Cavaleiros do Norte, no Quitexe, há 40 anos. Atrás, Cardoso, Carvalho, Bento,
Costa (morteiros) e Fernandes. Sentados, Rocha, Viegas, Morais, Pires (Bragança),
Fonseca e Flora. À frente, Ribeiro. Em baixo, notícia sobre os incidentes de Luanda
Costa (morteiros) e Fernandes. Sentados, Rocha, Viegas, Morais, Pires (Bragança),
Fonseca e Flora. À frente, Ribeiro. Em baixo, notícia sobre os incidentes de Luanda
Aos dias 12 de Novembro de 1974, a cidade de Luanda acordou para mais um dia sangrento. Foi há precisamente 40 anos: «A anarquia continua a reinar nesta capital, após dois dias de tiroteio, lançamento de granadas, esfaqueamentos e fogos postos, que causaram, pelo menos, 50 mortos e mais de 100 feridos», noticiciava o Diário de Lisboa.
Uma criança, lia-se no jornal «O Comércio», de Luanda, desse dia, foi atingida no Hospital de S. Paulo, onde estava a ser tratada, por «tiros disparados de um prédio vizinho». O hospital era o maior de Luanda e, lê-se no mesmo jornal, «está cheio de feridos».
Um família de 7 pessoas, ainda segundo o mesmo jornal «O Comércio, «está a ser tratada, depois de espancadas e anavalhadas, na sua casa». Os mortos eram «quase todos negros». Os desordeiros usavam «pistolas automáticas soviéticas sofisticadas».
A FNLA, o MPLA e a UNITA «condenaram os incidentes, rejeitando quaisquer responsabilidades neles».
Ia assim a vida, por Luanda. A 240 quilómetros da norte, a terra uíjana respirava calma. Serviços, futebol e cinema, desenfianços para Carmona e, mais atrevidamente, para Luanda; grandes e plurais discussões sobre a situação política, tudo e mais alguma coisa; grandes partidas de sueca e bisca, dominó e dados.
Vida santa, entremeada com algumas apresentações de elementos da FNLA, alguns deles já com cargos de chefia. E com escoltas aos homens da JAEA, que trabalhavam na estrada de Aldeia Viçosa a Ponte do Dange (concluindo os seus trabalhos e continuvam «o arranjo da estrada de Quitexe a Camabatela».
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