CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 30 de abril de 2018

4 111 - Graves incidentes em Luanda, Cavaleiros em festas de 23 anos!

O alferes miliciano António Manuel Garcia (à direita, falecido a 2 de Novem-
bro de 1979), com o 1º. cabo Emanuel Santos (ausente nos Estados Unidos, à
esquerda) e 1º. sargento João Barata, à porta do Comando, no Quitexe

Furriéis milicianos da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia
 Viçosa: Matos, Guees e Melo (de pé), Letras, Go-
mes e Cruz (que amanhã faz 66 anos)

A 1 de Maio de 1975, chegaram a Carmona no-
tícias de graves incidentes em Luanda, de on-
de na véspera tinham chegado os furriéis mi-
licianos Cruz e Viegas, ambos da CCS e de-
pois das férias passadas na imensa Angola.
Os últimos dias passados da capital angolana foram já marcadas pelo recolher obrigatório, na sequência dos «combates entre os movi-
mentos de libertação».
«A cidade continua a viver num clima de ten-
são», reportava a imprensa do dia, referindo-se a Luanda - a capital angolana.
Dia, o 1 de Maio de 1975, que foi o dos 23 anos do alferes miliciano Garcia, Cavaleiro do Norte
O alferes miliciano António Manuel Garcia
de Operações Especiais (os Rangers), na
 porta d´armas do BC12, em Carmona, 1975
das Operações Especiais (Rangers) e coman-
dante do PELREC da CCS do BCAV. 8423, no qual também exerceu funções no Gabinete de Operações e como oficial de Acção Psicológica.
Natural de Pombal, em Carrazeda de Ansiães, lá regressou a 8 de Setembro de 1975, depois in-
gressando na Polícia Judiciária. Foi ao serviço desta, da Inspecção do Porto, que, entre Viseu e Mangualde, sofreu o acidente de que viria a fale-
cer, a 2 de Novembro de 1979 - deixando viúva a professora Olga Garcia e bebé a sua filha Marta.
«Possuidor de boas qualidades morais, huma-
nas e militares, constituiu sempre um todo coeso com os soldados que co-
mandava, com o que muito contribuiu para que na sua companhia se manti-
vesse perfeita disciplina e respeito pela hierarquia, muito facilitando a missão do comando que directamente servia», refere o louvor do comandante Almeida e Brito, sublinhando «o desembaraço e competência do seu comando».
O louvor destaca, também, o «alto espírito de sacrifício, em todos os momen-
tos difíceis em que foi necessária a sua acção», por outro lado salientando «a sua colaboração sempre pronta e esforçada à actividade operacional desen-
volvida na cidade de Carmona, aquando dos graves incidentes aí verificados».
Hoje e aqui, o lembramos com saudade. RIP!
O furriel António Cruz, de Aldeia
Viçosa, com a sua macaquinha.
Festeja 66 anos por duas vezes!
António Cruz
em 2018

Cruz, furriel da 2ª. CCAV.,
66 anos em Vieira do Minho

O furriel miliciano Cruz, da 2ª. CCAV. 8423, fes-
teja 66 anos a 1 de Maio de 2018. Nesse dia nasceu em 1952, mas registado foi apenas a 4 do mesmo mês. Assim era, por aquele tempo!
António de Oliveira Cruz foi atirador de Cava-
laria dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa, louvado na Ordem de Serviço nº. 174, «pela maneira como soube contrariar os erros encontrados no seu grupo de combate, tornando-o num todo coeso e que se enquadrou no espírito da sua Companhia, o que só foi conseguido quando, por falta do seu coman-
dante efectivo, foi chamado para interinamente exercer esse comando».
O furriel Cruz foi «mais tarde chamado à responsabilidade de todo o material da sua subunidade» e, nessa função, «nunca se furtou  a sacrifícios (...) para o que muitas vezes teve de se privar de horas de descanso».
O louvor do comandante do BCAV. 8423  sublinha, também, que era «militar simples, de grande sentido de disciplina, de correcção e trato saliente», sendo «um precioso auxiliar da vida da Companhia», o que «com agrado permite dis-
tingui-lo com a presente citação, premiando a sua carreira militar».
O António de Oliveira Cruz regressou a Portugal no no dia 10 de Setembro de 1975 e fixou-se em Figueiró, na freguesia de Mosteiro, concelho de Vieira do Minho, de onde é natural e onde reside. Foi professor e, já aposentado, lá continua a morar, para lá indo o nosso abraço de parabéns!
Afonso Henriques e Francisco Car-
los, que amanhá faz 66 anos em
Tondela. Aqui, 2015, em Mortágua

Sapador Carlos, 66
anos em Tondela !

