Songo. O que, em Dezembro de 2012, restava do quartel onde , há 39 anos, estava a 1ª. CCAV. 8423. Reconhece-se o escudo português, na foto de Carlos Ferreira. Em baixo, o Songo de 1975
Aos meados de Maio de 1975, a situação agravava-se em Carmona, onde os Cavaleiros do Norte, sempre sem esmorecimentos ou medos, iam dando conta do recado - que era manter a segurança das zonas urbanas e dos itinerários principais, assim como os interesses fulcrais da cidade: reabastecimentos, hospital, comunicações, aeroporto, transportes.
«O galopar desenfreado dos acontecimentos», cito do Livro da Unidade, levou a «a admitir a necessidade de, pelo menos, fazer vir a 1ª. CCAV. 8423 para Carmona, abandonando Songo e Cachalonde». Estas guarnições, onde estava desde 24 de Abril anterior, eram, da parte dos comandos militares de Carmona, consideradas «desnecessárias, senão inconvenientes».
Ao mesmo tempo, em Luanda, o jornal «A Província de Angola», considerado afecto à FNLA, acentuava por estes dias de Maio de 1975, o possível regresso de Holden Roberto a Angola e admita-se 1 de Junho como o dia possível para a realização da cimeira inter-movimentos.
Agostinho Neto, de seu lado e em declarações ao jornal «Comércio de Luanda», afirmava que a cimeira era «necessária e o mais urgente possível», pois «apesar das diferenças ideológicas e metodológicas, é necessário, no interesse de Angola, encontrar um compromisso viável para que o Governo de Transição funcione». E achava «absolutamente imprescindível a presença portuguesa» na dita cimeira. A parte portuguesa, disse, «detém a soberania do nosso país e é parte do Governo de Transição».
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