Tenente Mora e furriéis Neto e Viegas no Quitexe
O tenente Mora tornou-se imortal na vida dos Cavaleiros do Norte, pelo seu porte, as suas características, a sua forma de estar, na vida civil e na militar. Ninguém esquece: se não lhe batêssemos palada de continência, batia-nos ele. Por essa lhe chamávamos o tenente Palinhas. E assim ficou na nossa memória, até aos dias de hoje.
Conhecêmo-lo melhor em Angola, começando no Quitexe - onde, numa das suas raridades militares, fez de oficial de dia. Ele, que, por natureza do seu posto de 2º. comandante da CCS, disso estava dispensado. Era, dizia ele, para «dar o exemplo».
A este dia de Junho de 1974, ainda nós eramos maçaricos da jornada africana do Uíge, soube-se por lá, pela leitura de jornais, que sul-africanos da tribo Ovempo, a do ministro da Justiça, se preparariam para entrar em Angola. Para, lia-se na imprensa, «receberem preparação para a guerrilha».
Jefta Makenda, o ministro, prometia castigo para quem se mudasse e uma multa de 6000 dólares para quem os ajudasse. E a alternativa não era nada simpática: um ano de prisão. Ou ambas as coisas. O ministro prometia recompensas para quem os denunciasse.
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