sábado, 27 de setembro de 2014

2 888 - Encontros e desencontros, guerra angolana a norte e a sul...


Atrás, o condutor Bigodes (de cigarro na mão; e o nome?), o Malheiro (1º. cabo, também de bigode e camisa de saída) e o Domingos Teixeira (entre o Morais e Cruz). Há ali três, meio tapados, que não identifico, parecendo ser o Cuba, o de óculos, a espreitar atrás do Teixeira (estofador). Atrás, à direita, os atiradores  Alberto Ferreira (de boina no ombro) e Almeida (já falecido). À frente, o condutor Silva, o Morais (furriel, o Cruz (alferes) e Aires (1º. sargento). Na foto de baixo, (furriel) Viegas, Manuel e Sérgio Viegas, a 27 /Set./14, ou 40 anos depois de se terem encontrado em Nova Lisboa




A 27 de Setembro de 1974, hoje se passam exactamente 40 anos, estava eu por Luanda e a fazer vésperas para regressar ao nosso Quitexe, depois das bem saborosas férias que me tinham levado ao Huambo (Nova Lisboa, Alto Hama, Caala, etc.), à Gabela e Novo Redondo, a Sá da Bandeira, Moçâmedes e Silva Porto (nestas duas, muito, muito brevemente...), Lobito e Benguela e, inevitavelmente, a Luanda - onde moravam e trabalhavam muitos e bons amigos e conterrâneos.
Hoje, na curvas da vida, reencontrei dois familiares próximos, que nos meados de Setembro de 1974, há já os tais 40 anos passados, achei em Nova Lisboa: o Sérgio e o Manuel, filhos de José Pires Viegas, primo direito de meu pai. Visitávamos nossas mães. Veio Nova Lisboa à conversa, fatalmente, e concluímos que eu e Manuel apenas nos encontrámos uma vez depois disso - em Julho de 2013, no funeral de seu (dele) pai. A vida levou-o a trabalhar na CUF, fixando-se na área metropolitana de Lisboa.
Há 40 anos, hoje se fazem, Almeida e Brito, o nosso comandante, reuniu no Comando de Sector do Uíge, em Carmona, tal como a 21, 23 e 25 - «sempre acompanhado de oficiais da CCS do BCAV. 8423». Na véspera, estivera na Fazenda Guerra «em convívio de amizade».
Um ano depois, a 27 de Setembro de 1975, já os Cavaleiros do Norte em Portugal, chegavam notícias da continuação de confrontos na zona do Caxito, no caminho de Luanda para Ambriz e (a nossa) Carmona.  Prosseguiam os confrontos, mas, segundo a imprensa da época, «não havendo notícias precisas sobre os combates». A zona estava ocupada pela FNLA e, no Caxito e Barra do Dande, «o MPLA fez um recuo estratégico, permitindo a ocupação dos Libombos, pela FNLA».
A sul, registavam-se incidentes entre o MPLA e a UNITA, a FNLA e o MPLA - que denunciava o apoio da de uma facção dissidente da sul-africana SWAPO aos dois exércitos rivais, sendo as forças de Holden Roberto «chefiadas pelo traidor Daniel Chipenda».
Desta data de 1975, uma última nota: os militares do Depósito Geral de Adidos recusaram-se a embarcar para Angola. Não foram os primeiros nem, julgo, os últimos.

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