Francisco Simões Carlos foi soldado sapador da CCS do BCAV. 8423 e festeja 66 anos a 1 de Maio de 2018.
O Carlos é natural do lugar de Botulho, da freguesia de Molelos, concelho de Tondela, aonde regressou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua comissão de serviço no Uíge Angola, onde integrou o Pelotão de Saadores, comandado pelo alferes miliciano Jaime Ri-
beiro. Lá reside e lá administra a sua empresa industrial de limpezas. Para lá vai o nosso abraço de parabéns!

domingo, 29 de abril de 2018

4 110 - Intensa actividade, no Uíge, de patrulhamentos mistos

Cavaleiros do Norte do PELREC da CCS. De pé, NN, Messejana, Marcos,
1ºs. cabos Cordeiro e Soares, NN, 1º. cabo Vocente (de cruz ao peito), Florên-
cio, Francisco (de branco) e 1º. cabo Cordeiro. À frente, 1ºs. cabos Almeida
(cozinheiro) e Ezequiel, NN (de bigode), Madaleno (de jarro na mão), furriel
Neto e Aurélio (Barbeiro)  

Militares angolanos das Forças Militares Mistas (FMM)
na parada do BC12, há 43 anos e em Carmona

O presidente da UNITA disse em Luan-
da, a 29 de Abril de 1975, que «uma guerra civil em Angola era uma impos-
sibilidade prática». Cada um dos movi-
mentos de libertação sabe, disse Jonas Savimbi, «sabe que, se desencadeasse uma guerra civil, teria de enfrentar os outros movimentos».
Alferes miliciano Ma-
nuel Meneses Alves
As forças dos três movimentos angolanos de libertação, acrescentou o presidente da UNITA, «deveriam ficar integra-
dos numa verdadeira força nacional, o mais depressa pos-sível». Como se sabe, nada disso viria a acontecer.
Por esse tempo de há 43 anos, todavia, e, no que dizia res-
peito aos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 que jornadea-
vam pelo Uíge angolano, continuava «a intensa actividade de patrulhamentos mistos», com a sua pequena guarnição refor-
çada por um grupo de combate da CCAÇ. 5015, a do Songo (no dia 14 de Abril) e outro da 3ª. CCAV. 8423, a do Quitexe (de 15 para 16). Is-
to, recordemos, poucos dias depois dos incidentes que envolveram (a 13) uma confrontação armada entre forças do MPLA e da FNLA e obrigaram a «rápida, decidida e enérgica intervenção» do grupo de combate comandado pelo alfe-
res miliciano Manuel Meneses Alves, da 2ª. CCAV. 8423 - que, de resto, lhe va-
leu um louvor do comandante Almeida e Brito, pondo em evidência «a deter-
minação do pequeno núcleo de tropas que comandava».
A intervenção da força portuguesa, «durante uma manifestação não autorizada superiormente», conseguiu, nesse domingo de há 43 anos, lembremos, «a de-
tenção de dois dos elementos em confronto» e, também, «de imediato ter feito abortar a manifestação».
Américo Oliveira

Sapador Oliveira, 66
anos em Valongo !

O soldado sapador Américo da Silva Oliveira, da CCS do BCAV. 8423, festeja 66 anos a 29 de Abril de 2018.
Cavaleiro do Norte do pelotão comandado pelo alferes miliciano Jaime Rodrigues Picão Ribeiro, o Oliveira regressou a Portu-
gal no dia 8 de Setembro de 1975, no final da sua e nossa comissão militar em Angola, por terras do Uíge. Voltou à aldeia de Alto do Vilar, da freguesia de So-
brado, no concelho de Valongo (no Porto), onde então residia. Nada mais sabe-
mos dele, mas para onde quer que esteja, vão os nossos parabéns!

