CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 31 de julho de 2023

7 248 - Viaturas e tropas de reforço do BCAV. 8423 para a operação de saída de Carmona para Luanda!


Cavaleiros do Norte no Quitexe. De pé, 1º. cabo Cordeiro, Francisco e Florêncio, 1º. cabo
Vicente (de branco, falecido a 21/01/1997), NN (de 
bigode), 1ºs. cabos Soares (f.) e Almeida,
Marcos (a fumar), Messejana f,) e NN. Em baixo, Aurélio (Barbeiro), furriel Neto, Madaleno,
NN e 1ºs. cabos Silvestre e Almeida (cozinheiro). Alguém reconhece os NN´s?

Cavaleiros do Norte: NN (quem é?),
António Cabrita e Alípio Canhoto



A quinta-feira de 31 de Julho de 1975, há precisamente 48 anos, foi quando «começou a materializar-se a operação de rotação» do BCAV. 8423 de Carmona para Luanda.
O livro «História da Unidade» precisa que tal aconteceu nomeadamente «com a chegada de viaturas e de tropa de reforço» - uma Companhia de Comandos (que ficou aquartelada no BC12) e outra de Paraquedistas (no do Negage).
O conflito MPLA/FNLA estendia-se, por esta altura, a pelo menos mais uma localidade dos cãos angoilanos: a Porto Amboim, importante porto piscatório do Quanza Sul. E por onde passámos em Setembro de 2019, a caminho de Lobito e Benguela - na nossa viagem de saudade que, entre outras localidades angolanas, nos levou a Luanda Vista Alegre, Aldeia Viçosa, Quitexe e Carmona! 
«O emprego de armas pesadas pôs a população em pânico», relatavam as agências informativas ANI FP, AP e UPI, que citamos estes 48 anos passados, acrescentando e precisando que «a maioria da população foi evacuada pleno navio «Sofala, com destino ao Lobito».
Imagem «idílica» do BC12 de há 48 anos:
o 1º. cabo Tomás e porcos para abate


6 000 refugiados nos
quartéis portugueses!
 
A cidade de Novo Redondo, 80 quilómetros mais ao sul e no litoral angolano, «viu» os combates retomados na quarta-feira, «com particular violência, tendo também sido usadas armas pesadas»
Isto, depois da paragem de terça-feira imediatamente anterior. A população, naturalmente alarmada com a situação e em pânico, preparava-se para abandonar a cidade.
Em Malanje, a nordeste de Carmona (actual cidade de Uíge), «as 6000 pessoas que estavam refugiadas nos quartéis portugueses, estavam a ser evacuadas para o sul de Angola, em comboios de 50 viaturas, escoltados por tropas portuguesas durante 10 quilómetros»
Luanda e Caxito, por seu lado, estavam em «situação estacionária, não havendo notícias de incidentes e de movimentos de tropas». Por outro lado, acentuava-se «o êxodo dos portugueses». Quatro aviões da TAP e uma companhia estrangeira «asseguram diariamente o repatriamento para Portugal de 2000 cidadãos».

António Simões

Simões, mecânico, 71 anos
em Figueiró dos Vinhos !!!


O Cavaleiro do Norte António da Conceição Simões foi soldado mecânico-auto de especialidade militar e combatente da CCS do BCAV. 8423.
Natural de Vale do Rios, povoação da freguesia e concelho de Figueiró dos Vinhos, lá regressou a 8 de Setembro de 1975, depois de con
cluída a sua jornada africana do Uíge angolano - que o levou à vila do Quitexe e à cidade de Carmona (ao BC12).
Fez carreira profissional na GNR e participou no encontro de 2017, no RC4, em Santa Margarida (de que é a imagem ao lado). Já aposentado, mora no lugar de Guizo, em Figueiró dos Vinhos - para onde vai o nosso abraço de parabéns, pelos 71 anos que festeja hoje, a segunda-feira do dia 31 de Julho de 2023.

domingo, 30 de julho de 2023

7 247 - Os dias de vésperas do adeus do BCAV. 8423 a Carmona e ao Uíge angolano!

