Pais, Viegas e Emanuel (no Estados Unidos) no bar do Rocha a mariscar e a cervejar
para o apetecido prato de bife com batatas fritas e ovo a cavalo. Em baixo,
notícia do Diário de Lisboa de faz hoje 40 anos
Aos 27 dias de Dezembro de 1974, ainda a faladíssima Cimeira Inter-Movimentos de Libertação estava por marcar. Savimbi, da UNITA e na véspera, partira de Barzaville - onde conferenciara com dirigentes do MPLA (incluindo Agostinho Neto), para Lusaka. Era para Lusaka que se expectava o iminente encontro tripresidencial. Sem se saber a data.
A Luanda e na véspera, regressara a delegação portuguesa que, em Kinshasa, se encontrara com Holden Roberto, o presidente da FNLA. Em Lisboa, um comunicado oficial da Presidência da República, negava o dia 3 de Janeiro como o dia da cimeira. A data fora avançada por um diário da capital.
«Esclarece-se que a notícia em causa carece de fundamento», referia a nota do Gabinete de Costa Gomes, frisando que «no presente momento. toda e qualquer informação sobre o assunto é prematura, nomeadamente quanto a datas e locais».
O dia 27 de Dezembro de 1974 era uma sexta-feira e, pelo Quitexe, justamente por ser sexta-feira, costumava ser de belos jantares no Pacheco, no Topete ou no Rocha, restaurantes da vila muito afreguesados de pessoal militar. A malta aburguesava-se um bocado, começando com uns pratos de marisco e uma boa Cuca - ou Skol, ou Eka, ou N´Gola, marcas de cerveja que matavam a nossa sede desse tempo.
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