Alferes Machado e capitães Falcão e Themudo na varanda do comando do BC12 (1975)
O capitão Themudo foi assumir as funções de 2º. comandante - que não tínhamos desde as vésperas da nossa partida para Angola (29 de Maio de 1974), quando o major Ornelas Monteiro foi requisitado para o Comando-Chefe das Forças Armadas da Guiné.
A 21 de Março desse mesmo ano, os Estados Unidos anunciaram um apoio de 600 000 contos a Portugal e o senador Edward Crock viria a Lisboa para «saber como é que uma parte dessa verba seria canalizada para os territórios africanos».
A 20 de Março desse mesmo 1974, fomos atordoados com a notícia da morte, em Lamego, no Centro de Instrução de Operações Especiais (o nosso CIOE), do aspirante a oficial miliciano Pinto, instrutor de minas e armadilhas e vítima do rebentamento de uma granada de mão. Era natural de Ribalonga - Carrazeda de Ansiães. Tinha sido nosso instrutor (meu, do Neto, do Monteiro e do Garcia, da CCS; do Sousa e do Pinto, da 1ª. CCAV.; do Machado e do Letras, da 2ª. CCAV.; e do Rodrigues e do Reino, da 3ª. CCAV.) e, do mesmo acidente, faleceu o soldado cadete Victor Manuel Ramires Pereira, que era do Lavradio (Barreiro). Houve 14 feridos.
O acidente tinha ocorrido a 16 de Março, nas imediações do CIOE - em local bem nosso conhecido. Menos de um ano antes, entre finais de Junho e Setembro de 1974, por lá tínhamos feito o mesma instrução de explosivos, minas e armadilhas. As mortes ocorreram precisamente no dia, sábado, em que entrámos, Cavaleiros do Norte, a gozar as licenças de normas - os 10 dias de mobilização.
- THEMUDO. José Diogo da Mota e Silva Themudo, capitão de
Cavalaria. Atingiu a patente de coronel, aposentado, faz 73 anos
em Setembro e mora em Lisboa.
- FERREIRA. Carlos Augusto Monteiro da Silva Ferreira, alferes ~
miliciano médico, em diligência na CCS. Pertencia ao Hospital Militar
de Luanda e julgo morar em Lisboa.
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