sábado, 28 de abril de 2018

4 109 - Comandante Almeida e Brito na 3ª. CCAV. 8423 no Quitexe

Furriéis milicianos do BCAV. 8423 no varandim da Casa dos Furriéis do Quite-
xe: Cândido Pires, António Cruz e José Pires (da CCS), Armindo Reino e
Grenha Lopes (da 3ª. CCAV.), Norberto Morais (CCS) e Agostinho Belo
(3ª. CCAV.). Em baixo, António Lopes (CCS)
O 1º. cabo Orlando Teixeira, o alferes António Cruz e o
condutor Américo Gaiteiro, três Cavaleiros do Norte
que, em Perafita, se reencontraram em Julho de 2013 
O comandante Almeida e Brito voltou a deslocar-se ao Quitexe, no dia 28 de Abril de 1975, em «visita de trabalho operacional» à 3ª. CCAV. 8423, a do capitão miliciano José Paulo Fernandes.
A vila do Quitexe, recordemos, era a se-
de do Batalhão de Cavalaria 8423 (BCAV. 8423), que ali aquartelou o Comando e a CCS a 6 de Junho de 1974. A 7, a 10 e a 11, respectivamente, foram as vezes da 1ª. CCAV,  da 2ª. CCAV. e da 3ª. CCAV. 8423 se instalarem na Fazenda Zalala, em Aldeia Viçosa e na Fazenda Santa Isabel. Em todos os casos, sempre substituindo unidades do BCAV. 4211.
A CCS dos Cavaleiros do Norte era comandada pelo capitão António Martins de Oliveira (com o adjunto João Eloy Mora, tenente, ambos do SGE) e, no âmbito do programa de «remodelação do dispositivo», rodou para Carmona e para o BC12 a 2 de Março de 1975. 
O dia 28 de Abril de 1975, uma segunda-feira,  foi tempo de se conhecer a li-
bertação de 6 ingleses que, no aeroporto do Luso, tripulavam um avião que-
niano com uniformes e medicamentos para o MPLA. Ouvidos pelas autorida-
des, uma comissão de inquérito para o efeito expressamente constituída, fo-
ram depois «libertados e entregues ao Consulado de Inglaterra em Luanda».
A imprensa do dia referia que o avião tinha sido alugado pelo MPLA e «ater-
rado sem autorização». As autoridades suspeitaram que transportasse armas para o movimento de libertação liderado pelo presidente Agostinho Neto.
Os furriéis milicianos José
Avelino Grenha Lopes (que
amanhã faz 6 anos), Belo
e Graciano (em baixo)

Lopes, furriel da 3ª. CCAV.
66 anos em Lisboa!

O furriel miliciano Grenha Lopes, da 3ª. CCAV. 8423, festeja 66 anos da 29 de Abril de 2018.
José Avelino Grenha Lopes foi atirador de Cavalaria dos Cavaleiros do Norte da Fazenda Santa Isabel e é natural da freguesia da Várzea, em Barcelos, aonde regressou a 11 de Setembro de 1975 - quando terminou a sua jornada africana de Angola. Ainda em Santa Margarida, no RC4, foi monitor das Aulas Regimentais da 3ª. CCAV. 8423.
Actualmente e desde há muitos anos, é empresário do sector têxtil, mora em Lisboa, ara onde vão as nossas felicitações pela feliz data natal. Parabéns!
Orlando Teixeira e Domingos
Teixeira, dois 1ºs. cabos da
CCS do BCAV. 8423

Teixeira da CCS, 66
anos em Matosinhos!

O 1º. cabo Teixeira, da CCS dos Cavaleiros do Norte, festeja 66 anos a 29 de Abril de 2018.
Agostinho Pinto Teixeira foi especialista (pintor) do BCAV. 8423 e voltou a Ramalde, freguesia do Porto, sua terra de residência, a 8 de Setembro de 1975. Dia do seu regresso de Angola.
Trabalhou na área comercial e foi pequeno empresário do sector automóvel, residindo agora, já reformado, em Perafita, no concelho de Matosinhos, para onde vai o nosso abraço de parabéns!

sexta-feira, 27 de abril de 2018

4 108 - Cavaleiros do Norte a «ver» Jonas Savimbi em Luanda...

Cavaleiros do Norte do Parque-Auto da CCS do BCAV. 8423: 1º. cabo Porfírio
Malheiro (atrás), condutor José António da Silva Gomes (que hoje faz 66 anos
em Leça do Balio), furriel Norberto Morais e condutores Joaquim Celestino e
Delfim Serra. Encontro de 2015, em Mortágua!

Cavaleiros do Parque-Auto: Esgueira (?), 1º.
cabo Malheiro (com o Ricardo ao colo, filho
do alferes Cruz), 1º. cabo Monteiro (Gaso-
linas) furriel Machado e (?) Pereira

O dia 27 de Abril de 1975 foi tempo, pelas ban-
das do Uíge angolano, de se saber da chegada da Jonas Savimbi, presidente da UNITA, a Luanda, onde «foi acolhido no aeroporto por uma multidão entusiástica e ruidosa, não se registando quaisquer distúrbios».
Os furriéis António Cruz (rádio-montador) e Viegas (Rangers), ambos milicianos e da CCS dos Cavaleiros do Norte, já estavam em Luanda, depois do périplo turístico pela imensa Angola (em férias) e, acidentalmente, testemunharam a passagem do presidente da UNITA pela baixa da cidade, para um hotel cujo nome se escapa da memória mas ficava muito perto da Portugália.
O presidente Jonas Savimbi pediu apoio ao Go-
Jonas Savimbi
verno de Transição, sublinhando que «é imperioso que os três movimentos de libertação coexistam pacificamente» e ape-
lando para «a realização de uma cimeira».
Acrescentou o líder da UNITA que tinha recentemente reunido com Agostinho Neto, presidente do MPLA, em Lusaka (a cida-
de capital da Zâmbia), mas não adiantou quaisquer pormeno-
res sobre o encontro. A tal cimeira, disse Jonas Savimbi, «poderia realizar-se em Angola ou no estrangeiro» e, em sua opinião (e certeza), «reduziria a tensão entre os movimentos de libertação».
Isto, enquanto em Carmona e pelas estradas do Uíge, os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, garbosamente e sem medos, continuava as suas acções de manutenção da ordem e segurança de pessoas e bens.
Gomes, condutor
da CCS 

Gomes, condutor da CCS, 66
anos em Leça do Balio !


