O dia 17 de Abril de 1975, em Luanda, foi marcado por inusitado acontecimento, relatado pelo Diário de Lisboa, que cita-
mos: «A senhora Daphne De Groot, es-
posa do Cônsul da Holanda em Luanda, foi brutalmente espancada por três militantes da FNLA».
A agressão ocorreu durante uma visita ao jornal «A Província de Angola», afec-
to a este movimento, e quando se en-
contrava no gabinete do director, Rui Correia de Freitas, que «mandou chamar militares do ELNA (Exército da FNLA), que agrediram a visitante».
O acontecimento, ainda segundo o Diário de Lisboa, «deve-se provavelmente ao apoio recen-
temente anunciado pela Holanda, ao MPLA» no decorrer da visita de Agostinho Neto a este país.
Rui Correia Freitas era, de acordo com o Diário de Lisboa, «um elemento ligado ao ex-regime fas-
cista-colonialista e teve papel de relevo no golpe falhado de 28 de Setembro». Foi-lhe emitido um mandato de captura e refugiou-se na África do Sul, «tendo regressado em princípios de Março, sob protecção da FNLA».
Daphne de Groot era esposa de Rudolfo de Groot, Cônsul holandês em Luanda. Já viúva, vive actu-
almente em Inglaterra. Tinham chegado a Luanda
Rudolfo Groot |
O filho Peter de Groot, que então os acompanhava, relatou-nos que os pais foram depois para a cidade de S. Paulo, no Brasil, e voltaram a Angola em 1978.
«Meu pai saiu do movimento diplomático, finalmente, em 1990 e foi viver para Portugal. Residia em Almoçageme, onde faleceu no mês de Agosto de 2014, aos 81 anos», disse-nos Peter de Groot, que actualmente trabalha na Rússia.
Os furriéis José A. Monteiro e João Peixoto na messe de sargentos (ex de oficiais) de Carmona, no Bairro Montanha Pinto |
Cavaleiros do Norte
por terras do Uíge !
Os Cavaleiros do Norte, refrescados com dois grupos de combate, continuavam a sua missão por terras do Uíge. Não só na cidade de Carmona, com o também em outros centros urbanos - Quitexe, Aldeia Viçosa e Vista Alegre, Songo e Negage, por exemplo - e tam-
bém nos grandes itinerários do território.
As grandes dificuldades, pelas bandas de Carmona, tinham a ver com as crescentes diferenças entre o MPLA e a FNLA, que chegavam a pontos de as suas forças trocarem fogo entre si, em repetidos inciden-
tes, assim desestabilizando a segurança pública da cidade e dos cidadãos.
«Está-se conseguindo uma situação de calma, fictícia, é certo, mas que per-
mite manter um dia-a-dia mais ou menos estável, quebrado por um ou outro incidente», ralata(va) o livro «História da Unidade» - o BCAV. 8423.
Joaquim G. Mendes da 2ª. CCAV. 8423 |
Mendes de Aldeia Viçosa,
66 anos em Vila de Rei!
Mendes, soldado atirador de Cavalaria da 2ª. CCAV. 8423, festeja 66 anos a 17 de Abril de 2018.
Joaquim Gaspar Mendes foi Cavaleiro do Norte da Companhia de Aldeia Viçosa (e depois Carmona), comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz, e é natural do lugar de Souto, da freguesia de Fundada, no concelho de Vila de Rei, aonde regressou a 10 de Setembro de 1975, no final da sua comissão militar em Angola.
Mora agora em Estevais (na Rua da Sobreira), no mesmo concelho do distrito de Castelo Branco, por lá fazendo a sua vida familiar e profissional. Para lá vai o nosso abraço de parabéns!
Sem comentários:
Enviar um comentário