, dá con-
ta que tal permitiu, também, que se fi-
Algumas fazendas do Quitexe, há
44 anos visitadas pelo BCAV. 8423
Silva, sócio-geren-
te da Chandragoa
zesse «o seu regresso e o do pessoal que tínhamos em Luanda». Neste caso, já no dia 26 do mesmo mês - amanhã se passarão 43 anos. O tempo voou!
Um ano antes, a 25 de Julho de 1974, precisamente, o comandante Carlos Almeida e Brito, no âmbito das acti-
vidades de acção psicológica, deslocou-se às fazendas Guerra & Compamhia, Chandragoa, Buzinaria e Isabel Maria, fazendo-se acompanhar pelas «autoridades administrativas e eclesiásticas do Quitexe». Seguramente o padre Albino Capela, responsável pela Missão Católica da vila, e provavelmente o administrador Galina - que, ao tempo, interinamente substituía Octávio Pimentel Teixeira.
A Fazenda Chandragoa ficava oito/nove quilómetros do Quitexe, muito perto, pois...., logo depois da Guerra & Cia, passando pela Isabel Maria, a Pacheco, a Quinta das Arcas (do dr. Assureira), a Bela Encoge. À frente, a Maria Amélia.
O Zeca Silva, então jovem estudante do Quitexe e filho dono e gerente, o sr. Silva, mandou-nos imagens de lá, há 4 anos, mas que hoje voltamos a editar.
A visita enquadrou-se no plano de acção psicológica e de esclarecimento da situação, tendo em conta o processo de descolonização de Angola e, na Chandragoa foi recebido elo sr. Silva, que era sócio-gerente.
Zeca Silva, então com 19/20 anos, filho do
sr. Silva, sócio gerente da Chandragoa

Dia do Exército
no Quitexe !

O BCAV. 8423 comemorou o Dia do Exército a 25 de Julho de há 44 anos, no Quitexe, com «cerimónias simples».
A 21, celebrara-se o Dia da Cavalaria, neste caso fazendo-se memória do patrono, Mouzinho de Albuquerque, que «tantos e tão bons exemplos deu à Pátria». 

«Deveria ser um dia festivo, um dia em que todos os cavaleiros, em confraternização, vivessem, essas horas e meditassem no passado, para se orientarem no futuro», lê-se no HdU.
Ao momento de então, acrescenta o HdU, «não seria fácil realizar essa reunião e, como tal, limita-se o Comando do Batalhão a assinalar a data»
Manuel Lopes
de Aldeia Viçosa

Lopes da 2ª. CCAV., 66
anos em Alcanede !

O Lopes, soldado atirador de Cavalaria da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa,  festeja 66 anos a 25 de Julho de 2018.
Manuel Fernando de Jesus Lopes, de seu nome completo, regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, no final da sua jornada africana do Uíge angolano, e fixou-se no lugar de Aldeia do Além, em Alcanede, do concelho e distrito de Santarém, para onde vai o nosso abraço de parabéns! 

terça-feira, 24 de julho de 2018

4 196 - O ultimato para sair de Carmona e Negage; uma coluna militar poderosa!

Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, na piscina de
Carmona e todos milicianos, há 43 anos. O alferes João Francisco Machado
 ladeado pelos furriéis António Carlos Letras (ambos de Operações Especiais,
 os Rangers) e José José Fernando Melo (atirador de Cavalaria)
Os furriéis milicianos José Nascimento e Jorge Barata (faleci-
do a 29/10/1977, de doença e em Alcains), ambos da 1ª. CCAV.
e em Carmona, com António, civil da Fazenda Zalala


O livro «Segredos da descolonização de Angola», de Alexandra Marques, cita 24 de Julho de 1975 com a data em que Luanda informou o Governo de Lisboa que «era absolutamente necessário evacuar a tropa e a população de Carmona e Negage».
«Pela força, se necessário fosse», su-
blinhava a nota, a que o Presidente Costa Gomes respondeu, considerando 
Capa do livro «Segre-
dos da descoloniza-
ção de Angola»
ser «inaceitável» os termos do «ultimato relativo às condições de saída» de Carmona e Negage, muito embora aceitando que «uma coluna militar poderosa e um agrupamento de tropas especiais, artilharia, blindados e todo o apoio aéreo possível» evacuasse as duas cidades.
A operação, ainda citando o livro «Segredos da descolonização de Angola», deveria «processar-se com algum tempo e demora».
A bem conhecida «implantação militar da FNLA nos distritos do Zaire e Uíge» era ponto a considerar e as dúvidas dos respon-
sáveis portugueses eram entre «o abandono ou o reforço das posições».
O abandono era considerado «politicamente incorrecto», mas o reforço das NT (dos Cavaleiros do Norte) implicaria o uso de meios que não existiam e «a re-
activação de toda a máquina de guerra já desmontada».
Aliás, e face à força militar da FNLA no Uíge, consideravam os comandos mili-
tares portugueses que não seria suficiente «reforçar os efectivos em causa» mas também desencadear «uma operação de grande envergadura».
Patrulhamentos mistos em Carmona

Cavaleiros em Carmona:
- o ficar ou o ir embora!