O soldado condutor Gomes, da CCS dos Cavaleiros do Norte, está de parabéns: festeja 66 anos a 27 de Abril de 2018!
José António de Sousa Gomes é natural e residia em Gueifães, na Maia, e serviu o BCAV. 8423 durante os 15 meses da nossa jornada africana de Angola - de 30 de Maio de 1974 a 8 de Setembro de 1975. Antes, a 6 de Março de 1974, apresentara-se no RC4, em Santa Margarida e então rodan-
do do vizinho Batalhão de Engenharia 3 (BE3) - com os também condutores auto-rodas Manuel Gomes Alves, Alípio Canhoto Pereira, Manuel Brites da Costa, António do Rosário Picote e António dos Santos Gonçalves.
Maiato de nascença e residência, ao tempo da sua (e nossa) comissão de ser-
viço militar em terras de Angola, vive agora, já aposentado, em Leça do Balio, no concelho de Matosinhos, para onde vão os nossos parabéns!


António Pereira, 1º.
cabo condutor
Pereira de Zalala, 66
anos em Alcabideche!

O 1º. cabo Pereira, Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Zalala, está hoje (dia 27) em festa de 66 anos. 
António Cardoso Pereira era condutor auto-rodas dos coman-
dados do capitão miliciano Castro Dias e é natural de Pousada, da freguesia de Espadanede, no concelho de Cinfães, a que regressou no dia 9 de Setembro de 1975 - quando terminou a sua jornada angolana do Uíge - por Zalala, Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona. Tinha-se apresentado no RC4, em Santa Margarida, a 28 de Feve-
reiro de 1974, ido do Regimento de Artilharia Pesada 3, na Figueira da Foz.
A informação do furriel João Dias permite-nos adiantar que mora em Alcabi-
deche, no concelho de Cascais, para onde vai o nosso abraço de parabéns!

quinta-feira, 26 de abril de 2018

4 107 - O adeus dos Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423 Aldeia Viçosa!

Condutores da CCS dos Cavaleiros do Norte: Delfim Serra e Joaquim Celestino
 Gomes da Silva (que hoje festeja 66 anos em Perafita, Matosinhos), furriel
miliciano Norberto Morais e José Gomes, Atrás, o 1º. cabo mecânico Malheiro
Os capitães milicianos José Manuel Cruz (comandante da
2ª. CCAV. 8423) e José Paulo Fernandes (da 3ª. CCAV.)
com o alferes João Machado (da 2ª. CCAV.)

Os Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423 saíram de Aldeia Viçosa, para Car-
mona,  a 26 de Abril de 1975, no segui-
mento do plano de remodelação do dispositivo do BCAV. 8423.
«Fez-se a desactivação de Aldeia Viço-
sa, podendo afirmar-se que só a partir desta data se completou a remodelação, que se julga ser a última», relata o livro «História da Unidade», o BCAV. 8423, acrescentando «julgar-se ser a última até ao terminar da comissão».
Parada do BC12, em Carmona 
A 2ª. CCAV. 8423 era comandada pelo capitão mili-
ciano José Manuel Romeira Pinto da Cruz e nesse dia rodou para o BC12, na cidade de Carmona - onde, desde 2 de Março de 1975, já se aquartelava, de resto, um seu Grupo de Combate, no dia em que lá chegou a CCS.
A 1ª. CCAV. 8423, a do capitão miliciano Davide de Oliveira Castro Dias, tinha rodado dois dias antes (a 24), de Vista Alegre e Ponte do Dange para o Songo. E daqui partiria para Carmona a 6 de Junho, lo-
go depois dos graves e sangrentos incidentes desta cidade, «indo ocupar o aquartelamento da extinta ZMN, completando a sua rotação a 12 de Junho».
O furriel miliciano Américo Rodri-
gues, da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala,
aqui já na ZMN em Carmona (1975)
Nesta data, segundo o livro «História da Unidade», que citamos, «entregando os quartéis da área do Son-go às autoridades angolanas (AA), de acordo com o determinado».