 

O BC12, último aquartelamento do BCAV. 8423 e das Forças Armadas de Portugal na 
cidade de Carmona. Imagem de 25/09/2019, quando lá passou o furriel Viegas

O capitão José Manuel Cruz e esposa, o comandante
Almeida e  Brito e o capitão José P. Falcão em Águeda,
a 09/09/1995, 20 anos depois da chegada de Angola


A 30 de Julho de 1975, uma quarta-feira de há 48 anos e no âmbito da preparação da operação de saída do BCAV. 8423, tal foi oficialmente «comunicado à FNLA, na reunião do Estado Maior Unificado» - integrado no então Comando Territorial (CTC) de Carmona. 
A saída dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 para Luanda, o definitivo adeus à cidade de Carmona e ao Uíge angolano, estava prevista para 4 de Agosto de 1975. Dias depois.
Como se sabe, acabaria por começar na véspera, quando, de avião, «em duas levas de um DC6 e dois Nordatlas», foram transportadas a CCS (do Quitexe) e a 1ª. CCAV. 8423 (da Fazenda Zalala).
A 30 de Julho, e no âmbito dessa preparação, os furriéis milicianos da CCS, nesta altura, já 
tinham saído da messe do Bairro Montanha Pinto e estavam alojados no edifício residencial limítrofe ao BC12, na estrada para Carmona. Dali, já só saíram no domingo seguinte, para o aeroporto e em voo para Luanda
Os furriéis milicianos Pires (TRMS)
e Neto (Rangers) na rampa da
messe do Montanha Pinto


FNLA disposta a
avançar sobre Luanda


Ao tempo, nessa quarta-feira de Julho de 1975, o presidente Holden Roberto (da FNLA) falando no Ambriz, garantia que «o assalto contra a capital angolana deverá verificar-se nos próximos dias». As forças do movimento (o ELNA) estavam no Caxito e calculava-se que seriam formadas por 8000 homens
.
«Procedem neste momento a uma pausa, a um reagrupamento, à instalação de um dispositivo de ataque que deverá levá-los a Luanda», referia um fonte do seu Estado Maior, citada pelo Diário de Lisboa.
As FAPLA, do MPLA, essas «já tinham mostrado a sua capacidade e combatividade (em confrontos anteriores) e contavam também com a população armada», que, segundo certos meios, «deverá opor uma grade resistência», tendo como pontos fortes o Quifandongo e  Cacuaco - para além de terem um maior conhecimento do terreno.
«A atmosfera continua pesada em Luanda, cidade em que os portugueses estão agora a abandonar ao ritmo de 3000 pessoas por dia», noticiava o Diário de Lisboa. No entanto, «não se têm registado incidentes», continuando a FNLA «a resistir no Forte de S. Pedro da Barra», ao redor do qual os ELNA´s «colocaram minas, para evitar o avanço das FAPLA».

Notícias de Angola, a 31 de Julho de
1975, no Diário de Lisboa

Incidentes em Novo Redondo 
e Luanda, 6 000 refugiados no
quartel de Malanje !


A comunidade civil Carmona, actial cidade do Uíge, foi tendo conhecimento da saída da tropa portuguesa e movimentou-se no sentido de poder integrar a anunciada coluna militar. 
Os civis uíjano, p+or esse tempo e de acordo com o livro «História da Unidade», sentiam-se «sem receber quaisquer apoios ou segurança» e muitos dedos foram, por esse últimos dias de Julho de 1975, apontados aos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
Sem, porém, se registarem incidentes especiais.
Novo Redondo, no Quanza Sul, porém, foi cenário de «graves recontros» entre FNLA e MPLA, na sequência dos quais «dois sargentos e 15 soldados do ELNA se entregaram às FAPLA, também se teriam registado combates no Lobito, mas desconhecia-se o número vítimas».
Em Luanda e na véspera, realizaram-se os funerais dos guerrilheiros do MPLA que foram vítimas do confronto com tropas portuguesas, no Bairro Maria Alice. Tinham atacado as NT pelas costas. Em Malanje, relatava o Diário de Lisboa que «se refugiaram 6000 pessoas no quartel da Forças Armadas Portuguesas».
Emblema da 2ª. CCAV.
8423, de Aldeia Viçosa


Salcedas da 2. CCAV.
faleceu há 17 anos !


O 1º. cabo Salcedas, combatente da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, faleceu a 31 de Julho de 2006, aos 54 anos de vida!
João Duarte Salcedas, de seu nome completo, foi atirador de Cavalaria de especialidade militar e natural de Sítio do Lameiro da Moita, povoação da freguesia de Aldeia do Carvalho, na Covilhã. Lá regressou a 10 de Setembro de 1975, depois de concluir a sua missão militar em Angola e nos Cavaleiros do Norte comandados pelo capitão miliciano José Manuel Cruz. Que, além da vila de Aldeia Viçosa, também passou pela cidade de Carmona.
Desconhecemos a origem da sua morte, ou quaisquer outros factos da sua vida pessoal, mas hoje e em sua memória, aqui o recordamos com saudade. RIP!

sábado, 29 de julho de 2023

7 246 - A operação de retirada dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 do Uíge para Luanda!