Carmona, por esse tempo de há 43 anos, era uma cidade relativamente tranquila, mas em-
brulhada em dúvidas. Quanto aos Cavaleiros do Norte, que nunca recuaram a qualquer so-licitação para garantir a segurança de pessoas e bens, estavam 24 sobre 24 horas de serviço e divididos entre, e citamos o «História da Unidade», entre «encontrar uma opção para os dias futuros». 
Dito por outras palavras, «ficarem Carmona, com o total descrédito das NT e perigosamente alvo das queixas e ataques da FNLA, nomeadamente reivin-
dicando os desequilíbrios de outros locais, ou sair, antecipando o regresso da Luanda, num salvar de face e tentando evitar males futuros».
Como se sabe, os Cavaleiros do Norte viriam a sair de Carmona no dia 4 de Agosto de 1975 - numa coluna que fez 570 quilómetros em 58,45 horas, com 700 a 800 viaturas e chegando a Luanda com «milhares de civis».
Zalala: a mais dura
escola de guerra!

Silva de Zalala, 66
anos em Vila Verde!

O soldado João Pereira da Silva, dos Cavaleiros do Norte de Zalala, festeja 66 anos a 24 de Julho de 2018.
Atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423 e natural do lugar de Assento, de freguesia de Laje, concelho de Vila Verde, lá regressou a 9 de Setembro de 1975, no final da sua comissão militar em Angola. Supomos que, segundo informação do furriel João Dias (TRMS), estará emigrado e, para onde quer que esteja, para ele vai o nosso abraço de parabéns!

segunda-feira, 23 de julho de 2018

4 195 - Ressaca da FNLA em Carmona, dos desaires de Luanda, Salazar e Malanje!

m
Comício da FNLA em Aldeia Viçosa, entre 1974/75, data desconhecida.
A foto é do furriel António Carlos Letras, da 2ª. CCAV. 8423, sendo no-
 tória a participação de jovens, aqui a entoar o Hino da FNLA
O quartel do BC12, à saída de Carmona na estrada
 para o Songo,  último espaço do BCAV. 8423 e da
presença militar portuguesa no Uíge angolano

Os MVL´s que de Carmona para Luanda, foram impedidos de sair a 13 e 21 de Julho de 1975 e a situação motivou muito mau-estar na guarnição dos Cavaleiros do Norte, pouca disposta (nada disposta...) a ceder à «ressaca da FNLA», no território do Uíge, face «aos desaires de Luanda, Salazar e Malanje».
O tenente-coronel Almeida e Brito não era comandante militar para aceitar qualquer tipo de imposições, tinha, porém, ordens do Comando do Sector do Uíge (e outros comandos militares de Carmona) mas sabia, e isso era certinho como um relógio suíço, que os seus homens cumpririam o que ordenasse.
Não teriam hesitações, não recuariam a nada, para defender a soberania portuguesa, enquanto Portugal a detivesse em território angolano, apesar de as NT serem «perigosamente alvo das queixas e ataques da FNLA», queixas que o livro «História da Unidade» recorda, acrescentando que os homens da Holden Roberto reivindicavam «os desequilíbrios de outros locais». - fosse Luanda, fosse Salazar ou Malanje, ou qualquer localidade do imenso território angolano.
O Uíge, recordemos, era «a terra da FNLA» e o HdU também lembra que os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, por esse tempo de há 43 anos, «mais do que nunca, estão a viver no reino da FNLA, isoladas, preocupadas, e quase sem encontrar motivações justificativas da sua estada» no Uíge».
A Zona Militar Norte (ZMN) em Carmona

Reunião com FNLA
para sair de Carmona!

Os dirigentes da FNLA reuniram-se a 23 de Julho de 1975 com «os comandos militares de Carmona», para analisar discutirem a situação e depois os vários incidentes desse mês: cerco ao quartel do Negage, onde estava a CCAÇ. 4741, e pedido de armas (a 13), afirmações no comício da movimento, envol-
vendo dirigentes e militares do seu ELNA (nesse mesmo dia), o afluxo de refugiados da FNLA a Carmona (começado a 14) e pedidos de armas no BC12, rejeitado pelo comandante Almeida e Brito (a 15).
Outro preocupante problema era o da saída dos MVL´s, impedidos a 13 e 21 de há 43 anos e que, segundo o relato do HdU, «culminaram com as imposições feitas» na referida reunião de 23 de Julho seguinte, com os vários comandan-
tes militares portugueses. Que, obviamente, não foram aceites, fosse quais fossem - o HdU não as discrimina.
Esposa e filho
do Louro (74),
quando estava
em Angola
José Louro,  1º.
cabo, em 1974

Louro, 1º. cabo sapador,
faleceu há 10 anos !

