Passagem de ano de 1974 para 1975, no Quitexe: furriéis milicianos Fernandes (de
mão dada ao Ribeiro), Viegas, Belo (de óculos), Grenha Lopes (tapado), Bento, Costa e
Flora (linha de trás), Ribeiro (de mão dada ao Fernandes), Rabiço, Graciano e
Abrantes (de cachimbo). Em baixo, notícia do Diário de Lisboa de há 40 anos!
Os exageros gastroalcoólicos da passagem de 1974 para 1975 passaram e a expectativa dos Cavaleiros do Norte medrou, quanto ao regresso a casa. Mal sabíamos, ou sequer imaginávamos, quanto tempo nos esperava pela frente. Viria a a ser apenas a 8 de Setembro e dias seguintes, companhia a companhia.
As notícias de 2 de Janeiro desse ano, há precisamente 40 anos, todavia, até eram optimistas. Em Nairobi, no Quénia, eram esperados os presidentes do MPLA, da FNLA e da UNITA, para a conferência do dia seguinte, em Mombaça, e expectavam-se grandes decisões, no sentido da independência de Angola.
«Os dirigentes nacionalistas angolanos são esperados aqui (a Nairobi), hoje, para uma cimeira preparatória, durante a qual esperam chegar a acordo entre si, com vista à próxima abertura de negociações com o Governo Português», divulgava um despacho da ANI (e da Reuters), publicado no Diário de Lisboa (como se vê na imagem).
A conferência com Portugal estava marcada, recordemos, para 10 de Janeiro, uma semana depois, e viria a realizar-se no algarvio Alvor, no Hotel Penina. O objectivo era «a formação de um governo de transição, que encaminhará Angola, para a independência».
Havia, pois, para os Cavaleiros do Norte, boas razões para acreditarem num próximo regresso a Portugal. Bem enganados estávamos, porém!!!
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