O tenente João Mora, que amanhã faria 97 anos. Aqui, no Quitexe e em 1974/75
com os furriéis milicianos Neto, Viegas e Monteiro e 1º. cabo Miguel Teixeira, em
frente à secretaria da CCS do BCAV. 8423

Cavaleiros do Norte de Zalala: 1º. cabo Hélio Rocha (TRMS),
alferes Lains dos Santos e os furriéis Plácido Queirós e
Américo Rodrigues (já falecido a30/08/2018), todos
milicianos da 1ª. CCAV. 8423


Aos dias 29 de Julho de 1975, já lá vão 48 anos..., realizou-se nova «reunião de trabalho com elementos do Quartel General da Região Militar de Angola» para preparar a operação de retirada dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, de Carmona (Uíge) para Luanda.
A imprensa do dia noticiava que «a situação  militar não evoluiu nada». A FNLA continuava no Caxito, mas alegadamente com esta localidade cercada por forças do
Francisco Madaleno, atirador de
Cavalaria do PELREC e um GE
do Quitexe
MPLA. Em Luanda e «ao fim de tarde de ontem, irrompeu cerrado duelo de armasligeiras e pesadas, nas imediações de S. Pedro da Barra», onde as tropas da FNLA «continuavam a resistir ao assédio do MPLA».
Malanje era cidade onde «os combates recomeçaram ao fim da tarde de ontem, com particular violência» e dois aviões portugueses, com reabastecimentos para a população, «foram atingidos pelo fogo cruzado» do MPLA e da FNLA, «tendo ficado feridos dois tripulantes». Daqui e escoltadas por forças militares portuguesas, iriam ser «evacuadas 700 pessoas que se tinham refugiado o quartel português».
Notícia do Diário de Lisboa
de 29 de Julho de 1975

Fome desesperada e 
mais de 300 mortes nas
zonas da FNLA !

A norte, para as bandas dos Cavaleiros do Norte, «as estradas de acesso ao Uíge, dominado pela FNLA, estavam bloqueadas pelas forças do MPLA»
Os abastecimentos de urgência, por isso mesmo, tinham de ser feitos por via aérea. As organizações de assistência do Governo e os missionários «apenas podiam dar aos refugiados um pedaço de terra e sementes».
A situação era tanto mais dramática quanto tinham chegado 300 000 (!?) refu-
giados angolanos do Zaire. «A escassez de alimentação tornou-se desesperada», relatava o Diário de Lisboa, citando, também, «os refugiados que con-
tinuavam a afluir de Luanda, onde mais de 300 pessoas foram mortas nos combates entre as forças do MPLA e da FNLA».
O vespertino da capital portuguesa acrescentava que «40 pessoas morrem diariamente de fome, no distrito do Uíge».
Tenente João Mora,
em 1974 e no Quitexe


Tenente João Mora
faria 97 anos !


O tenente João Mora faria 97 anos a 30 de Julho de 2021, amanhã. Faleceu aos 77, a 21 de Abril de 2003.
João Eloy Borges da Cunha Mora foi 2º. comandante da CCS do BCAV. 8423, a subunidade do Quitexe, adjunto do capitão António Martins de Oliveira, e regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975.
Era o tenente Palinhas, assim popularizado entre a guarnição, por sempre exigir e ele memso bater palada - o cupromento militar. Era casado com uma senhora de origem indiana - que o acompanhou na jornada africana da Angola. Natural de Pombal, continuou a sua carreira militar, fixando residência em Lisboa (à Lapa), onde faleceu, vítima de doença. 
Hoje, o recordamos com saudade. RIP!!!

sexta-feira, 28 de julho de 2023

7 245 - Tensão em Carmona e todo o Uíge! Cavaleiros do Norte a preparar rotação para Luanda!

O tenente coronel Gilberto Santos e Castro, oficial português que apoiou e comandou tropas da FNLA e
Holden Roberto, presidente da mesma FNLA,  no Ambriz e a 25 de Outubro do ano de 1975

