quinta-feira, 21 de maio de 2015

3 126 - Mortos em Angola e Tomaz e Marcelo no Brasil

Três Cavaleiros do Norte: os furriéis milicianos Mário Matos (2ª. CCAV. 8423), João 
Aldeagas (1ª.) e António Chitas (2ª.). Em baixo, Marcelo Caetano e Américo Tomaz



O Serviço de Informação Pública das Forças Armadas. a 21 de Maio de 1974, dava conta de mais «mortos em combate» nas três frentes da guerra colonial. Incluindo Angola: o furriel miliciano Carlos  Ferreira Teixeira., de Nossa Senhora da Conceição (Lourenço Marques, em Moçambique); o 1º. cabo José Augusto Machado da Costa, que era da Trofa, um,a freguesia vizinha da minha (Ois da Ribeira), ambas do concelho de Águeda. Era filho de Manuel Joaquim da Costa e Gracinda Cerqueira Machado, deixando viúva Maria Madalena Pereira Martins; e do soldado Augusto Maximino Leal, de Roliça, no Bombarral.
A dor da morte é sempre enorme, neste caso com a particularidade de envolver um quase conterrâneo.Era para essa Angola que fazíamos vésperas de partida!
O dia foi também o da chegada de Américo Tomas e Marcelo Caetano a S. Paulo, no Brasil - antes de transitarem, para o Rio de Janeiro. Ficaram hospedados no 27º. andar do Hotel Hilton e, em Lisboa, o Ministério da Comunicação Social explicava que «o Governo Brasileiro deu resposta positiva» à consulta do Governo Português sobre a possibilidade de os agora depostos Presidente da República e do Conselho lá serem «asilados territoriais». Isto, desde que, referiram os brasileiros,  «se abstivessem e as suas famílias, de toda e qualquer actividade política».
O exílio foi possível, mas «sem prejuízo do apuramento das eventuais responsabilidades que caibam ao almirante Américo Tomaz e ao professor Caetano», para além do «congelamento dos seus bens, se a ele houver de proceder-se».

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