Almeida e Brito
voltou ao Quitexe

O comandante Almeida e Brito esteve no Quitexe e na 3ª. CCAV. 8423 a 26 de Abril de 1975, no âmbito das habituais «visitas às subunidades».
O líder máximo dos Cavaleiros do Norte fez-se acom-
panhar do capitão José Paulo Falcão, oficial adjunto e de operações, tendo sido recebidos e reunindo com o capitão miliciano José Paulo Fernandes, com os seus oficiais. Os também milicianos alferes Augusto Rodrigues, Mário Simões e Carlos Silva. Não custa «adivinhar» que a sua pró-
xima rotação estivesse na ordem de trabalhos deste encontro.
Os Cavaleiros do Norte tinham chegado ao Quitexe no dia 10 de Dezembro de 1974, rodando da Fazenda Santa Isabel - onde tinham aquartelado a 11 de Ju-
nho de 1974, quando ali substituíram a 2ª. CCAÇ. 4211, do BCAÇ. 4211. Para Carmona, começariam a rodar a 6 de Junho seguinte.
J. Celestino,
condutor da
CCS/8423

Celestino, condutor, 66 anos
em Perafita de Matosinhos!

O condutor Joaquim Celestino, da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, festeja 66 anos a 26 de Abril de 2018.
Joaquim Celestino Gomes da Silva (foto) integrou o Pelotão do Par-
que-Auto da vila do Quitexe, comandado pelo alferes miliciano An-
nio Albano Cruz, e é natural do Freixieiro, da freguesia de Perafi-
ta, no concelho de Matosinhos, aonde voltou no dia 8 de Setembro de 1975, quando terminou a sua jornada africana pelas saudosas terras do Uíge ango-
lano. Continua a viver no seu Freixoeiro, agora já aposentado, e para lá vai o nosso abraço de parabéns pelos 66 anos «maiores» que hoje festeja!



quarta-feira, 25 de abril de 2018

4 106 - As eleições de há 43 anos, em Carmona e em Portugal!

Grupo de Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, todos
furriéis milicianos: António Rebelo, António Guedes, Amorim Martins, Mário
Matos (que hoje faz 66 anos em Anadia), Jesuíno Pinto (falecido a 3 de Maio
 de 2017, de doença e em Vila Verde) e João Brejo
Os furriéis milicianos Mário Matos, à esquerda, e  João Brejo,
com o 1º. cabo José Pampim da Silva, falecido em Janeiro de
012, de doença. Todos Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423


As primeiras eleições portugueses, do pós-25 de Abril, realizaram-se a 25 de Abril de 1975, elegendo os deputados da Assembleia Constituinte.
O dia, em Carmona, registou «a ida às urnas de todo o pessoal que o quis fazer», de acordo com o livro «História da Unidade», que também alude o facto de o BCAV. 8423, «dando colaboração 
O Jornal de Notícias do dia 25
de Abril de 1974. Há 44 anos!
ao processo revolucionário de Portugal», ter sido «en-carregado da montagem das assembleias de voto».
O dia foi também de, no Comando Territorial de Carmona (CTC), se assinalar o primeiro aniversário do 25 de Abril com «cerimónia simples mas singela», com o içar da Bandeira Nacional e «as melhores honras militares e a presença de todos os oficiais do CTC e do BCAV. 8423».


PS ganhou as eleições 
do Portugal Democrático

O acto eleitoral foi muito participado e a vitória foi do  
Os resultados definitivos das eleições
de 25 de Abril de 1975, há 43 anos, para a
Assembleia Constituinte Portuguesa
PS de Mário Soares, com 2 162 972 votos, cor- 
respondentes a 37,87% do total e à eleição de 116 dos 250 deputados.
O PSD de Francisco Sá Carneiro, o então PPD (Partido Popular  Democrático) e algo surpre-
endentemente, elegeu 81 deputados consti-
tuintes (resultantes de 1 507 282 votos, ou seja 26,33% do total), seguindo-se o PCP de Álvaro Barreirinhas Cunhal, com 30 eleitos (de 711 935 e 9,35%, menos que o que então se expectava) e o CDS de Diogo Freitas do Amaral com 16 (de 434 879 recebidos e 8,79% dos 5 315 154 votos entrados nas urnas das eleições de há precisamente 43 anos). 
O MDP/CDE de Pereira de Moura elegeu 5 (263 318 e 3,18%) e um a Associação para a Defesa dos Interesses de Macau (ADIM), o advogado Diamantino Ferrei-
ra  (1 622 e 56,4%). O PS também elegeu um deputado em Moçambique, onde foi concorrente único (2 306 votos e 38,77%). 
Apurados todos os resultados, e taldemorou alguns dias, também viria a ser eleito um candidato da UDP, por Lisboa. Seria Polido Valente, que não assumiu e foi Américo Duarte. Ver a imagem acima, nela clicando para a ampliar.
O furriel Mário Matos
junto à placa de Aldeia Viçosa

Furriel Matos, 66
anos em Anadia!

O furriel miliciano Mário Matos, da 2ª. CCAV. 8423, está hoje em festa, dia 25 de Abril de 2018: comemora 66 anos!
Mário Augusto da Silva Matos foi atirador de Cavalaria e trabalhou na secretaria dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa, com o 1º. sargento Fernando Norte. Regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, à sua terra natal de Avelãs de Cami-
nho, no concelho de Anadia. Trabalhou na área comercial automóvel, esteve emigrado nos Estados Unidos e vive agora, já aposentado, na vila de Anadia, para onde vai o nosso abraço de parabéns!

terça-feira, 24 de abril de 2018

4 105 - O adeus da 1ª. CCAV. 8423 a Vista Alegre e Ponte do Dange!

Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, que há 43 anos deixaram Vista Alegre.
De pé, o quinto é o 1º. cabo Gigante, seguido dos furriéis miliciano Queirós,
NN, furriel Eusébio (falecido a 16/04/2014, em Belmonte), Coelho (atirador),
 NN e NN (de cor) e Santos (Plateias). Em baixo, Adélio (PM), Aires (TRMS),
Santos e NN (de cor), Moura (clarim e impedido da messe de oficiais), NN e
NN (de cor) e Borges Martins
O alferes Pedro Rosa, ladeado pelos furriéis Pinto (à esquerda
 e à civil) e João Aldeagas, milicianos da 1ª. CCAV. 8423,
que há 43 anos rodou de Vista Alegre para o Songo



Os aquartelamentos de Vista Alegre e Destacamento da Ponte do Dange, dos Cavaleiros do Norte, foram «desactiva-
dos a 24 de Abril (...), conduzindo tal facto à transferência da 1ª. CCAV. 8423 para o Songo, com um Destacamento temporário em Cachalonde». Em 1975.
O dia foi também, de acordo com o livro «História da Unidade», tempo para a visita do capitão José Diogo Themudo, 2º. comandante do BCAV. 8423, a última a Vista Alegre e no dia da saída. Quer isto dizer que, na prática, estava em 
O quartel de Vista Alegre em foto de 2012
andamento final «a remodelação do dispositivo» dos Cavaleiros do Norte, que continuaria a 26 - quando a 2ª. CCAV. 8423 rodou de Aldeia Viçosa para o BC12.
Ao tempo, estava a CCS aquartelada no BC12, em Carmona (ida a 2 de Março do Quitexe), e a 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, no Quitexe -para onde rodou a 10 de Dezembro de 1974.
O dia foi também tempo para a realização da última «palestra de esclarecimento» das eleições marcadas para o dia seguinte e nas quais o BCAV. 8423 participava activamente. Recorda do livro «História da Unidade» que «dando a nossa colaboração ao processo revolucionário de Portugal, foi o BCAV. encarregado de montar as mesas de voto em Carmona».
Tal facto permitiu o objectivo «no dia 25 de Abril se verificou a ida às urnas de todo o pessoal que o quis fazer».
Carlos Costa,
o Alfama TRMS

Costa de Zalala
faleceu há 3 anos!

O soldado Carlos Costa, de transmissões de Infantaria da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, faleceu há 3 anos: a 24 de Abril de 2015.
Carlos Alberto dos Santos Costa (o Carlitos, o Alfama) era Cava-
leiro do Norte do 3º. Grupo de Combate, o do alferes miliciano Pedro Rosa, e residia na freguesia de Santos-o-Velho, avenida 24 de Junho, em Lisboa (Bairro de Alfama). Lá voltou a 9 de Setembro de 1975, no final da sua comissão militar em Angola, e faria 63 anos a 29 de Agosto de 2015 - ano em que faleceu (supomos que de doença). Sabemos que vivia em Azeitão e hoje o lembramos com saudade. RIP!!!

Adriano de Zalala, 66
anos em Ponte de Lima

O atirador de Cavalaria Adriano, da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda  Zalala, está em festa dos 66 anos.
Adriano da Silva Lopes é natural e residia no Largo da Feira, na freguesia de S. Julião do Freixo, no  minhoto concelho de Ponte de Lima, e lá voltou a 9 de Setembro de 1975 - quando terminou a sua jornada africana do Uíge angolano. Por lá faz vida pessoal e profissional e amanhã, dia 25 de Abril de 2018, comemora 66 anos de vida, com o nosso abraço de parabéns!

segunda-feira, 23 de abril de 2018

4 104 - Eleições em Portugal e (não em) Angola, há 43 anos!

Grupo de furriéis milicianos da 1ª. CCAV. 8423,  de Zalala, no encontro de 4
 de Junho de 2016, no Pombal: Mota Pinto, Américo Rodrigues, Victor Ve-
 lez (que se apresentou no RC4 há 44 anos, hoje se passam), João Aldeagas,
Manuel Pinto, João Dias e Plácido Queirós
Furriéis milicianos na messe do Quitexe: Cândido Pires, Vic-
tor Velez, Miguel (Pára) e.... (?). Da direita, Graciano, José Pi-
res, Viegas, Neto, Mosteias e Rocha. De pé, o soldado Rebelo 