O furriel Viegas e o capitão
Domingues, do QG da Região
Militar de Angola

A segunda-feira do dia 28 de Julho de 1975, há 48 anos e lá pelas terras uíjanas, foi tempo de se saber que o tenente-coronel Santos e Castro era o ex-oficial português que, no Caxito, comandava as tropas da FNLA - que dali tinham expulsado o MPLA, após «duros e violentos combates».
Gilberto Manuel dos Santos e Castro era prestigiado oficial português e tinha sido comandante da 1ª. Companhia de Comandos formada em Angola. 
Natural do Lobito, em Angola, onde nasceu a 7 de Junho de 1928, fez carreira militar na Arma de Artilharia e faleceu a 20 de Abril de 1996, aos 68 anos e na sua residência de Oeiras. 
Foi oficial distinto, brilhante e muito respeitado pelos camaradas de armas. Português e angolano, tinha grande desconfiança dos políticos e,  depois do 25 de Abril, quando se demitiu das Forças Armadas e optou por combater em Angola contra os movimentos de libertação, dizia que «se os bravos de todos os lados se sentassem à mesa teriam resolvido a situação de outra maneira». 
Era irmão do engº. Fernando Santos e Castro, que tinha sido Governador Geral de Angola, presidente da Câmara Municipal de Lisboa e deputado nacional, antes do 25 de Abril. E tio de José Ribeiro e Castro, político da actualidade portuguesa, ligado ao CDS e que já foi deputado europeu.
A situação no Caxito, cidade próxima de Luanda e na Estrada do Café (até Carmona) estava «estacionária, com alguns blindados da FNLA a ocuparem a localidade desde há alguns dias», mas sem conseguirem avançar sobre Luanda. O MPLA, noticiava o «Diário de Lisboa», «fez um cerco às forças da FNLA e começou a sabotar as pontes».
Cavaleiros do Norte do PELREC: Marcos,
Madaleno, Pinto (1º. cabo) e Ferreira  
 

Carmona a preparar a
rotação para Luanda !

A cidade de Carmona e o Uíge, por esse tempo, continuavam aparentemente calma mas... tensos!, nomeadamente devido às cada vez mais delicadas relações da tropa portuguesa com a FNLA. Por acréscimo, eram crescentesn graduais e levedadas as  críticas da comunidade civil quanto à acção dos Cavaleiros do Norte que, a todo o custo, procuravam «evitar males futuros». 
Mesmo asperamente maltratados e, dia a dia, muito insultados nas ruas e espaços públicos da cidade - cafés, restaurantes, esplanadas e cinemas. A fazer doer a alma daqueles que, na imberbidade dos seus 22 para 23 anos, ali estavam dispostos a tudo,  para defender pessoas e bens, até a dar vida por terceiros!
A 28 de Julho de há 46 anos, de novo o Comando do BCAV. 8423 reuniu com «elementos do Quartel General da Região Militar de Angola», para preparar a operação de retirada de Carmona para Luanda. O mesmo acontecera a 23 e repetiu-se a 29. O objectivo essencial era «obter os meios necessários à execução de tal operação» e um dos elemento do QG era o capitão Domingues - que eu conhecera da sua relação familiar (primo) com Fátima Resende, ao tempo esposa de José Bernardino Resende, conterrâneo e amigo.

Raúl Corte Real, capitão miliciano
e comandante da CCÇ. 4145,
a de Vista Alegre

A CCAÇ. 4145 e
a 1ª. CART. 6322!


O comandante Almeida e Brito deslocou-se, precisamente um ano  antes, a Vista Alegre, para «contacto operacional» com a ali aquartelada CCAÇ. 4145.
Esta subunidade do BCAV. 8423 era comandada pelo capitão miliciano Raúl Corte Real e o quadro de oficiais incluía os também milicianos alferes Adão Moreira (que substituiu Dias, despromovido a furriel), Rosa, Fonseca e Aguiar.
Ainda neste mesmo dia de há 49 anos, registou-se «a retirada do  Subsector», da 1ª. CART do BART. 6322, que «trabalhava na área dos «quartéis» de Camabatela e Quiculungo» - a ZA do BCAV. 8423. Os artilheiros da 1ª. CART. 6322, recordemos, faziam parte do Comando Operacional de Tropas de Intervenção 2 (COTI 2) e estava, há 49 anos e desde 18 de Julho anterior, sob dependência operacional do BCAV. 8423.

quinta-feira, 27 de julho de 2023

7 244 - Calma fictícia no Uíge angolano do norte! Iminentes problemas com a FNLA!

O PELREC da CCS do B CAV. 8423, há 49 anos. De pé e da esquerda para a direita, o 1º. cabo Florindo (enfermeiro),
Caixarias. 1º. cabo Pinto, Marcos, 1º. cabo Ezequiel, Florêncio, 1º. cabo Soares (já falecido), José Neves, Messejana
(f.) e 1º. cabo Almeida. Em baixo, furriel Neto, Madaleno, Aurélio (Barbeiro), 1ºs. cabos Hipólito e Oliveira (TRMS), Leal (f.), Francisco, furriel Viegas e 1º. cabo Vicente (f.)
O cozinheiro José Miguel dos Santos, soldado da
CCS e à saída de Igreja do Quitexe (em 1974)