O 1º. cabo sapador José Adriano Nunes Louro, da CCS do BCAV. 8423, faleceu há precisamente 10 anos, a 23 de Julho de 2008, de suicídio.
Cavaleiro do Norte do pelotão comandado pelo alferes miliciano Jaime Ribeiro, o Louro regressou a Portu-
gal no dia 8 de Setembro de 1975, fixando-se na sua terra natal,  
José AN Louro
em forma civil
o Casal do Pinheiro, freguesia de Casais, concelho de Tomar.
Por lá fez vida (trabalhou como operador de máquinas retro-esca-
vadoras...), constituiu família e teve um filho (que é o sargento ajudante Sérgio Manuel Braz Louro, de Administração Militar). 
Há 10 anos, uma doença cancerosa «roubou-lhe» a esposa e, pouco depois, já com a dor da viuvez, foi-lhe diagnosticado problema do mesmo foro médico, o que o «levou» à media limite: o suicídio. A 23 de Julho de 2008.
O José Louro, corajosamente, deixou uma carta a documentar e explicar a sua dramática e íntima decisão: «Para não sofrer e não fazer sofrer a família». 
O filho, ele mesmo nos narrou esta trágica decisão de seu pai e nosso nosso saudoso companheiro. Que hoje recordamos, em memória de um Cavaleiro do Norte de quem temos saudades. RIP!!!  

domingo, 22 de julho de 2018

4 194 - Encontro e telefonemas de «Rangers» , pancada e KO´s no boxe

Cavaleiros do Norte da CCS. De pé, João Cardoso (?) e NN (ambos sapadores?),
1º. cabo Emanuel Santos (?) e António Cabrita. Sentados, os 1ºs. cabos Fernando
 Grácio e Victor Vieira, António Calçada, Sapador (?) e 1º. Luciano Borges
Gomes, que hoje festeja 66 anos em Leiria. Quem ajuda a identificar os NN´s?
Melro e Viegas, 45 anos depois do 2º. Ciclo, 2º. Turno
de 1973 do Curso de Operações Especiais, os Rangers, em
Lamego. Imagem do dia 19 de Julho de 2018


O dia de anteontem, 19 de Julho de 2018, foi tempo de reencontrar velhos companheiros da «guerra»: os furriéis Mário Matos (de quem já aqui falámos) e o José Melro - que jornadeou pelo leste angolano e foi companheiros de todos os «rangers» do BCAV. 8423.
O José Melro Coelho - o José Melro Coe-
lho Pinto Leitão, mas que ganda nome...
Mário Matos e José Melro, dois furriéis mili-
cianos. O Matos, da 2ª. CCAV. 8423; o Melro, 

de Operações Especiais (Rangers) e colegas do
futebol juvenil do FC de Anadia, há 50 anos!
- lembrou-se, um a um, de todos os que furriéis milicianos dos Cavaleiros do Norte que foram  nossos companheiros do 2º. curso, do 2º. Turno de 1973, de Operações Especiais do CIOE que serviram o BCAV. 8423. E até, ao telefone, falou com dois deles: o José Francisco Neto e o António Carlos Letras.
Recordou este que, no treino de boxe de Penu-
de, foi ao chão com um fortíssimo soco do Mel-
ro, que o pôs KO «por umas duas horas». E o Viegas (euzinho) ao chão fui também, mas no meu caso levantando-se como uma mola, sem perceber o que tinha acontecido. Isto porque o Melro era praticante de boxe na Académica de Coimbra e, muito ágil de pernas e poderoso na socagem, foi obrigado pelo aspirante Baltazar, o instrutor desta «nobre arte» , a dar-nos tareia.
Já agora, e desse «treino» na parada de Penude fazendo memória, ocorre lembrar que tanto com ele insistiu o aspirante Baltazar (para que nos sovasse e não querendo ele) que o desafiou o Melro. Que lhe espetou uma valente tareia e o pôs KO no chão de terra da parada do CIOE.
O Melro mora(va) na Pedralva, em Anadia, e lá continua como comerciante, como um  mini-mercado e um bar. E sempre o mesmo Melro!
O Luciano Borges Gomes e a
esposa, em imagem de 2016
Luciano B. Gomes,
1º. cabo em 1974/75

Luciano, 1º. cabo, 66
anos em Leiria!

O 1º. cabo Luciano Borges Gomes, da CCS do BCAV. 8423, a do Quitexe, fes-
teja 66 anos a 22 de Julho de 2018.
Especialista de mecânica de arma-
mento ligeiro e natural do Arnal, da freguesia de Maceira Liz, em Leiria, este Cavaleiros do Norte lá regressou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua e nossa jornada africana do Uíge angolano.
Fundador em 1980, é administrador da FAMPLAC, empresa de moldes e equi-
pamentos de última geração, com mais de 60 técnicos qualificados, que se situa no lugar do Telheiro, na estrada para a Marinha Grande, em Maceira Lei-
ria. Por lá mora e para lá vai o nosso abraço de parabéns!