As primeiras eleições portuguesas, no pós-25 de Abril de 1974, realizaram-se exactamente um ano depois, a 25 de Abril de 1975, e motivaram a realização, em Carmona, de várias «palestras de esclarecimento».
A primeira, na «tentativa de preparar» o acto eleitoral foi a 16, depois a 23 de 
Partidos que concorreram às
eleições de 25 de Abril de 1975
Abril (hoje se fazem 43 anos) e uma terceira a 24, esta, de acordo com o livro «História da Unidade», «já no âmbito das comemorações do 25 de Abril». Foram orientadas por oficiais do Comando Territorial de Carmona (CTC) e do BCAV. 8423, «ambos delegados do MFA».
O dia, uma quarta-feira do Abril de 1975, foi tempo de se saber, também, que as eleições em Angola, antes da inde-
pendência e previstas para Outubro desse ano, «podem ser canceladas», como, falando na cidade de Dar-es-Salaan, capital da Repú-
blica Unida da Tanzânia, admitiu Agostinho Neto, o presidente do MPLA.
«Ainda não foi aprovado um projecto de lei eleitoral», sublinhou este dirigente, referindo-se ao projecto apresentado pelo seu movimento. Como agora se sa-
be, nunca tais eleições angolanas se realizaram. Para a Constituinte Angolana.
Os furriéis milicianos Victor
Velez e José Nascimento

Furriel Victor Velez
mobilizado para 1ª. CCAV. 

O então 1º. cabo miliciano, futuro furriel miliciano Velez apresentou-se no RC4 a 23 de Abril de 1974, «por ter sido nomeado para o ultramar, com destino à 1ª. CCAV. 8423».
Victor Manuel da Conceição Gregório Velez, futuro Cava-
leiro do Norte dos Zalala´s do capitão miliciano Davide Castro Dias, rodava da Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém - onde se especializara como atirador de Cavalaria. Ao tempo, morava na Rua Gonçalves Crespo, da freguesia de S. Sebastião da Pedreira, da capital Lisboa - cidade onde ainda reside.
Partiu para Angola dias depois dos comandados do capitão Davide Castro Dias (estes, a 30 de Maio de 1974), a eles se juntando já em Zalala - onde inte-
grou o 3º. Grupo de Combate, comandado pelo alferes miliciano Pedro Rosa e com os também milicianos furriéis João Aldeagas e Manuel Pinto. Com eles regressou a Portugal a 9 de Setembro de 1975.

Ferreira de Zalala, 66 anos
na Póvoa de Santa Iria!

O 1º. cabo Ferreira, atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, festeja 66 anos a 23 de Abril de 2018.
João Viegas Ferreira era do 3º. Grupo de Combate, o do alfe-
res Pedro Rosa, e foi Cavaleiro do Norte da Zalala, de Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona. Então residente nos Olivais, em Lisboa, lá voltou a 9 de Setembro de 1975, no final da sua comissão militar pelas angolanas terras do Uíge. Reside agora na Póvoa de Santa Iria, para onde vai o nosso abraço de parabéns!

domingo, 22 de abril de 2018

4 103 - Troca de prisioneiros no Úcua, Zalala´s para o Songo...

Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa. À direita e de
pé, está furriel miliciano Mário Matos, atirador de Cavalaria. O terceiro e
quarto, serão o Mourato e o Guedes? Quem ajuda a identificar estes
companheiros da nossa jornada africana do Uíge angolano 

Aldeia Viçosa em período anterior à presença dos Cavaleiros
do Norte da 2ª.. CCAV. 8423, do capitão José Manuel Cruz


Os Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, fizeram um patrulhamento a Úcua, no dia 21 de Abril de 1975, com «vista a fazer-se uma troca de prisioneiros». Teve de o repetir a 22, por ter sido «tentada, sem êxito».
Ao tempo e segundo o livro «História da Unidade», procurava-se «obter para o Uíge a tal calma aparente e o entendi-
mento entre todos os movimentos»,
O capitão José Diogo Themudo
com o alferes Machado, à esquerda,
e o capitão José Paulo Falcão, na
varanda interior do BC12
para o que igualmente ser procurava «encontrar soluções para todos os problemas, através de reuniões semanais», que, no fundo e ainda de acordo com o «História da Uni-
dade», foram o «primórdio do Estado Maior Unificado».
A troca de prisioneiros era um dos problemas!

Cavaleiros de Zalala
para o Songo !