O dia 27 de Julho de 1975, há 48 anos, foi um domingo e a cidade de Carmona e todo o Uíge angolano continuavam pacíficos e aparentemente calmos.
Paz e calmaria que se presumia mas de que se desconfiava. E nada que evitasse, pelo contrário..., o permanente alerta dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, lá aquartelados e bem «avisados» para iminentes problemas com o ELNA - o Exército de Libertação de Angola, o braço armado da FNLA de Holden Roberto.
O livro «História da Unidade», sobre este tempo de há 48 anos, refere mesmo «uma calma fictícia» a que então se vivia pelos chãos uíjanos do norte de Angola, aqui e ali caldeada de ameaças e boatos, murmúrios e dúvidas, numa altura em que já toda a gente (a civil incluída) sabia da cada vez mais próxima, desejada e muito ansiada retirada da tropa, para Luanda.
Isto acontecia mais de 14 meses depois da chegada dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 ao Uíge angolano: ao Quitexe (a CCS), à Fazenda de Zalala (a 1ª. CCAV. 8423), a Aldeia Viçosa (a 2ª. CCAV. 8423) e à Fazenda Santa Isabel (a 3ª. CCAV. 8423),
Os Cavaleiros do Norte, já «habituados» a desconsiderações de parte da comunidade civil branca, tinha também que «achar respostas» para as continuadas e perigosas «queixas e ataques da FNLA».
Notícia do «Diário de Lisboa» de há 48 anos!

ELNA´s/ MPLA´s 
dispararam
sobre militares portugueses!

Luanda, nesse dia dominical de há 48 anos, acordou com com «um sangrento incidente» no Bairro Vila Alice e envolvendo militares portugueses e do MPLA: «Mm grupo armado das FAPLA desarmou militares portugueses que seguiam numa viatura do Exército»,  relata(va) o «Diário de Lisboa» do dia seguinte.
Depois disso e de mandarem seguir a viatura, «abriram fogo pelas costas, contra os ocupantes, ferindo dois, u deles em estado grave».
O Comando Operacional de Luanda (COPLAD) reagiu e exigiu a entrega dos agressores, até às 8 horas da manhã - o que não aconteceu. Nem foram entregues os culpados, nem qualquer explicação foi dada.
As forças armadas portuguesas aguardaram até às 10 horas e, então e sem qualquer reacção do MPLA, «montaram um dispositivo para deter os elementos das FAPLA, estacionados em Vila Alice».
O comandante da força discutiu com o responsável do MPLA e, quando se encontrava no exterior, «as forças das FAPLA dispararam sobre as forças portuguesas, que ripostaram». Generalizou-se o incidente que acabou por «provocar mortes e feridos entre o MPLA e civis». Ler AQUI

O Enclave de Cabinda

FLEC não reconheceu
e demitiu Nzita Tiago


Malanje, no leste e no mesmo dia 27 de Julho de há 48 anos, foi cenário de novos combates entre o MPLA e a FNLA, «após uma ligeira trégua conseguida pelas autoridades portuguesas», que pretendiam «a evacuação dos feridos e o reabastecimento de víveres» para a população.
Enquanto isso, a FLEC emitiu um comunicado a desmentir «a legitimidade e representatividade de Nzita Henriques Tiago», que em Paris se apresentara como 1º. Ministro do Governo Revolucionário Provisório de Cabinda, com Luisi Ballu como Ministro dos Negócios Estrangeiros.
«Não pode comprometer o nosso movimento sem autorização do presidente Luís Ranque Franque», referia o comunicado, sublinhando também que «esta sua iniciativa e portanto demagógica e das mais graves consequências».
O documento da FLEC frisava depois que «foi já demitido da funções que tinha na FLEC» e considerava que «o acto inqualificável destes dois homens constitui um acto de afirmação pessoal em detrimento dos superiores interesses da nação cabinda, no momento em que, em Kampala, se tornam importantes decisões quanto ao acesso de Cabinda a sua soberania».

quarta-feira, 26 de julho de 2023

7 243 - Comandante em Aldeia Viçosa, críticas de civis e guerra total entre a FNLA e o MPLA!


Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 em Aldeia Viçosa: furriel José Fernando Melo, alferes Jorge
Capela e João Machado, comandante Almeida e Brito e capitão José Manuel Cruz
As instalações da 2ª. CCAV 8423, em Aldeia Viçosa e
 a 24 de Setembro de 2019, quando por lá passou o
furriel Viegas, da CCS


O comandante Carlos Almeida e Brito, tenente-coronel de Cavalaria, deslocou-se a Aldeia Viçosa no dia 26 de Julho de 1974.
Há 49 anos!

