CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

1 916 - Espectáculo do MFA e Agostinho Neto em Lisboa

Pavilhão do Clube Recreativo do Uíge (em cima) 
e Agostinho Neto no aeroporto de Lisboa, há 39 anos



A 21 de Janeiro de 1975, Cavaleiros do Norte das quatro sub-unidades assistiram (uns) e participaram (uns) num espectáculo do MFA, em Carmona. No Pavilhão do Recreativo Clube do Uíge. Era uma terça-feira e sabe bem lembrar o entusiasmo que por esses dias (e vésperas) se viveu em volta da iniciativa, que quase encheu o pavilhão - envolvendo a população civil de Carmona.
A 22 de Janeiro de 1975, Agostinho Neto, presidente do MPLA, despediu-se de Portugal, onde tinha continuado, depois da Cimeira do Alvor. À despedida, no aeroporto, afirmou, segundo leio na Diário de Lisboa desse dia, ter verificado que "o Governo, as forças progressistas e o povo português, em geral, desejam, sinceramente, o estabelecimento de uma efectiva cooperação e amizade entre Angola e Portugal". E afirmou "desejar a todos os portugueses os maiores sucessos, uma caminhada irreversível para a democracia".
O presidente do MPLA referiu também que "o Acordo do Alvor corresponde aos interesses do povo angolano" e que "o entendimento entre os movimentos de libertação era indispensável para a constituição de um Governo de Transição", entendimento que, frisou, "o MPLA defenderá sempre".
Agostinho Neto, depois da Cimeira, estivera já com estudantes universitários angolanos do Porto, Coimbra e Lisboa, e, na capital, reuniu dirigentes de vários partidos portugueses. Na véspera (21 de Janeiro), almoçou com os ministros Melo Antunes e Mário Soares e foi recebido pelo 1º. Ministro, Vasco Gonçalves, em "ambiente de grande cordialidade". Ao fim da tarde, esteve na sede da Associação Portuguesa de Escritores.
Partiu, há 39 anos, para a Argélia, de onde seguiria para a Tanzânia e a Zâmbia, antes de Luanda, onde era previsto chegar a 31 de Janeiro, para "assistir à posse do Governo de Transição".

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