O capitão José Diogo Themudo, a 21 de Abril de 1975, uma segunda-feira, visitou o Songo, cidade localizada a uns 40 quilómetros de Carmona.
Tojal de Meneses,
comandante da
1ª. CCAÇ. 5015
O objectivo do 2º. comandante dos Cavaleiros do Norte era «tratar da instalação da 1ª. CCAV. 8423» - a de Zalala e do capitão miliciano Davide de Oliveira Castro Dias, mas ao tempo aquarte-
lada em Vista Alegre e Ponte do Dange.
O Songo era onde, a esse tempo, estava instalada a 1ª. CCAÇ. 5015, do BCAÇ. 5015, comandada pelo capitão miliciano de in-
fantaria Manuel Diamantino Tojal de Meneses - agora professor doutor e investigador do Centro de Estudos de Língua, Comuni-
cação e Cultura do Instituto Superior de Maia (ISMAI).
O dia foi também tempo para o comandante do Comando Territorial de Car-
mona visitar o BCV. 8423, no BC12, acompanhado do seu Chefe do Estado Maior e «recebido no aquartelamento com formatura geral do BCAV.».
Placa de Úcua, na Estrada
do Café, de Luanda a Carmona

Dias 22 de Abril
de 1974 e 1975!

A 22 de Abril de 1975, realizou-se em Carmona «uma reu-
nião a nível mais elevado», acima do Estado Maior Unifi-
cado e «com elementos do Gabinete Militar Misto» - de que resultou o patrulhamento a Úcua (acima falado),  localidade na Estrada do Café, a caminho de Luanda.
Um ano antes, precisamente, uma segunda-feira e em Santa Margarida, no RC4, recorda o «História da Unidade» que «se voltou a reencontrar todo o pessoal do Batalhão, para dar efectivação à Instrução Operacional» - o IAO.
Os futuros Cavaleiros do Norte tinham gozado a Licença de Normas, entre 18 e 28 de Março, mas que «acabou por ser  aumentada» - até 22 de Abril de 1974. 

sábado, 21 de abril de 2018

4 102 - As mortes do tenente João Mora e do 1º. cabo Carlos Mendes!

Cavaleiros do Norte na avenida do Quitexe e frente ao edifício do Comando
 do BCAV. 8423: os alferes milicianos Jaime Ribeiro e António Garcia (falecido,
de acidente, a 2 de Novembro de 1979) e tenentes Acácio Luz e João Mora
(falecido a 21 de Abril de 1993, há 25 anos!)
O tenente João Mora, de oficial dia, com os furriéis mili-
cianos Francisco Neto e Viegas, este de sargento dia, na
avenida do Quitexe, Angola, em 1974 (ou 75)

O tenente Mora faleceu há precisamente 25 anos: a 21 de Abril de 1993. Em Lis-
boa, na Lapa, e de doença.  
João Eloy Borges da Cunha Mora, de seu nome completo, foi adjunto do Co-
mandante da CCS do BCAV. 8423, o ca-
pitão António Martins de Oliveira, ambos do SGE. Ainda alferes do quadro do Ser-
viço Geral do Exército (SGE), apresen-
tou-se em Santa Margarida e no RC4 a 27 de Fevereiro de 1974, eram 22,30
Amazonas do Quitexe: as esposas dos alferes Cruz e Her-
mida e do capitão Oliveira e filha, com a do tenente João
Mora (à direita), de ascendência indiana
horas «por ter sido nomeado para servir no ultramar, fazendo parte do BCAV. 8423/RC 4, como adjunto da CCS».  

O tenente Palinhas

O tenente Palinhas era daquelas pessoas que, se não existissem, teriam de ser inventadas. Militarista assumido, exigia a palada de continência em qualquer circunstância. Não a batêssemos nós - às vezes por descuido, outras propósitadamente... -  e, ai, ai..., não escaparia batê-la ele a nós, de tacão a apertar os calcanhares, pescoço levantado e mão direita a esticar os dedos, espalmados, de ar garboso, sério e impenetrável. Sem ter de o fazer, entrou na escala de oficiais de dia e, numa noite, na hora da mudança da luz, faltando a do aquartelamento (até que se ligasse a do gera-
dor, coisa de poucos momentos...), imaginou um ataque e atirou-se  a rastejar na avenida do Quitexe.
“Sabotagem!!!...”, gritou ele.
Não era sabotagem, ou coisa que se parecesse!!! Era assim todas as noites!
Era assim o tenente Mora, que era casado com uma senhora indiana, de pose nobre mas de relação distante com a guarnição do BCAV. 8423. Cerimoniosa-

mente, tratavam-se por você! Coisas deles! 
Nasceu o tenente Mora a 30 de Junho de 1926, em Pombal, e faleceu aos (quase) 67 anos, em Lisboa. Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!

Carlos Men-
des (?)
A morte de Mendes,
1º. cabo do Quitexe!

O 1º. cabo Mendes, mecânico electricista da CCS, faleceu há 8 anos: a 21 de Abril de 2010 e em Lisboa.
Carlos Alberto de Jesus Mendes era de Lisboa, da Rua Maria Pia, na freguesia de Santa Isabel, e lá regressou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa) jornada africana do Uíge angolano.
Nascido a 3 de Fevereiro de 1952, terá falecido de doença (não conseguimos averiguar a razão), quando morava na Rua Presidente Arriaga, aos Prazeres, e hoje aqui o recordamos com saudade! RIP!!