A vila de Aldeia Viçosa era onde se aquartelava a 2ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão José Manuel Cruz, que o acompanhou nas reuniões com as autoridades tradicionais locais.
O comandante do BCAV. 8423 fez-se acompanhar por alguns oficiais do Quitexe e pelas autoridades administrativas e eclesiásticas locais e o dia foi também tempo para uma deslocação à Fazenda Minervina, em continuação do trabalho de «mentalização das populações» para a nova situação militar e política - a decorrente do 25 de Abril.
Um ano depois, precisamente, regressaram a Carmona os Cavaleiros do Nporte que na vespera, e à terceita tentativa, integaram e protegeram a coluna para Salazar. E também, segundo o livro «História da Unidade», «o pessoal que tínhamos em Luanda» desde há alguns dias.
Pessoal da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala e ao tempo já na cidade de Carmona, onde, desde 6 de Junho, «estava instalada no aquartelamento da extinta ZMN» - a Zona Militar Norte,

Alferes miliciano Periquito e Cruz, capitão Cruz e al-
feres Carvalho (de pé) e Jorge Capela (em baixo). Aqui,
no quartel de Aldeia Viçosa, na 2ª. CCAV. 8423


Guerra total entre a
FNLA e o MPLA e críticas
da comunidade branca!


A cidade de Luanda, de onde chegaram os Cavaleiros do Norte de Zalala, registara na véspera mais confrontações armadas entre a FNLA e o MPLA - em S. Pedro da Barra, Cazenga e Cuca.
A declaração de «guerra total» foi feita a 25 de Julho, por Holden Roberto e aos microfones da Emissora Oficial de Angola, exortando o seu exército (o ELNA) a, e citamos o «Diário de Lisboa» desse tempo, a continuar «o fogo sobre o inimigo, em todas as frentes», porque, sublinhou, «a nossa luta é definitiva e só terminará com a libertação de Luanda e a reocupação de todas as nossas posições».
O MPLA, na voz do presidente Agostinho Neto, reagiu com a proclamação da «resistência popular generalizada» e incitando «todos os verdadeiros patriotas para que se mobilizem para responder, pela violência revolucionária, a todas as agressões dos bandos assassinos do ELNA/FNLA».
O Caxito continuava ocupado pela FNLA, que lá tinha 7 carros blindados, metralhadoras de fabrico americano e tropas de infantaria.
O MPLA continuava a controlar Henrique de Carvalho e Salazar. Malanje voltou a registar «conflitos muito violentos, envolvendo armas ligeiras e pesadas».
Carmona, onde as NT eram ameaçadas pela FNLA e fortemente criticadas pela comunidade civil, felizmente ia continuando minimamente calma. As NT, sublinha o Livro de Unidade, eram «permanente alvo de críticas das populações brancas».
F. Silva, o
Mamarracho

Silva, o Mamarracho
da mítica Fazenda Zalala,
faleceu há 28 anos !


O soldado Fernando Alves da Silva, condutor auto-rodas de especialidade militar  combatente da 1ª. CCAV. 8423, faleceu há 28 anos: a 27 de Julho de 1995.
Cavaleiro do Norte da mítica Fazenda Maria João, a de Zalala, e por lá popularmente conhecido como Mamarracho (vá lá saber-se porquê...), regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975 - no final da sua jornada africana do norte de Angola e depois de também ter passado por Vista Alegre / Ponte do Dange, Songo e Carmona. 
Chegado a Portugal, fixou-se em Vilar de Perdizes, a sua terra natal, no transmontano município de Montalegre, e onde nasceu da 13 de Outubro de 1952.
Pouco mais sabemos dele: apenas que terá falecido muito novo, há 28 anos e aos 43 de idade, não sabemos se por doença ou se por acidente. Hoje o recordamos com saudade! RIP!!

terça-feira, 25 de julho de 2023

7 242 - Coluna do BCAV. 8423 saiu de Carmona para Salazar e o comandante em 4 fazendas!


Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423 numa visita turística às Quedas do Duque de Bragança. De
pé, Almiro Brasil, furriel João Dias, alferes Lains dos Santos, furriel Évora Soares (já falecido), 1º.
cabo Carlos Carvalho e António Famalicão (Agra). À frente, Carlos Costa (TRMS) e Fernando
 Alves da Silva, o Mamarracho e/ou Montalegre (que faleceu há 28 anos). RIP!!!

O padre António Albino Capela com a Família Rei,
em frente à Igreja de Santa Maria de Deus do Quitexe


A coluna-auto do Movimento de Viaturas Ligeiras (MVL) que por duas vezes tinha sido «barrada» pela FNLA saiu finalmente da cidade de Carmona na madrugada de 25 de Julho de 1975. 
Uma sexta-feira de há 48 anos!
À terceira vez foi de... vez!
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, houvesse o que acontecesse, agora não iriam «ceder», e não cederam, em nome de uma paz fictícia - como era a que se vivia em Carmona e pelo Uíge fora...- , às cavaleiras da sua determinação e..., por que não dizê-lo?..., da coragem com que, dia e noite, sem quebrar ritmos e quantas vezes sem descanso, enfrentavam todos s problemas de uma situação de guerra civil iminente. Há 48 anos, e à terceira tentativa..., nada iria impedir o avanço e trânsito da coluna. E assim foi!
A primeira tinha sido a 13 de Julho, a segunda a 21..., e nas duas imperou a responsável consciência de se evitar inútil derramamento de sangue, para impor a circulação do MVL. Qe teria de ser à... força.
A coluna, protegida pelos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, chegou tranquilamente à cidade de Salazar, a capital da província do Quanza Norte e muito importante nó rodoviário e ferroviário angolano. É, logo depois da independência,  a actual cidade de N´Dalatando.
A coluna regressou no dia seguinte à capital do Uíge! Sem quaisquer problemas.
Daniel Chipenda

As conquistas da FNLA 
e Chipenda em Carmona!

O mesmo dia de há 48 anos foi também tempo de saber-se que a FNLA reconquistara o Caxito pela força das armas e que «pequenos grupo do ELNA estão a fazer esforços para alcançar Luanda, pelo mar».
Daniel Chipenda continuava em Carmona e, através da rádio, fez saber que as forças armadas do seu movimento - o ELNA da FNLA - tinham recomeçado a viagem para Luanda «com o intuito não de negociar mas de tomar o poder».
«As nossas forças marcham sobre Luanda e esperamos que a sua entrada na capital se faça nos próximos dias», disse Daniel Chipenda, precisando, ainda, que «vamos para Luanda não para negociar mas para dirigir» e recusando a a ideia de «criar um Estado a Norte» - precisamente no Uíge, por onde jornadeavam os Cavaleiros do Norte e que era o seu principal reduto.
«Não queremos balcanizar o nosso país. A nossa capital não é nem Carmona nem S. Salvador, mas sim Luanda», disse Daniel Chipenda.

Chandragoa, uma das 4 fazendas há 48 anos
visitadas pelo comandante Almeida e Brito

Dia da Cavalaria e
visitas a fazendas !


Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, um ano antes, em 1974 e com o seu Comando instalado na CCS, na vila do Quitexe, assinalaram o Dia do Exército «com cerimónias simples».
O dia foi também assinalado por visitas do comandante Carlos Almeida e Brito a várias fazendas da ZA quitexana: à Guerra e à Chandragoa, à Buzinaria e à Isabel Maria. Fez-se acompanhar por autoridades administrativas e eclesiásticas locais, não custando adivinhar, por isso mesmo, que a delegação incluiria o administrador de Concelho do Dange (Octávio Pimentel Teixeira, e/ou o seu adjunto Galina) e o padre Albino Capela, titular da Missão do Quitexe.
O padre Capela abandonou o sacerdócio depois de regressar  a Portugal, constituiu família em Barcelos e faleceu a 27 de Abril de 2913, aos (quase) 81 anos. RIP!!!

segunda-feira, 24 de julho de 2023

7 241 - O inaceitável ultimato da FNLA e uma coluna militar poderosa para operação de grande envergadura!


Cavaleiros do Norte da CCS na parada do Quitexe. Atrás, de pé, José Rebelo, Wilson Moreira (?), furriéis
Mosteias (de cabelo rapado, já falecido), Neto (de bigode), José Pires e Rocha (de boina), dra.
 Graciete Hermida, NN, alferes Hermida (de bigode e quico, já falecido) e... Os 3 últimos da direita são os
1ºs. cabos Pires (Fecho-eclair, mais atrás), Oliveira (de boina e braços esticados) e o soldado
Couto Soares (de quico). Na segunda fila, o Madaleno, um sapador (?), o 1º. cabo Luciano
(rádio-montador), 1ºs. cabos Coelho (Buraquinho) e Gomes (à civil) e..., quem? À frente, o 1º.
cabo Florindo (depernas para a frente) e Costa (?, rádio-telegrafista), NN, Cabrita, NN, furriel
furriel Cândido Pires e... quem é? Quem ajuda a identificar os não identificados?

O alferes miliciano João Machado e os capitães
José Paulo Falcão e José Diogo Themudo (2º.
coman
dante do BCAV. 8423) na varanda do
BC12, em Carmona e em 1975

A situação militar em Carmona, há 48 anos, evoluiu de forma rápida, na sequência das posições da FNLA, cada vez mais extremistas e de dedos apontados às tropas portuguesas.
E, em particular, aos Cavaleiros do Norte do BCAV.  8423, no caso do Uíge.
Santo António do Zaire, na fronteira com o Zaire de Mobutu Sese Seko - a actual República Democrática do Congo -, já era considerada indefensável e, relativamente a Carmona e Negage, consueravam as autoridades que seria «imperioso desencadear uma operação de grande envergadura» que permitisse às NT «controlar as duas cidades».
O livro «Segredos da Descolonização de Angola», de Alexandra Marques, que citamos, refere que, quanto às três localidades, a opção seria «abandono ou reforço de posições», pois os efectivos eram manifestamente «insuficientes para atender a todos os pontos importantes».
A guarnição do Uíge, de todo o Uíge..., estava praticamente reduzida aos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 e a pouco mais de meia-dúzia de especialistas, não operacionais, que «sobravam» no edifício da Zona Militar Norte (a ZMN) e Comando do Sector do Uíge (CSU). Para se ter uma ideia, de comparação, não seriam mais de 500 homens para uma área de 58 698 quilómetros, bem mais de metade de Portugal.
A 24 de Julho, o Presidente da República Costa Gomes recebeu uma sintomática mensagem de Silva Cardoso, o Alto Comissário de Portugal em Angola: era «absolutamente necessário evacuar, também e em simultâneo (com Santo António do Zaire), a tropa e a população de Carmona e Negage, pela força, se necessário fosse».

Furriéis milicianos de Zalala: Eusébio, Queirós
 e Victor Costa (de pé), Rodrigues, Barata,
José Louro e Manuel Dias. Eusébio, Dias,
Barata e Rodrigues já faleceram! RIP!!!

O ultimato inaceitável e uma
coluna militar poderosa !


Costa Gomes, ainda segundo Alexandra Marques, considerou «inaceitável» os termos do «ultimato relativo às condições de saída» de Carmona e do Negage, mas aceitava que «uma coluna militar poderosa», envolvendo «tropas especiais, artilharia, blindados e todo o apoio aéreo possível» evacuasse as duas cidades. 

A operação deveria processar-se com «algum tempo e demora».
A FNLA era a «senhora do Uíge» e queria forçar a entrada em Luanda. A 24 de Julho de há 46 anos, tomou a Barra do Dande e Caxito, mas continuava cercada no Forte de S. Pedro da Barra e no Cazenga. Luanda, aliás, acordara na véspera com combates nos bairros da CUCA e Cazenga. E prosseguiam os do Caxito, a 50 quilómetros, e especulava-se sobre a eventualidade de Daniel Chipenda estar à frente de uma coluna de blindados para forçar a reentrada na capital. Chipenda, recordemos, estava há vários dias em Carmona.
Os Cavaleiros do Norte continuavam de armas aperradas, prontos para tudo o que desse e viesse, sem se deixarem intimidar pelas permanentes ameaças da FNLA. A reunião da véspera, entre os Comandos Militares portugueses e os responsáveis da FNLA, tinha sido muito tensa - numa altura em que as NT encaravam, também, a continuada e crescente hostilidade de grande parte da população civil branca.

João P. Silva
Silva de Zalala, 71
anos em Vila Verde!


O soldado João Pereira da Silva, combatente da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda de Zalala, festeja 71 anos a 24 de Julho de 2023. Hoje mesmo!
Atirador de Cavalaria de especialidade militar, foi Cavaleiro do Norte também da vila de Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona,tudomterrasndoUíge angolano, e por lá conhecido como João Pereira.
Regressou a Portugal a 9 de Setembro de 1975, no final da sua jornada africana do norte de Angola, por terras do Uíge, e fixou-se em Assento, lugar da freguesia de Lage, em Vila Verde. Sabemos que esteve alguns anos emigrado em França e agora reside em Moure, também no minhoto município vilaverdense.
É para lá e para ele que vai o nosso abraço de parabéns!
Manuel Lopes

Lopes de Aldeia Viçosa,
71 anos em Alcanede !


O soldado atirador de Cavalaria Lopes, Cavaleiro do Norte da 2ª. CCAV. 8423 do BCAV. 8423, festeja 71 anos a 25 de Julho de 2023. Amanhã, dia 25 de Julho de 2013.
Manuel Fernando de Jesus Lopes, de seu nome completo, foi combatente da vila de Aldeia Viçosa e depois da cidade de Carmona. Ao tempo, era residente (e ainda actualmente morador) na Aldeia de Além, freguesia de Alcanede, no concelho de Santarém. Lá regressou a 10 de Setembro de 1975, depois de cumprir a sua (e nossa) comissão militar no nortenho Uíge de Angola, dividida entre Aldeia Viçosa e a cidade de Carmona.
Parabéns! E que a data se repita feliz, por muitos e bons anos, lá pelo ninho familiar da sua Praceta da Minho do Vento!